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Grupos de apoio entre professores e a inclusão : uma reflexão sobre a reinvenção das práticas de doc~encia a partir da ênfase no ensino colaborativo

Orientadora: Profa. Dra. Denise de Camargo / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Defesa: Curitiba, 27/11/2017 / Inclui referências : f. 292-319 / Resumo: A pesquisa avaliou um Grupo de Apoio Entre Professores - GAEP como estratégia de reorganização do trabalho pedagógico frente à diversidade. Compreende o grupo como espaço que oferece apoio estruturado aos professores, apoio prático e emocional estendido aos estudantes. Argumenta pelo apoio a todos os membros da comunidade escolar para construção de uma cultura inclusiva. Adotou viés colaborativo de reflexão na ação e sustentou a premissa de que a prática é dimensão transformadora da realidade, unidade privilegiada de análise e compreensão do social. A abordagem da prática fundamentou-se na proposta metodológica de Nicolini (2013), apresentou três movimentos de investigação: olhar interno para avaliar dinamicidade, olhar externo para perceber conexões e interrelações entre práticas - espaciotemporalmente e, finalmente, análise das inteligibilidades, interpretativista e crítica. Foram eleitos critérios de dupla verificação para averiguação dos pressupostos de pesquisa. O primeiro baseou-se nos relatos / histórias de vida das participantes. O segundo avaliou o planejamento escolar, verificando se ocorria flexibilização curricular. Assume-se a adequação curricular, metodológica e avaliativa como indicadores práticos da personalização do ensino. Surgiu um critério emergente, a dimensão da afetividade / emoção. Entende-se que emoções / afetos têm potencial de sustentar ou refutar práticas, com conhecer/sentir/fazer sendo processos indissociáveis. Os estudos de Bourdieu, Wenger e Vygostky se constituíram nas bases teórico-metodológicas da pesquisa. Na análise destacaram-se os indicativos teórico-práticos do documento "Index para a inclusão: desenvolvendo a aprendizagem e a participação nas escolas" e as pesquisas de Rodrigues e Mendes como fontes diferenciais de debate. A questão que orientou a pesquisa foi: Como os GAEPs podem contribuir para transformar as práticas de docência e reorganizar o trabalho pedagógico direcionando-o a uma perspectiva inclusiva e colaborativa de ensino? Definiu-se inclusão como projeto social, cultural e político de resgate de direitos humanos. Considerou-se que cada realidade possui particularidades que lhe conferem identidade e desafios próprios - e que na problematização da inclusão é crucial partir de cada contexto específico. Argumentou-se pela transformação dos ambientes de ensino, adequando-os as necessidades singulares do alunado. Enunciaram-se como conceitos centrais de discussão / operacionalização da inclusão: prática, participação, colaboração, mediação e significado. Discutiu-se, paralelamente, a função do diagnóstico na (re)elaboração das práticas de docência, problematizando a questão da medicalização da vida humana e a percepção da diferença enquanto desvio. A pesquisa referendou a visão de escola enquanto Comunidade de Práticas/CoP, local onde domínio e prática dão sentido ao ser comunidade. Os resultados sugerem a relevância do GAEP no apoio aos docentes e enquanto modelo formativo in loco. O grupo auxiliou detectar fragilidades da realidade escolar e contribuiu no fortalecimento de recursos materiais / humanos. Evidenciou a importância da afetividade na produção do ensino. Apesar da aderência reduzida, percebeu-se o potencial que um GAEP pode ter para exercício dos princípios inclusivos. Comprovou-se a importância do GAEP ser legitimado na comunidade escolar para obter maior poder de ação e corroborou-se necessidade de ampliar discussões acerca do currículo, metodologias e avaliação na lógica inclusiva. Sugere-se que o GAEP é um modelo formativo que poderia ser assumido enquanto rede e sistema de ensino. Palavras chave: Inclusão - Práticas de Docência - Mediação/Aprendizagem - CoP - GAEP. / Abstract:The research evaluated a Support Group between Teachers - GAEP as a strategy to reorganize the pedagogical work towards diversity. It understands the group as a space that offers structured support to teachers, practical and emotional support extended to students. He argues for the support of all members of the school community to build an inclusive culture. It adopted a collaborative bias of reflection in action and supported the premise that practice is a transformative dimension of reality, privileged unit of analysis and understanding of social. The approach of practice was based on the methodological proposal of Nicolini (2013), presented three research movements: internal look to evaluate dynamicity, external look to perceive connections and interrelationships between practices - spatiotemporalmente and, finally, analysis of intelligibilities, interpretativist and criticism. Double verification criteria were chosen to investigate the research assumptions. The first one was based on the participants' life stories / stories. The second evaluated the school planning, verifying if curricular flexibilization occurred. Curricular, methodological and evaluative adequacy are assumed as practical indicators of teaching personalization. An emerging criterion emerged, the dimension of affection / emotion. It is understood that emotions / affects have the potential to sustain or refute practices, with knowing / feeling / doing being inseparable processes. The studies of Bourdieu, Wenger and Vygostky were constituted in the theoretical-methodological bases of the research. In the analysis, the theoretical-practical indicatives of the document "Index for inclusion: developing learning and participation in schools" and Rodrigues and Mendes' researches as differential sources of debate were highlighted. The question that guided the research was: How can GAEPs contribute to transforming teaching practices and reorganizing the pedagogical work by directing it to an inclusive and collaborative teaching perspective? Inclusion was defined as a social, cultural and political project to rescue human rights. It was considered that each reality has particularities that give it its own identity and challenges - and that in the problematization of inclusion it is crucial to start from each specific context. It was argued for the transformation of teaching environments, adapting them to the singular needs of the student. They were stated as central concepts of discussion / operationalization of inclusion: practice, participation, collaboration, mediation and meaning. At the same time, the role of diagnosis in (re) elaboration of teaching practices was discussed, problematizing the question of the medicalization of human life and the perception of difference as a deviation. The research endorsed the vision of school as a Community of Practices / CoP, where domain and practice give meaning to being a community. The results suggest the relevance of GAEP in supporting teachers and as an on-site training model. The group helped detect weaknesses in school reality and contributed to the strengthening of material / human resources. It showed the importance of affectivity in the production of teaching. Despite the reduced adherence, the potential that a GAEP can have for the exercise of inclusive principles was perceived. The importance of GAEP was legitimized in the school community in order to obtain greater power of action, and corroborated the need to expand discussions about curriculum, methodologies and evaluation in the inclusive logic. It is suggested that the GAEP is a formative model that could be assumed as a network and education system. Keywords: Inclusion - Teaching Practices - Mediation / Learning - CoP - GAEP. / Resumen: La encuesta evaluó un Grupo de Apoyo entre Profesores - GAEP como estrategia de reorganización del trabajo pedagógico frente a la diversidad. Comprende el grupo como espacio que ofrece apoyo estructurado a los profesores, apoyo práctico y emocional extendido a los estudiantes. Argumenta por el apoyo a todos los miembros de la comunidad escolar para la construcción de una cultura inclusiva. Se adoptó un sesgo colaborativo de reflexión en la acción y sostuvo la premisa de que la práctica es dimensión transformadora de la realidad, unidad privilegiada de análisis y comprensión de lo social. El enfoque de la práctica se fundó en la propuesta metodológica de Nicolini (2013), presentó tres movimientos de investigación: mirada interna para evaluar dinamicidad, mirada externa para percibir conexiones e interrelaciones entre prácticas - espaciotemporalmente y, finalmente, análisis de las inteligibilidades, interpretativista y crítica. Se eligieron criterios de doble verificación para averiguación de los supuestos de investigación. El primero se basó en los relatos / historias de vida de las participantes. El segundo evaluó la planificación escolar, verificando si ocurría flexibilización curricular. Se asume la adecuación curricular, metodológica y evaluativa como indicadores prácticos de la personalización de la enseñanza. Surgió un criterio emergente, la dimensión de la afectividad / emoción. Se entiende que emociones / afectos tienen potencial de sostener o refutar prácticas, con conocer / sentir / hacer procesos indisociables. Los estudios de Bourdieu, Wenger y Vygostky se constituyeron en las bases teóricometodológicas de la investigación. En el análisis se destacaron los indicativos teórico-prácticos del documento "Index para la inclusión: desarrollando el aprendizaje y la participación en las escuelas" y las encuestas de Rodrigues y Mendes como fuentes diferenciales de debate. La cuestión que orientó la investigación fue: ¿Cómo los GAEP pueden contribuir a transformar las prácticas de docencia y reorganizar el trabajo pedagógico dirigiéndolo a una perspectiva inclusiva y colaborativa de enseñanza? Se definió inclusión como proyecto social, cultural y político de rescate de derechos humanos. Se consideró que cada realidad posee particularidades que le confieren identidad y desafíos propios - y que en la problematización de la inclusión es crucial partir de cada contexto específico. Se argumentó por la transformación de los ambientes de enseñanza, adecuándolos a las necesidades singulares del alumnado. Se enunciaron como conceptos centrales de discusión / operacionalización de la inclusión: práctica, participación, colaboración, mediación y significado. Se discutió paralelamente la función del diagnóstico en la (re) elaboración de las prácticas de docencia, problematizando la cuestión de la medicalización de la vida humana y la percepción de la diferencia como desvío. La investigación refrendó la visión de escuela como Comunidad de Prácticas / CoP, local donde dominio y práctica dan sentido al ser comunidad. Los resultados sugieren la relevancia del GAEP en el apoyo a los docentes y como modelo formativo in loco. El grupo ayudó a detectar fragilidades de la realidad escolar y contribuyó en el fortalecimiento de recursos materiales / humanos. Se evidenció la importancia de la afectividad en la producción de la enseñanza. A pesar de la adherencia reducida, se percibió el potencial que un GAEP puede tener para el ejercicio de los principios inclusivos. Se comprobó la importancia del GAEP de ser legitimado en la comunidad escolar para obtener mayor poder de acción y se corroboró la necesidad de ampliar discusiones acerca del currículo, metodologías y evaluación en la lógica inclusiva. Se sugiere que el GAEP es un modelo formativo que podría ser asumido como red y sistema de enseñanza. Palabras clave: Inclusión - Prácticas de Docencia - Mediación / Aprendizaje - CoP - GAEP

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/53434
Date January 2017
CreatorsVenancio, Ana Carolina Lopes
ContributorsUniversidade Federal do Paraná. Setor de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação, Camargo, Denise de
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageSpanish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format340 f., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
RelationDisponível em formato digital

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