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A fabricação da 'basileia' helenística: um estudo sobre o governo de Antígono Monoftalmo e Demétrio Poliorcetes (321 - 301 a. C.)

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Previous issue date: 2018-04-05 / Após a morte de Alexandre, há, no Mediterrâneo Oriental, uma tendência política híbrida. Primeiramente, os diádocos (sucessores) procuraram manter a unidade da oikoumene. Para tanto, teriam que resolver a questão sucessória, pois, de acordo com a tradição macedônia, o governo caberia a um herdeiro varão da dinastia Argéada, da qual Alexandre fazia parte. Este, ao morrer, não deixara um herdeiro em condições de assumir o trono naquele momento. Desse impasse, resultou uma segunda tendência. Em princípio, existia um representante da dinastia Argéada na Macedônia e um no Oriente, mas, na prática, os diádocos buscaram autonomia política. A primeira tendência preservava a ideia de unidade do Império, mas as condições inerentes à própria realeza macedônia, como o direito da lança, ou seja, a doriktetos chora, e as complicações no processo sucessório, levaram à fragmentação da oikoumene em múltiplos reinos. Tendo em vista essas considerações, o objetivo central desta tese foi investigar como, após a morte de Alexandre, a realeza helenística foi construída/consolidada mediante as ações dos diádocos, tendo como foco o período de 321 a 301 a.C., em que Antígono I Monoftalmo, auxiliado por seu filho, Demétrio Poliorcetes, assumiu a preponderância na condução dos assuntos políticos, tendo como ponto de partida o legado de Alexandre, mas também toda uma tradição macedônia e oriental referente à concepção da monarquia e do monarca. Acreditamos que a basileia helenística foi um elemento novo, fabricada a partir das ações dos diádocos, e que já não mais representava a monarquia macedônia. Dentre os generais de Alexandre, Antígono foi o primeiro a intitular-se basileus, juntamente com Demétrio, apresentando-se como o sucessor legítimo do soberano argéada, por meio de uma série de recursos simbólicos. Ao lado de seu filho, Antígono desempenhou um papel fundamental rumo ao estabelecimento da monarquia. Quando, em 306 a.C., foi aclamado basileus por seu exército, o primeiro rei helenístico já tinha empregado a associação com Alexandre nas representações numismáticas; se filiado a deidades; unido elementos da tradição macedônia, helênica e oriental; seguido como fundador de cidades; e se proclamado o maior benfeitor das cidades gregas, recebendo em troca cultos e festividades em honra a sua pessoa e a de Demétrio. Pai e filho detiveram, portanto, a primazia quando nos referimos à fabricação da basileia helenística.

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Date05 April 2018
CreatorsCHIMINAZZO, A. A.
ContributorsFRANCO, S. P., SILVA, E. C. M., SANTANNA, H. M., LESSA, F. S., SILVA, G. V.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Doutorado em História, Programa de Pós-Graduação em História, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
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