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Padrões espaciais na biodiversidade de morcegos do novo mundo

Orientador : Prof. Dr. Fernando C. Passos / Coorientador : Prof. Dr. Mauricio O. Moura / Texto em português e inglês / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação. Defesa: Curitiba, 07/08/2017 / Inclui referências : f. 30-5 ; 55-63 / Área de concentração : Ecologia e conservação / Resumo: A compreensão dos padrões espaciais da biodiversidade e os processos que os modulam estão entre os objetivos mais antigos dos estudos ecológicos. Entretanto, a maioria dos estudos que tentam compreender estes padrões e processos são feitos apenas com uma medida de diversidade: a riqueza de espécies. A riqueza de espécies representa apenas uma dimensão da biodiversidade, sendo uma abordagem incompleta para se compreender os processos evolutivos e ecológicos que modulam esses padrões. O presente trabalho tem o objetivo de elucidar os possíveis processos envolvidos na determinação dos padrões espaciais da diversidade de morcegos do Novo Mundo sob abordagens com diferentes dimensões da biodiversidade. No primeiro capítulo, as dimensões taxonômica, filogenética e funcional da biodiversidade são abordadas simultaneamente. Com essa abordagem, nossos resultados apontaram a existência de regiões com diversidade funcional abaixo e acima do esperado pela diversidade filogenética e apresentaram padrões diferentes para as diferentes famílias de morcegos. Esses resultados estão relacionados principalmente a fatores espaciais e à variável ambiental temperatura média anual. Assim, estruturas geográficas, filtros ambientais e a conservação ou evolução de nicho parecem modelar sinergicamente os padrões de diversidade encontrados. No segundo capítulo abordamos a partição da beta diversidade filogenética em componentes de aninhamento e substituição de linhagens para os diferentes biomas do Novo Mundo. Essa abordagem apontou o aninhamento filogenético como principal fenômeno modelador da betadiversidade filogenética de morcegos do Novo Mundo. O agrupamento de biomas de acordo com suas dissimilaridades filogenéticas apontou a existência de três grandes grupos com mais de 50% de dissimilaridade. Um dos grupos é composto por biomas tropicais e subtropicais, um segundo grupo é composto por biomas temperados e mediterrâneos e um terceiro grupo é formado pelos biomas temperados mais frios. Assim, filtros ambientais parecem ser as principais forças atuantes na modulação das assembleias destes biomas. Além disso, esses resultados reforçam que limitações fisiológicas provavelmente são mais importantes que a habilidade de dispersão para a formação de assembleias de morcegos. Palavras-chave: Chiroptera; Macroecologia; Diversidade Funcional; Diversidade Filogenética; Betadiversidade. / Abstract: The understanding of spatial patterns of biodiversity and the process that module this patterns are between the oldest goals of ecological studies. However, most studies that try to understand these patterns and process are made only with one metric of diversity: the species richness. The species richness presents only one dimension of biodiversity and is an incomplete approach to the understand of evolutionary and ecological process that module these patterns. The present study aims to elucidate the possible patterns involved in the spatial patterns of New World bat diversity with different biodiversity dimensions approaches. At the first chapter the taxonomic, phylogenetic and functional biodiversity dimensions are addressed simultaneously. With this approach, our results pointed to the existence of regions with functional diversity lower and above the expected by phylogenetic diversity and the different bat families present different patterns. These results are related mainly to spatial factors and to the environmental variable annual mean temperature. Therefore, geographical structures, environmental filtering and the niche conservation or evolution seems to drive synergistically the diversity patterns we found. At the second chapter we addressed the phylogenetic beta diversity partition in nestedness and turnover components to the different New World biomes. This approach pointed the phylogenetic nestedness as the mainly driver of New World phylobetadiversity. The grouping of biomes according to their phylogenetic dissimilarities pointed the existence of three large groups with more than 50% dissimilarity. One of the groups is composed by tropical and subtropical biomes, a second group is composed by temperate and mediterranean biomes, and a third group is composed by the coldest temperate biomes. Therefore, environmental filters seem to be the mainly forces driving these biomes assemblages. Besides, these results reinforce that physiological constraint probably are more important than the dispersion ability to bat community assembly. Keywords: Chiroptera; Macroecology; Functional Diversity; Phylogenetic Diversity; Beta diversity.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/52848
Date January 2017
CreatorsSilva, Luciana Zago da
ContributorsMoura, Mauricio Osvaldo, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação, Passos, Fernando de Camargo
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format63 f. : il. (algumas col.), mapas, grafs., tabs., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
RelationDisponível em formato digital

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