O desafio da masculinidade subalterna na travestilidade: a dor da beleza / The challenge of the transvestility in subaltern masculinity: the pain of beauty

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Previous issue date: 2012-11-09 / This paper discusses the constitution of subjectivity in transvestility from the subversion of the body adjusting it to a gender identity. It is a theoretical study, a literature review. Therefore, the construction of this work involved two steps: the first step was the literature review on the subject concerning the period of the last twelve years from the key descriptors found in online data basis (Web of Science, LILACS, MedLine, Bireme Portal.periodicos.Capes, PubMed, Scielo Brazil), and the second step was the participation of the researcher in events, on visits to institutions and in dialogues with experts in the field of transvestility. The research was guided by the theoretical framework of socio-historical Psychology. This perspective believes that the way we assume ourselves is related to our subjectivity, which is historically constructed by the subject in its historical, social and emotional relations, being the human psyche a flexible and malleable category, involving the dimensions of consciousness, activity and identity in which the phenomena of transvestility is understood. It is noticed that transvestility expresses a social and individual subjectivity that is constructed in a dialectical relationship, and that shows the complexity of historical, social, family and personal experiences. It expresses both a transformation of a genetically male body and the transformation of a gender identity opposite to the biological sex, which subverts the gender through sophisticated programming techniques such as hormone therapy, implantation of silicone and use of female clothing and accessories. It concludes that the transformation of the body in transvestility into a feminine image is perceived as a second skin which shows all its performance according to the beauty standards of hegemonic idealized feminine gender identity. The process of constitution of subjectivity is expressed by strangeness and by the complexity of changes in relation to the genetic body, by the construction of a gender identity according to the chosen gender, and consequently by using clothes and expressions of the body, consistent with this gender identity. This means that the constitution of subjectivity in transvestility cannot be described by an anatomical detail, but by a set of experiences that turn the transvestites into beings in a changing process, ranging from the destruction to the construction of a new body, with the challenges of the pain of beauty that is marked by moments and motivations of an individual socio-historical role, and that specifies the challenges in the constant transformation of the body, since the truth of gender is not written in the biological body, but in the many ways of constructing new meanings for genders / O presente trabalho pretende discutir a constituição da subjetividade na travestilidade a partir da subversão do corpo, adequando-o a identidade de gênero. É um estudo teórico, uma revisão da literatura. Para tanto, a construção do trabalho envolveu duas etapas: a primeira etapa foi sobre o levantamento bibliográfico referente ao tema, no período dos últimos doze anos a partir dos descritores-chaves nas bases de dados online (Web of Science, LILACS, MedLine, Bireme, Periódicos Capes, PubMed, Scielo Brasil), e a segunda a participação em eventos, visitas às instituições com diálogos em campo com especialistas que atendem o grupo das travestis. A pesquisa foi norteada pelo referencial teórico da Psicologia Sócio-histórica. Esta perspectiva entende que a maneira como nos assumimos diz respeito a nossa subjetividade, que é construída historicamente pelo sujeito nas suas relações históricas, sociais e afetivas, sendo o psiquismo humano uma categoria flexível e maleável, envolvendo as dimensões da consciência, atividade e identidade na qual os fenômenos da travestilidade são compreendidos. Percebe-se que a travestilidade expressa uma subjetividade individual e social construída numa relação dialética, e mostra sua complexidade das vivências históricas, sociais, familiares e pessoais. Expressa uma transformação do corpo genético masculino e da identidade de gênero oposta ao sexo biológico, que subverte o gênero através de sofisticadas técnicas de programação como hormonioterapia, implantação de silicone e uso de roupas e acessórios do gênero feminino. Conclui-se que a transformação do corpo na travestilidade em imagem feminina é percebida como uma segunda pele a qual mostra toda sua performance de acordo com os padrões de beleza hegemônica da identidade de gênero feminino idealizada. O processo de constituição da subjetividade se expressa pelo estranhamento e por uma complexidade de transformações em relação ao corpo genético, pela construção de identidade de gênero do sexo de escolha, e, consequentemente, pela utilização de roupas e expressões corporais condizentes com esta identidade de gênero. Isto significa que a constituição da subjetividade na travestilidade não pode ser designada por um detalhe anatômico e sim por um conjunto de experiências que fazem das travestis seres em mutação, que vão da destruição à construção de um novo corpo, com os desafios da dor da beleza, que é marcada por momentos e motivações diversas de um papel sócio-histórico individual, e especifica os desafios na transformação incessante do corpo, uma vez que a verdade do gênero não está escrita no corpo biológico, mas sim nas múltiplas possibilidades de construir novos significados para os gêneros

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/15228
Date09 November 2012
CreatorsRosa, Mariléia Catarina
ContributorsKahhale, Edna Maria Severino Peters
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Clínica, PUC-SP, BR, Psicologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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