Return to search

Painel de PCR, citologia e endoscopia para diagnóstico de enfermidade do trato respiratório de cavalos carroceiros e corrida da região de Curitiba-PR.

Orientador : Prof. Dr. Ivan Roque de Barros Filho / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias. Defesa: Curitiba, 03/12/2014 / Inclui referências : f. 23;33-39;48-52;72-76;99-104;106-121 / Área de concentração: Medicina veterinária / Resumo: Enfermidades do trato respiratório podem acometer cavalos com finalidades e manejo distintos. Esta tese está dividida em quatro capítulos: o primeiro trata de uma contextualização sobre as principais doenças do trato respiratório equino; o segundo é um estudo retrospectivo de alterações endoscópicas em 464 cavalos de corrida; o terceiro capítulo é uma avaliação do trato respiratório em 10 cavalos de corrida em fase inicial de treinamento; e o quarto capítulo é um estudo em 31 cavalos carroceiros. No estudo retrospectivo, encontrou-se alguma alteração endoscópica em 325/464 (70,0%) dos animais. Hemorragia pulmonar induzida por exercício (HPIE) foi encontrada em 181/464 (39,0%) endoscopias, sendo 33/181 (18,2%) grau I; 65/181 (35,9%) grau II; 57/181 (31,5%) grau III e 26/181(14,4%) grau IV. Deslocamento dorsal de palato mole (DDPM) foi observado em 35/464 (7,5%); secreção (S) em 119/464(25,6%); neuropatia laríngea (NL) em 17/464 (3,7%); hiperplasia folicular linfoide (HFL) em 28/464 (6,0%) e envelopamento de epiglote (EE) em 10/464 (2,1%). Podem estar associadas à ocorrência de HPIE o DDPM (p= 0,01) e EE (p=0,04) em cavalos de corrida. Para a avaliação do trato respiratório de cavalos puro sangue inglês e carroceiros utilizaram-se: endoscopia, aspirado traqueal (AT), lavado broncoalveolar (LBA) e painel de reação em cadeia da polimerase (PCR). Nos cavalos de corrida, observou-se: S em 10 animais (100,0%); NL em um animal (10,0%); HFL em 10 animais (100,0%); edema na bifurcação traqueal (BT) em um animal (10,0%). A média da contagem diferencial observada no AT foi de: 175,7 ±67,7 (43,9%) macrófagos; 81,1 ±87,6 (20,2%) neutrófilos; 94,1 ±48,0 (23,5%) linfócitos; 3,5 ±4,4 (0,8%) eosinófilos; 3,9 ± 10,9 (0,1%) células epiteliais caliciformes; 45,4 ±59,9 (10,9%) células epiteliais ciliadas; 3,6 ±3,3 (0,9%) mastócitos. Alterações observadas no AT: 2 (20,0%) aumento no número de neutrófilos; 8 (80,0%) número aumentado de linfócitos, 9(90,0%) aumento no número de mastócitos. As médias da contagem diferencial do LBA foram: 252,9 ± 43,6 (63,2%) macrófagos; 44,4 ± 39,7(11,1%) neutrófilos; 90,7 ± 22,6 (22,6%) linfócitos; 3,6 ± 5,1 (0,9%) eosinófilos; 7,1 ±4,5 (1,7%) células epiteliais; 5,7 ±5,2 (1,4%) mastócitos. Alterações encontradas no LBA: 8(80%) aumento no número de macrófagos; 8 (80%) aumento no número de neutrófilos; 3 (30%) aumento no número de eosinófilos; 3 (30%) aumento no número de mastócitos. O escore total de hemossiderina (THS) médio foi de 9,7 ±11,7. Dois animais foram positivos para HPIE. Com a PCR, dois cavalos foram positivos para herpes vírus equino tipo 5 (EHV 5) e um animal para EHV 2 e 5. Nos cavalos carroceiros, observaram-se as seguintes alterações endoscópicas: S em 28 (90,3%) dos animais; NL em 6 (19,3%); HFL em 10 (32,2%); DDPM em 1 (3,2%); edema em BT em 3 (9,7%) A contagem diferencial média no AT foi: 163,6±95,9 (40,9%) macrófagos; 35,0 ±32,0 (8,8%) neutrófilos; 25,0 ±18,2 (6,1%) linfócitos; 23,3 ±36,7 (5,8%) eosinófilos; 142,5 ±117,7 (36,7%) células epiteliais ciliadas; 2,4 ±2,5 (0,6%) mastócitos. Tipos celulares aumentados no AT: 11 (40,7%) macrófagos; 4 (14,8%) neutrófilos; 12 (44,4%) eosinófilos; 20 (74,0%) mastócitos; 3 espirais de Curshmann (11,1%). A contagem diferencial média do LBA foi: 205,6 ± 60,8 (60,8%) macrófagos; 56,0 ±31,0 (13,1%) neutrófilos; 78,0 ±43,0 (20,3%) linfócitos; 17,0 ±13,0 (3,9%) eosinófilos; 30,0 ±29,0 (3,6%) células epiteliais ciliadas; 2,0 ±4,0 (0,5%) mastócitos. THS médio: 10,2 ±15,5. Tipos celulares em número elevado no LBA: 6 (27,3%) macrófagos; 14 (63,3%) neutrófilos; 19 (86,4%) eosinófilos; 4 (18,2%) mastócitos; 22 (100%) células. Três animais foram positivos para HPIE. Quatro cavalos foram positivos para EHV 5 na PCR. Este estudo é o primeiro relato da detecção in vivo de EHV 5 e EHV 2 em cavalos no Brasil e representa uma alerta para a circulação desses tipos virais no país e sua associação a alterações do trato respiratório, especialmente com HFL e aumento no número de mastócitos no LBA. A associação de diferentes técnicas diagnósticas é recomendada para uma boa avaliação do trato respiratório. Cavalos carroceiros podem apresentar HPIE assim como potros PSI ainda em fase de treinamento. Palavras - chave: eqüinos, doenças respiratórias, diagnóstico molecular / Abstract: Respiratory tract diseases in horses can occur in horses with different purposes and management. This thesis is divided in four chapters: the first is a contextualization about the main diseases in equine respiratory tract; the second one is a retrospective study of endoscopic changes in 464 race horses; the third chapter is a respiratory tract evaluation in 10 race horses in training beginning; the fourth is a respiratory tract evaluation in 31 cart horses. In the retrospective study some endoscopic alteration was found in 325/464 (70.0%) of horses. Exercise induced pulmonary hemorrhage (EIPH) was found in 181/464 (39.0%) endoscopies, and 33/181 (18.2%) grade I; 65/181 (35.9%) grade II; 57/181 (31.5%) grade III and 26/181 (14.4%) grade IV. Dorsal displacement of soft palate (DDSP) was observed in 35/464 (7.5%); secretion (S) in 119/464 (25.6%); laryngeal neuropathy (LN) in 17/464 (3.7%); follicular hyperplasia lymphoid (FHL) in 28/464 (6.0%) and enveloping epiglottis (EE) in 10/464 (2.1%). Can be associated to EIPH: DDSP (p=0.01) and EE (0.04) in race horses. Respiratory evaluation in race horses and cart horses was performed using endoscopy, tracheal aspirate (TA), bronchoalveolar lavage (BAL) and polymerase chain reaction panel (PCR). In race horses we observed: S in 10 (100%); LN in 1 horse (10%); FHL in 10 animals (100%); tracheal bifurcation edema (TB) in 1 (10%).The median differential count in TA was: 175.7 ±67.7 (43.9%) macrophages; 81.1 ±87.6 (20.2%) neutrophils; 94.1 ±48.0 (23.5%) lymphocytes; 3.5 ±4.4 (0.8%) eosinophils; 3.9 ± 10.9 (0.1%) epithelial caliciforme; 45.4 ±59.9 (10.9%) epithelial cells ciliated; 3.6 ±3.3 (0.9%) mast cell. Cell types in high quantity in TA: 2 (20.0%) neutrophils; 8 (80.0%) limphocytes; 9 (90.0%) mast cells. Cell types in high quantity in TA: 2 (20.0%) neutrophils; 8 (80.0%) limphocytes; 9 (90.0%) mast cells. The median differential count in BAL was: 252.9 ± 43.6 (63,2%) macrofages; 44.4 ± 39.7(11.1%) neutrophils; 90.7 ± 22.6 (22.6%) lymphocytes; 3.6 ± 5.1 (0.9%) eosinophils; 7.1 ±4.5 (1.7%) epithelial cells; 5.7 ±5.2 (1.4%) mast cells. Cell types in high quantity in BAL: 8(80.0%) macrophages; 8(80.0%) neutrophils; 3(30.0%) eosiniphils; 3 (30.0%) mast cells. Two animals were positive to EIPH. About PCR, two horses were positive to equine herpes virus type 5 (EHV 5) and one to EHV 2 and 5. In cart horses, the endoscopic alterations found were: S in 28 (90.3%) horses; LN in 6 (19.3%); LHF in 10(32.2%); DDSP in 1 (3.2%); TB edema in 3 (9.7%). The median count in TA was: 163,6±95,9 (40,9%) macrophages; 35,0 ±32,0 (8,8%) neutrophils; 25,0 ±18,2 (6,1%) lymphocytes; 23,3 ±36,7 (5,8%) eosinophils; 142,5 ±117,7 (36,7%) epithelial ciliated cells; 2,4 ±2,5 (0,6%) mast cells. Cell types in high quantity in TA: 11 (40.7%) macrophages; 4 (14.8%) neutrophils; 12 (44.4%) eosinophils; 20 (74.0%) mast cells; 3 (11.1%) Curshmann 'spirals. The median count in BAL was: 205,6 ± 60,8 (60,8%) macrophages; 56,0 ±31,0 (13,1%) neutrophils; 78,0 ±43,0 (20,3%) lymphocytes; 17,0 ±13,0 (3,9%) eosinophils; 30,0 ±29,0 (3,6%) epithelial ciliated cells; 2,0 ±4,0 (0,5%) mast cells. Median THS : 10,2 ±15,5. Cell types in high quantity in BAL: 6 (27.3%) macrophages; 14 (63.3%) neutrophils; 19 (86.4%) eosinophils; 4 (18.2%) mast cells; 22 (100%) epithelial cells. Three horses were positive to EIPH. Four horses were positive to EHV 5 in PCR. This study is the first in life case of EHV 5 e EHV 2 detection in horses in Brazil and represents an alert to those viral types circulation in our country and their association with respiratory tract alterations, especially with FHL and high number of mast cells in BAL. Association among different diagnostic techniques is recommended to a better respiratory tract evaluation. Cart horses can have EIPH even though young race horses in training step. Key-words: equine, respiratory diseases, molecular diagnosis

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/45960
Date January 2016
CreatorsFinger, Mariane Angélica Pommerening
ContributorsUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Barros Filho, Ivan Roque de
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format129 f. : il., algumas color., grafs., tabs., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
RelationDisponível em formato digital

Page generated in 0.0032 seconds