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Variabilidade morfológica em Aegla parana Schimitt, 1942, (Crustacea, Anomura, Aeglidae) ao longo da Bacia do Rio Iguaçú, Estado do Paraná

Orientadora : Profª. Drª. Setuko Masunari / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Zoologia. Defesa: Curitiba, 16/02/2017 / Inclui referências / Resumo: O presente estudo objetivou elucidar a influência do dimorfismo sexual, da alometria ontogenética, variações ambientais e espaciais na forma e no tamanho da carapaça de Aegla parana . No primeiro capítulo, foi tratada a variabilidade intraespecífica na forma e no tamanho da carapaça de nove po pulações de A. parana . Duas populações são provenientes do leito principal do Rio Iguaçu, das localidades de São Mateus do Sul (SM) e Pinhão (PN). E as outras sete populações foram obtidas em tributários do Rio Iguaçu: Rio Jordão em Foz do Jordão (FJ), Ri o Cachoeira em Rio Azul (RA), Rio Vermelho em União da Vitória (UV) , t ributário do Rio Caí em Quitandinha (QT ) , Lajeado do Herval em Bituruna (BT), Sanga Sabiá em Saudade do Iguaçu (SD) e Rio dos Pombos em Dois Vizinhos (DV). Foi testada a variação de tam anho e forma da carapaça entre todas as populações, e se existe correlação de similaridade entre as distâncias geográficas e as distânci as morfológicas das populações. As populações de A. parana diferiram s ignificativamente no tamanho e na forma da carapaç a , e n ão houve correlação de similaridade entre as distâncias geográfica s e morfológicas . Ficou evidente a formação de dois agrupamentos com relação a forma da carapaça. O primeiro formado pelas populações de FJ, PN e SM, indivíduos com o rostro longo e a carapaça afilada. Já os indivíduos do segundo grupo (populações de BT, DV, QT, RA, SD e UV), possuem o rostro curto e a carapaça mais larga. Nossos resultados sugerem que as características ambientais locais parecem ser determinantes para a forma e tamanho de A. parana . No segundo capítulo, foram realizados os seguintes estudos sobre uma população de Aegla parana : determinação d o tamanho médio d o início da maturidade sexual morfológica (TMIMSM) de machos e fêmeas baseado no crescimento relativo de dimensões lineares, descrição das variações no tamanho e na forma da carapaça associadas ao dimorfismo sexual (DS) e à ontogenia utilizando técnicas de morfometria geométrica (MG). O DS no tamanho foi avaliado através de um teste t de Student , e o DS na forma foi a valiado com uma Análise Discriminante ( D A). A variação da forma entre os estágios de vida em cada sexo foi testada com uma DA. Para testar a alometria ontogenética foi realizada uma regressão das coordenadas de procrustes em relação ao log aritmo do tamanho do centroide . O TMIMSM para machos foi determinado em 9,03mm CC, e de fêmeas 8,28mm CC . Foi verificado DS na forma e tamanho da carapaça apenas na fase adulta, sendo os machos maiores do que as fêmeas, e estas possuem a região posterior da carapaça mais l arga que machos. A alometria ontogenética na forma da carapaça ocorre u apenas nas fêmeas , adultas possuem a região posterior da carapaça mais larga, e a região anterior mais afilada do que juvenis . As variações na carapaça estão relacionadas ao crescimento relativo dos caracteres sexuais secundários na fase adulta, alocação de energia diferenciada entre os sexos, e idade, e seleção sexual dos machos pelas fêmeas. Palavras chave: Morfometria geométrica, variação intraespecífica, dimorfismo sexual, crescimento relativo, alometria ontogenética, eglídeos. / Abstract: The present study aimed to elucidate the influence of sexual dimorphism, ontogenetic allometry, environmental and spatial variations in the shape and size of the carapace of Aegla parana. In the first chapter, was treated the intraspecific variability in shape and size of the carapace of nine populations of A. parana. Two populations are from the main channel of the Iguaçu river, from the localities of São Mateus do Sul (SM) and Pinhão (PN). And the other seven populations were obtained in tributaries of the Iguaçu river: Jordão river in Foz do Jordão (FJ), Cachoeira river in Rio Azul (RA), Vermelho river in União da Vitória (UV), tributary of the Várzea river in Quitandinha (QT), Herval creek in Biturina (BT), Sabiá stream in Saudade do Iguaçu (SD) and the Pombos river in Dois Vizinhos (DV). We tested the variation in size and shape of the carapace among all populations and if there is a similarity correlation between the geographic distances and the morphological distances of the populations. The populations of A. parana differed significantly in the size and shape of the carapace, and there no correlation of similarity between geographical and morphological distances. The results revealed two groups regarding the shape of the carapace. The first formed by the populations of FJ, PN and SM, individuals with a longer rostrum and a slenderer carapace. Individuals in the second group (populations of BT, DV, QT, RA, SD and UV), have a shortest rostrum and the carapace is wider. Our results suggest that local environmental characteristics seem to be decisive for the shape and size of A. parana. In the second chapter, the following studies were carried out on a population of Aegla parana: determining the average size of the early morphological sexual maturity (ASEMSM) of males and females based on the relative growth of linear dimensions, description of the variations in the size and shape of the carapace associated with sexual dimorphism (SD) and the ontogeny using geometric morphometric techniques (GM). The SD in size was evaluated through a Student's t-test, and the SD in the form was evaluated with a discriminant analysis (DA). The change in shape between the stages of life in each gender was tested with a DA. To test the ontogenetic allometry was performed a multivariate regression of symmetrical components of procrustes coordinates in relation to the logarithm of the centroid size. The ASEMSM for males was determined in 9.03mm CL, and females 8.28 mm CL, we verified SD in the shape and size of the carapace only in adulthood, males being larger than females, and these have the posterior region of the carapace wider than males. The ontogenetic allometry in the shape of the carapace occurred only in females, adults have the posterior region of the carapace wider, and the previous region more tapered than juveniles. Variations in carapace are related to the relative growth of the secondary sexual characters in adulthood, differentiated energy allocation between genders, and age, and male sexual selection by females. Key words: Geometric morphometry, intraspecific variation, sexual dimorphism, relative growth, ontogenetic allometry, eglids.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/47506
Date January 2017
CreatorsLeite, Renata Daldin
ContributorsUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Masunari, Setuko, 1948-
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format73 f. : il.,tabs., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
RelationDisponível em formato digital

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