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Hospital humano : etnoavaliação centrada no usuário-cidadão

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Previous issue date: 2005-12-13 / Despite providing universal access to health services, restructuring of healthcare models, reorganizing hospital services, creating ombudsman, implanting quality control programs, developing a National Program of Humanized Hospital Attendance (PNHAH) and a National Policy for Humanization (PNH: HumanizaSUS), there still persists critical lacunas in efforts to achieve integrated, effective and humanized care. There exists a lack of appreciation of patients feelings, meanings and lived experience during hospitalization. Besides these subjective aspects, there is yet another problem: Patient Satisfaction Scales are predominantly quantitative, restricted to identifying specific, pre-defined items dealing mostly with the hospital s physical structure. Against this background, the present study aims to comprehend hospital humanization utilizing an Ethnoevaluation, or patients (citizen s-client s) critical viewpoint of caring, in a General Public Health Hospital in Fortaleza, Ceará located in Northeast Brazil. Utilizing the theoretical referent of Interpretative Anthropology (Geertz, 1989) and conceptual constructs from Medical Anthropology (Kleinman 1980; 1988), the authors aim to capture and explain, through Ethnography, the lived experiences and sensations of being hospitalized from the patients point-of-view. The study sample consisted of thirteen (13) randomly selected, adult, hospitalized patients being attended in a diversity of clinics. An innovative methodology, The Patients Pathway, was created and adopted to follow participants during their entire hospitalization. From January to July 2005, data was collected utilizing three techniques: review of documents, participant-observation and indepth ethnographic interviews including the elicitation of narratives. Triangulation technique was employed to organized data in a complementary and articulated manner. Thematic Content Analysis (Bardin 1977), Patients Explanatory Models (Kleinman 1988) and an adapted Model of Signs, Meanings and Action (Corin et al. 1977) were employed to analyzed findings. Data was interpreted against a theoretical backdrop of literature in Medical Anthropology, humanization of caring and health promotion, especially patient empowerment. Ethical standards adopted by the Brazilian National Research Resolution 196/96 (BRASIL, 1996) were observed. Fictitious names were utilized to preserve participants real identities. Results reveal that patients referent for humanized care is linked to popular notions of home , patients are imbued with social stigmas which taint their identities and hinder subsequent care and the hospital is perceived as a prison which confines and restricts personal choice and freedom. Lived experiences and roles during hospitalization provoke a wide range of emotions and reactions. Patients, caretakers and families create popular strategies for overcoming dehumanized care in order to tolerate difficult moments and events. Patients observe and criticize multiple aspects of their hospitalization experience: physical structure, hospital functioning and image, service management, doctor-patient relationship and characteristics/qualities of a humanized health professional. This Ethnoevaluation is based on lay rationalities, which employ its own criteria and logic, similar to epidemiological reasoning. Patients judgment of hospital care as humanized or dehumanized depends on a variety of mediating factors. To humanize public hospitalization in Northeast Brazil, it is necessary to adopt an Ethnoevaluation, which not only empowers patients and values lay opinions and judgments, but can also improve the quality of health care. / Apesar da universalização do acesso, reorientação do modelo de atenção, reorganização dos serviços hospitalares, criação de ouvidorias, incremento de programas de qualidade, desenvolvimento do Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) e da Política Nacional de Humanização (PNH: HumanizaSUS), persistem lacunas críticas para o alcance de uma atenção integral, resolutiva e humanizada. Existe uma desvalorização dos sentidos, significados e experiência vivida do usuário durante a hospitalização. Além desses aspectos subjetivos, há outro problema, as Escalas de Satisfação do Usuário, são predominantemente quantitativas, restritas à identificação de itens específicos definidos a priori e, na sua maioria, referentes à estrutura física do hospital. Nesse contexto, o presente estudo pretende compreender a humanização hospitalar por meio da etnoavaliação do cuidado na perspectiva de usuários-cidadãos em um hospital geral público em Fortaleza, Ceará, no Nordeste brasileiro. Adotamos como referencial teórico a Antropologia Interpretativa (Geertz, 1989) e utilizamos os conceitos e formulações da Antropologia Médica (Kleinman, 1980; 1988), a fim de captar e explicitar por meio da Etnografia, os sentidos das experiências de hospitalização vividos pelos sujeitos. A amostra do estudo consistiu de 13 (treze) usuários adultos sendo atendidos nas diversas clínicas. Uma metodologia inovadora, o Percurso do Usuário, foi criada e utilizada para acompanhar os participantes durante toda a sua internação. De janeiro a julho de 2005 os dados foram levantados usando três técnicas: a revisão documental, a observação participante e a entrevista etnográfica profunda incluindo a eliciação de narrativas. A técnica de triangulação foi adotada para organizar os dados de maneira complementar e articulada. A Análise de Conteúdo Temática (Bardin, 1977), os Modelos Explicativos dos Pacientes (Kleinman, 1988) e a adaptação do Modelo de Signos, Significados e Ações (Corin et al., 1977) foram empregadas para analisar os achados. Os dados foram interpretados à luz dos referenciais teóricos da Antropologia Médica, humanização do cuidado e promoção da saúde, especificamente, o empoderamento do usuário. Foram observados os princípios éticos da Resolução 196/96 (BRASIL, 1996). Os nomes dos sujeitos foram preservados, tendo sido expressos por cognomes. Os resultados revelam que o referencial de cuidado humanizado para o usuário é ligado às concepções populares da casa . Os usuários são impregnados com estigmas sociais que mancham suas identidades e prejudica os cuidados subseqüentes. O hospital é percebido como uma prisão que confina e restringe as escolhas pessoais e a liberdade. Experiências e papéis vividos durante a hospitalização provocam uma grande variedade de emoções e reações. Estratégias populares para superar cuidados desumanizados são criadas por usuários, cuidadores e familiares para tolerar os momentos e eventos difíceis. Usuários observam e criticam múltiplos aspectos de sua experiência de hospitalização: estrutura física, funcionamento e. imagem do hospital, gerenciamento dos serviços, relação médico-paciente e características/ qualidades de um profissional de saúde humanizado. Essa Etnoavaliação é baseada em racionalidades leigas que empregam seus próprios critérios e lógica, similar ao raciocínio Epidemiológico. O julgamento dos usuários sobre os cuidados hospitalares como sendo humanizados ou desumanizados depende de uma variedade de fatores mediadores. Para humanizar a hospitalização pública no Nordeste brasileiro, é necessário adotar uma Etnoavaliação que além de empoderar o usuário e valorizar a opinião e julgamento leigo, pode melhorar a qualidade dos cuidados em saúde.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.unifor.br:tede/70634
Date13 December 2005
CreatorsGomes, Annatalia Meneses de Amorim
ContributorsNations, Marilyn Kay, Luz, Madel T, Sampaio, José Jackson Coelho, Moura, Escolástica Rejane Ferreira, Nations, Marilyn Kay
PublisherUniversidade de Fortaleza, Mestrado Em Educacao Em Saude, UNIFOR, Brasil, Centro de Ciências da Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR, instname:Universidade de Fortaleza, instacron:UNIFOR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation2129784386683253377, 500, 500, 292441653440865123

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