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Controle térmico do recém-nascido prematuro na primeira semana de vida : o uso da incubadora umidificada

Orientadora: Profª. Drª. Regina P. G. Vieira Cavalcante da Silva / Coorientadora: Profª. Drª. Marcia Helena de Souza Freire / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Defesa: Curitiba, 16/08/2017 / Inclui referências : f.97-104 / Resumo: Introdução: A prática da umidificação em incubadoras tem aumentado nas últimas duas décadas, sobretudo após avanços tecnológicos, que proporcionaram incubadoras com umidificação ativa. Entre os benefícios dessas incubadoras, estudos relatam redução das perdas de calor por evaporação e instabilidades térmicas, assim como melhora do equilíbrio hidroeletrolítico e da integridade da pele. Porém, ainda se constata grande variação na prática da umidificação, com poucas evidências para sustentar protocolos e orientações padronizadas. Objetivos: Analisar o controle térmico dos recém-nascidos prematuros com idade gestacional menor ou igual a 31 semanas na primeira semana de vida sob o uso de incubadora umidificada e avaliar a repercussão da mesma sobre a necessidade hídrica e sobre a perda de peso corporal. Método: Estudo de coorte de 38 recém-nascidos prematuros com idade gestacional menor ou igual a 31 semanas, nascidos na maternidade do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná admitidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal com acompanhamento diário desde a sala de parto até o sétimo dia de vida, mantidos em incubadora umidificada com taxa fixa de 80%. Resultados: Os pacientes foram estratificados em dois grupos: grupo extremamente prematuro com 21 recém-nascidos com média de idade gestacional de 27,2 ± 1,0 semanas e grupo muito prematuro com 17 recém-nascidos com média de idade gestacional de 29,2 ± 0,9 semanas. Nos dois grupos as médias de temperatura axilar durante os sete dias mantiveram-se dentro da faixa de normalidade (36,5ºC a 37,5ºC) (p > 0,05). Foram analisadas 1032 verificações de temperatura axilar no grupo extremamente prematuro, destas, 57,9% (597) foram considerados normotérmicas, 22,7% (234) levemente hipotérmicas, 10,6% (110) moderadamente hipotérmicas e 8,8% (91) hipertérmicas. Já no grupo muito prematuro, das 807 verificações da temperatura axilar, 62,6% (505) estavam normotérmicas, 21,2% (171) levemente hipotérmicas, 10% (81) moderadamente hipotérmicas e 6,2% (50) hipertérmicas, sem diferença significativa entre os grupos (p = 0,36). Após a realização de procedimentos que tiveram a descontinuidade da umidificação, registrou-se 344 casos de hipotermia nos dois grupos, dos quais 168 (48,8%) eram hipotermias leves e 176 (51,2%) moderadas. A prevalência de hipotermia na amostra total dos recém-nascidos prematuros antes dos procedimentos era de 37,9% e após os procedimentos aumentou para 71,2%. O risco relativo de hipotermia aumentou em 2,1 (95% IC de 1,8 a 2,5). Em 85,1% dos procedimentos ocorreu redução da taxa de umidade. A perda ponderal durante os sete dias no grupo extremamente prematuro foi de 9,5% (2,0 - 22,5%) em relação ao peso de nascimento, comparado ao grupo muito prematuro 5,7% (1,7 - 16,1%) (p = 0,01). A taxa de fluidos nos dois grupos manteve-se dentro do esperado, tendendo à menores taxas nos primeiros dias. Não houve ocorrências de hiponatremias e/ou hipernatremias em ambos os grupos Conclusão: o uso da incubadora umidificada com taxa de 80%, mostrou-se benéfica na manutenção da temperatura corporal e uma estratégia efetiva para a prevenção da perda excessiva de peso corporal, menores taxas de fluidos e ausência de hipernatremia e/ou hiponatremia na primeira semana de vida em neonatos com idade gestacional entre 25 a 31 semanas. Palavras-chave: regulação da temperatura corporal, prematuro, lactente extremamente prematuro, incubadoras para lactentes, umidade. / Abstract: Introduction: The humidification practice in incubators has increased in the last two decades, especially after technological advances, which provided incubators with active humidification. Among the benefits of these incubators, studies report reductions in heat loss through evaporation and thermal instabilities, as well as improved hydroelectrolyte balance and skin integrity. However, there is still great variation in humidification practice, with little evidence to support standardized protocols and guidelines. Objectives: Analyzing the thermal control of premature newborns with gestational age under or equal to 31 weeks in the first week of life under the use of a humidified incubator and evaluating its repercussion on the water requirement and on the loss of body weight. Method: A cohort study of 38 premature newborns with gestational age less than or equal to 31 weeks born in the maternity of the Complexo Hospital Clínicas of University Federal of Paraná, admitted to the Neonatal Intensive Care Unit with daily follow-up from the delivery room until the seventh day of life, kept in humidified incubator with fixed rate of 80%. Results: Patients were stratified into two groups: extremely premature group with 21 newborns with gestational age of 27.2 ± 1.0 weeks and very premature group with 17 newborns with gestational age of 29.2 ± 0.9 weeks. In both groups axillary temperature averages remained within the normal range (36.5ºC to 37.5ºC) during the observation period (p > 0.05). A total of 1032 axillary temperature verifications were recorded in the extremely preterm group, 57.9% (597) of the patients were considered normothermic, 22.7% (234) slightly hypothermic, 10.6% (110) moderately hypothermic and 8.8% (91) hyperthermic. In the very premature group, 62.6% (505) were normothermic, 21.2% (171) slightly hypothermic, 10% (81) moderately hypothermic and 6.2% (50) hyperthermic, with no difference between groups (p = 0.36). After the procedures that had the discontinuity of humidification, 344 cases of hypothermia were recorded in both groups, of which 168 (48.8%) were mild hypothermia and 176 (51.2%) were moderate. The prevalence of hypothermia in the total premature infants before the procedures was 37.9% and after the procedures it increased to 71.2%. The relative risk of hypothermia increased by 2.1 (95% CI from 1.8 to 2.5). In 85.1% of the procedures a reduction of the humidity rate occurred. The weight loss during the seven days in the extremely premature group was 9.5% (2.0 - 22.5%) in relation to birth weight, compared to the very premature group of 5.7% (1.7 - 16.1%) (p = 0.01). The fluids rate in both groups remained within the expected, tending to lower rates in the first few days. There were no occurrences of hyponatremia and/or hypernatremia in both groups. Conclusion: the use of the humidified incubator with a rate of 80% was beneficial in maintaining the body temperature and an effective strategy to prevent excessive loss of body weight, lower fluid rates and absence of hypernatremia and/or hyponatremia in the first week of life in neonates with gestational age between 25 and 31 weeks. Keywords: body temperature regulation, premature, extremely premature infant, incubators for infants, humidity.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/52830
Date January 2017
CreatorsNaka, Silviane Hoepers
ContributorsFreire, Márcia Helena de Souza, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente, Silva, Regina Paula Guimarães Vieira Cavalcante da
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format143 f. : il., grafs., tabs., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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