Return to search

Estratégia saúde da família e a notificação de maus-tratos contra crianças e adolescentes na região metropolitana de Fortaleza

Made available in DSpace on 2019-03-29T23:31:25Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2010-11-10 / In Brazil, as in other countries, different cultures and social classes, regardless of sex or ethnicity, children and adolescents are victims of daily violence. This paper focuses on the process of notification of abuse in children and adolescents and their purposes have converged to (i) reviewing the notification process violence in children and adolescents in the practice of doctors, nurses and dentists the Family Health Strategy (FHS) of the Fortaleza Metropolitan Region (FMR). Also included were (ii) identification of sociodemographic, vocational training and working time of those professionals, (iii) identification of the reasons favorable, unfavorable, and the difficulties faced by these professionals during the reporting of abuse and (iv ) the association of sociodemographic, vocational training, working time, instrumentation with the outcome encounter and report such cases of abuse. In this investigation we used the crosssectional study, on an inquiry in primary care, with the participation of 248
professionals (doctors, nurses and dentists) of the FHS from 11 municipalities of RMF
during 2009-2010. A structured questionnaire covering sociodemographic, vocational
training, work experience at the Family Health and the instrumentalization of the
professional on the subject, the barriers faced by professionals in the notification and
how professional is positioned in front of those cases resulted in the production of
findings. We applied the chi-square test of Pearson (p <0.05), descriptive analysis and
measures of central tendency in the statistical treatment of data and their discussion was based on literature that subsumes the object of study. In the characterization of the participants, the findings showed a prevalence of females (71.8%), mean age 33 years
and standard deviation of 9.39 ± SD, graduated at least five years (47.2%), equal time
work in the FHS (53.2%) with specialization in public health and related areas (65.0%).
As for the instrumentation of these professionals to deal with the problem, 74.5% never
attended training on elder abuse, 60.3% did not know the questionnaire, 38.2% were
unaware of this type in your workplace but 49.0% had encountered such cases in his
practice. Proved to be statistically significant to encounter cases of abuse, time since
graduation (p = 0.002) and duration of employment in the ESF, both less than five years
(p = 0.001) and in case reporting only occupational category (p = 0.007) was
statistically significant. Regarding the reasons in favor of reporting, the benefits brought prevailed notification (76.1%), better access to community services (32.7%) and to make important epidemiological data (23.4%). As for bad, we found the lack of
infrastructure support network (81.8%) responded as yet. The difficulties mentioned by
the professionals converged on the lack of structure in the support network (36.1%),
knowledge / training of health professionals (35.5%); protection that notifies the
professional (35.0%) and fear of legal involvement (10.3%). The study concludes that
the demographic profile of these professionals are young, single, predominantly female,
length of trained and working in the ESF less than five years and post-graduate degrees
in public health and related areas. As for the notification indicated gaps on the
knowledge for managing and coping with maltreatment and violence in the study group,
reflecting in decision making on these patient populations. / No Brasil, assim como em outros países, em diferentes culturas e classes sociais,
independentes de sexo ou etnia, crianças e adolescentes são vítimas cotidianas dos maustratos/violência. Este trabalho focaliza o processo de notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes, e os seus propósitos convergiram para (i) a análise do processo de notificação de maus-tratos/violência em crianças e adolescentes na práxis de médicos,
enfermeiros e cirurgiões-dentistas da Estratégia Saúde da Família (ESF) da Região
Metropolitana de Fortaleza (RMF). Incluíram-se ainda (ii) a identificação das características sociodemográficas, formação profissional e tempo de trabalho desses profissionais; (iii) a identificação dos motivos favoráveis, desfavoráveis e as dificuldades enfrentadas por esses profissionais à notificação dos maus-tratos e (iv) a associação das características sociodemográficas, formação profissional, tempo de trabalho, instrumentalização com o desfecho deparar-se e notificar esses casos de maus-tratos. Nesta investigação, utilizou-se o estudo de corte transversal, do tipo inquérito na atenção primária, com a participação de 248 profissionais (médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas) da ESF de 12 municípios da RMF, em 2009-2010. Um questionário estruturado contemplando as variáveis sociodemográficas, formação profissional, tempo de trabalho na Saúde da Família, a instrumentalização do profissional sobre o tema, as barreiras enfrentadas pelo profissional na notificação e como o profissional se posiciona diante desses casos originaram a produção dos achados. Aplicaram-se o teste de correlação de Pearson (p<0,05), análise descritiva e medidas de tendência central no tratamento estatístico dos dados, e sua discussão fundamentou-se na literatura que subsume o objeto de estudo. Na caracterização dos participantes, os achados evidenciaram predomínio do sexo feminino (71,8%), idade média de 33 anos e desvio padrão DP± de 9,39, graduados a menos de cinco anos (47,2%), igual tempo de trabalho na ESF (53,2%) e com especialização em saúde coletiva e áreas afins
(65,0%). Quanto à instrumentalização desses profissionais para o enfrentamento do
problema, 74,5% nunca participaram de treinamentos sobre maus-tratos; 60,3% não
conhecem a ficha de notificação, 38,2% não sabem se existe esta ficha em seu local de
trabalho, mas 49,0% já se depararam com esses casos em sua prática. Revelaram-se
estatisticamente significativos para deparar com casos de maus-tratos, tempo de formado
(p=0,002) e tempo de trabalho na ESF, ambos menores que cinco anos (p=0,001) e, na
notificação dos casos, apenas a categoria profissional (p=0,007) mostrou-se estatisticamente significativa. Em relação aos motivos favoráveis à notificação, prevaleceram os benefícios oriundos da notificação (76,1%), melhor acesso da comunidade ao serviço (32,7%) e importância para compor dados epidemiológicos (23,4%). Quanto aos desfavoráveis, encontrou-se a falta de estrutura da rede de apoio (81,8%) como mais respondido. As dificuldades apontadas pelos profissionais convergiram para a falta de estrutura da rede de apoio (36,1%), de conhecimento/capacitação dos profissionais (35,5%), de proteção ao profissional que notifica (35,0%) e o medo de envolvimento legal (10,3%). O estudo conclui que o perfil sociodemográfico desses profissionais é de jovens, solteiros, com predominância feminina, tempo de formados e de trabalho na ESF menor que cinco anos e pós-graduados em saúde coletiva e áreas afins. Quanto à notificação, apontaram lacunas na instrumentalização do conhecimento para o manejo e enfrentamento de maus-tratos no grupo estudado, refletindo nas tomadas de decisão diante dessas casuísticas.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.unifor.br:tede/85812
Date10 November 2010
CreatorsBarbosa, Isabella Lima
ContributorsVieira, Luiza Jane Eyre de Souza, Vieira, Luiza Jane Eyre de Souza, Machado, Maria de Fatima Antero Sousa
PublisherUniversidade de Fortaleza, Mestrado Em Saúde Coletiva, UNIFOR, Brasil, Centro de Ciências da Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR, instname:Universidade de Fortaleza, instacron:UNIFOR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation2850938317121515023, 500, 500, 292441653440865123

Page generated in 0.0023 seconds