Return to search

Avaliação da ocorrência de hanseníase entre os contatos intradomiciliares de pacientes diagnosticados em 2012 no Município de João Pessao/PB

Submitted by Rosina Valeria Lanzellotti Mattiussi Teixeira (rosina.teixeira@unisantos.br) on 2015-05-06T18:11:47Z
No. of bitstreams: 1
Luciana Trindade.pdf: 3487418 bytes, checksum: 8534f7bbe6d652914e76771ea1fd0451 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-05-06T18:11:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Luciana Trindade.pdf: 3487418 bytes, checksum: 8534f7bbe6d652914e76771ea1fd0451 (MD5)
Previous issue date: 2015-02-23 / Leprosy remains a public health problem in Brazil. Despite the improvement in
epidemiological indicators, case detection rate remains high in the country. Studies
show that household contacts of leprosy patients are the group with the highest risk
of developing the disease and the monitoring of contacts is among the priority actions for early diagnosis and control of disease in the country. General Objective: To evaluate the occurrence of leprosy among household contacts of patients diagnosed in 2012 in João Pessoa / PB. Method and sample: Observational study, crosssectional, whose population were household contacts of new leprosy cases
diagnosed in 2012 in João Pessoa / PB. Research assistants conducted household
interviews - using a pre-tested form containing the variables of interest - and they did
physical examination of contacts, to search for lesions suggestive of leprosy and
BCG scar. A descriptive analysis of all variables was made; the association between
two qualitative variables was verified by the chi-square test; logistic regression
models were applied to investigate possible risk factors; we adopted the 0.05
significance level. All ethical aspects were respected. Results: One hundred and
ninety contacts related to 72 index cases were interviewed. The prevalence rate of
leprosy cases among contacts was 9/191 people (4.7%). In the socioeconomic and
demographic data, there was a female predominance (61.1%); the median age was
33 years; most were single (59.5%); nearly 85% had some degree of education; the
most common race was white (52.6%); family income was between one and five
minimum wages in almost 95% of households; the most common occupation was
student (33.7%). In assessing contacts diagnosed with leprosy, leprosy borderline
predominated (62.5%), multibacillary (87.5%) and the disability grade one (50.0%)
were most common. On four occasions, the operational form was equal to the case
and the contact. In the other, the contact showed a multibacillary, while the index
case was paucibacillary. Sixty-three percent of the contacts mentioned were invited
to attend the health unit, 52.1% attended and 52.4% were instructed to receive the
BCG. The majority had some vaccination scar, and 73.1% had only one. Half of
contacts who developed the disease had a BCG scar and the other half did not have
any. Together, the factors associated with the risk of developing leprosy were the
absence of vaccination with BCG and the chronic use of medications. Discussion
and Conclusions: The incidence of leprosy among contacts was high and it was
similar to that found by other authors. Failures were noted in the surveillance
activities by health facilities. The control measures of contacts established by the
Ministry of Health and the compatible strategies with local endemic variations and
education of the population may bring an adequate coverage of contacts, improving
detection and preventing disability and reducing the stigma related to diagnosis lateonset disease. / A hanseníase permanece como um problema de saúde pública no Brasil e, apesar da melhoria nos indicadores epidemiológicos, a detecção mantém-se alta no país. Estudos comprovam que os contatos intradomiciliares dos doentes constituem o grupo de maior risco de desenvolver a doença e a vigilância dos contatos está entre as ações prioritárias para o diagnóstico precoce e o controle da endemia no país. Objetivo geral: Avaliar a ocorrência de casos de hanseníase entre os contatos intradomiciliares dos pacientes diagnosticados em 2012, em João Pessoa/PB. Método e casuística: Estudo observacional, transversal, cuja população foram os contatos intradomiciliares dos casos novos de hanseníase diagnosticados no ano de 2012, em João Pessoa/PB. Assistentes de pesquisa realizaram entrevistas domiciliares - utilizando um formulário pré-testado, contendo as variáveis de interesse - e o exame físico dos contatos, buscando lesões sugestivas de hanseníase e cicatriz de BCG. Foi feita a análise descritiva de todas as variáveis; verificou-se a associação entre duas variáveis qualitativas pelo teste do quiquadrado; aplicaram-se modelos de regressão logística para averiguar possíveis
fatores de risco; foi adotado o nível de significância de 0,05. Todos os aspectos éticos foram respeitados. Resultados: Entrevistaram-se 190 contatos relacionados a 72 casos índices. A prevalência de casos de hanseníase entre os contatos foi de 9/191 pessoas (4,7%). No perfil socioeconômico e demográfico, houve predomínio do sexo feminino (61,1%); a idade mediana foi de 33 anos; a maioria era solteira (59,5%); quase 85% apresentava algum grau de escolaridade; a raça mais comum foi a branca (52,6%); a renda familiar foi de um a cinco salários-mínimos em quase 95% das famílias; a profissão mais comum foi a de estudante (33,7%). Na avaliação dos contatos diagnosticados com hanseníase, predominou a forma clínica dimorfa (62,5%), a operacional multibacilar (87,5%) e o grau um de incapacidade física (50,0%). Em quatro situações, a forma operacional foi igual para o caso e o contato.
Nas demais, o contato apresentou uma forma multibacilar, enquanto o caso índice era paucibacilar. Sessenta e três por cento dos contatos referiram que foram convidados a comparecer à unidade de saúde, 52,1% compareceram e 52,4% foram orientados a receber a BCG. A maioria apresentava alguma cicatriz vacinal, sendo que 73,1% apresentavam apenas uma. Metade dos contatos que desenvolveu a
doença tinha uma cicatriz vacinal e a outra metade não apresentava nenhuma. Os fatores que, em conjunto, associaram-se ao risco de desenvolver a hanseníase foram a ausência da vacinação BCG e o uso crônico de medicações. Discussão e Conclusões: A ocorrência de hanseníase entre os contatos do estudo foi elevada e semelhante à encontrada por outros autores. Foram percebidas falhas nas ações de vigilância desenvolvidas nas unidades de saúde. As medidas de controle dos contatos estabelecidas pelo Ministério da Saúde, além de estratégias compatíveis com as variações locais de endemicidade e de escolaridade da população, poderão trazer uma cobertura adequada dos contatos, melhorando a detecção e prevenindo incapacidades e diminuindo o estigma relacionado ao diagnóstico tardio da doença.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:biblioteca.unisantos.br:tede/1421
Date23 February 2015
CreatorsTrindade, Luciana Cavalcante
ContributorsPereira, Luiz Alberto Amador, Martins, Lourdes Conceição, Pereira, Luiz Alberto Amador, Braga, Alfésio Luís Ferreira, Tavares, Mariana
PublisherUniversidade Católica de Santos, Mestrado em Saúde Coletiva, Católica de Santos, Brasil, Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNISANTOS, instname:Universidade Católica de Santos, instacron:UNISANTOS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
RelationTRINDADE, Luciana Cavalcante. Avaliação da ocorrência de hanseníase entre os contatos intradomiciliares de pacientes diagnosticados em 2012 no Município de João Pessao/PB. 2015. 115 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Católica de Santos, Santos, 2015

Page generated in 0.0033 seconds