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Previous issue date: 2016-05-20 / The main objective of this work is to think about the transformations in sexuality in our days from the dissemination of medical and biological discourses on health. For this, we took as reference the researches of the French philosopher Michel Foucault in The will to knowledge, the first volume of his History of Sexuality. In line with Foucault, therefore, to consider sexuality as a power and knowledge deployment that was organized in modernity, forging what we know as sexual identities, we draw attention to its historical character, justifying, thus, the possibility of speaking in possible changes. The mutation process that we focused on our questions concerns to a displacement of sexuality as the foundation of the understanding we have about ourselves to the new forms of investment in the bodies and pleasures through worries with a healthy life. Thus, sexuality starts to be positioned, along with nourishment, physical exercise etc., as another viable route to obtain health. In order to seek confrontations with these normalization processes we turned to psychoanalysis, given its undeniable cultural relevance and ability to put itself critically. Although created in the deployment sexuality context, we understand that the theory of Sigmund Freud can not be reduced to a sexual science, which has as the most important characteristic to determine pathological behaviors. Consequently, the questioner condition of psychoanalysis served us to discuss how we are dealing with sexuality today, given the prevalence of the care of the body as a central aspect of what we are. We followed then in three ways: we verified which are the current power investments in sexuality, we identified new subjective experiences that are being built and investigated forms of opposition to normalization through psychoanalysis. Finally, we commented our position on the contemporary transformations in sexuality as reconfigurations in power relations and in subjectivities production without affirming, thus, the overcoming of the deployment of sexuality.
Keywords: deployment of sexuality, body, health, subjectivity, psychoanalysis. / O principal objetivo deste trabalho é pensar a respeito das transformações na sexualidade em nossos dias a partir da difusão de discursos médico-biológicos sobre a saúde. Para isto, tomamos como referência as pesquisas do filósofo francês Michel Foucault em A vontade de saber, o primeiro volume de sua história da sexualidade. Em consonância com Foucault, portanto, ao considerarmos a sexualidade como um dispositivo de poder e saber que se organizou na modernidade, forjando o que conhecemos como identidades sexuais, chamamos a atenção para seu caráter histórico, justificando, assim, a possibilidade de falarmos em possíveis mudanças. O processo de mutação que enfocamos em nossos questionamentos diz respeito a um deslocamento da sexualidade como fundamento da compreensão que temos a respeito de nós mesmos para novas formas de investimentos nos corpos e nos prazeres através de preocupações com uma vida saudável. Deste modo, a sexualidade começa a ser posicionada, juntamente com a alimentação, a prática de exercícios físicos etc., como mais um caminho viável para a obtenção da saúde. A fim de buscarmos confrontações a esses processos de normalização recorremos à psicanálise, tendo em vista sua inegável relevância cultural e capacidade de colocar-se criticamente. Ainda que criada no contexto do dispositivo de sexualidade, compreendemos que a teoria de Sigmund Freud não pode ser reduzida a uma ciência sexual, que tem como característica mais relevante a determinação de comportamentos patológicos. Consequentemente, a condição questionadora da psicanálise nos serviu para discutirmos o modo como estamos tratando da sexualidade atualmente, haja vista a prevalência do cuidado com o corpo como um aspecto central daquilo que somos. Seguimos, então, por três caminhos: verificamos quais os atuais investimentos do poder na sexualidade, identificamos as novas experiências subjetivas que estão sendo construídas e investigamos formas de oposição à normalização por meio da psicanálise. Por fim, comentamos sobre nosso posicionamento relativo às transformações contemporâneas na sexualidade como reconfigurações nas relações de poder e na produção das subjetividades, sem afirmarmos, assim, uma superação do dispositivo de sexualidade.
Palavras-chave: dispositivo de sexualidade, corpo, saúde, subjetividade, psicanálise.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.unifor.br:tede/98175 |
Date | 20 May 2016 |
Creators | Queiroz, Cristiane Holanda |
Contributors | Pinheiro, Clara Virgínia de Queiroz, Carneiro, Henrique Figueiredo, Costa, Sylvio de Sousa Gadelha, Danziato, Leonardo José Barreira, Pinheiro, Clara Virgínia de Queiroz, Paiva, Antonio Cristian Saraiva |
Publisher | Universidade de Fortaleza, Doutorado Em Psicologia, UNIFOR, Brasil, Centro de Ciências da Saúde |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR, instname:Universidade de Fortaleza, instacron:UNIFOR |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Relation | 7339877236798283952, 500, 500, 292441653440865123 |
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