Girando em uma roça banto: a dança como elemento constitutivo do candomblé angola em Montes Claros/MG

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Previous issue date: 2016-06-17 / The present research has worked the dance as an expressive and symbolic manifestation present in candomblé religion, specifically in the angola’s candomblé, in the context of Montes Claros, north of Minas Gerais. It has started from the hypothesis that the dance is not an accessory, but on the contrary, it is an indispensable element in the referred religious rituals. The research held up in the proposed understanding of dance as a constitutive element of this religious system of their essentiality to the candomblé is done, is established. The issues that guided the research is expressed in the following questions: what is dance for the candomble religion? What is its role? How does it appear in the candomblé rituals angola? The methodology, inspired by own methods to Social Sciences, included the immersion in the candomblé angola universe. The contact with the object, in this case the yards of candomblé "Roça Congo Matamba Nzambi," the city of Montes Claros, between the years 2013 and 2016, allowing collect information of the subjects to identify the dynamics of the plantations’s operation and monitoring by participant’s observation, some public parties that are part of the annual calendar of events of that house. Beyond the observation, semi-structured interviews were performed, applied to six saint-children. The collected data were analyzed based on the theoretical references that guided this research. The study concluded that through this body moving experience, feelings are provoked, colors, gestures and sounds emerge; and promote celebration, corporification, offering. The initiates conceive that the dance allows the divine and honorable presence of inquices together to theirs. The presence of such rituals in candomble appears therefore amalgamated thereto, not being dispensed, on the contrary, intensifies the time to every new touch the atabaque and the presence of outstanding and interdependent song. The danceable subjects are known and recognized by the experience that is both: individual and collective, singular and plural; that is, even if it is experienced in particular ways for each one/ that is part of the house, it still collective, it seeks to add, celebrates the communion of saint-children more than "dance well" they seek to connect with what they believe / A presente pesquisa trabalhou a dança como manifestação expressiva e simbólica, presente na religião do candomblé, especificamente no candomblé angola, no contexto de Montes Claros, norte de Minas Gerais. Partiu-se da hipótese de que a dança não é algo acessório, mas, ao contrário, é um elemento imprescindível nos rituais da referida religião. A pesquisa sustentou-se assim pela proposta de compreensão da dança enquanto elemento constitutivo desse sistema religioso, de sua essencialidade para que o candomblé se faça, se estabeleça. A problemática que orientou a pesquisa expressa-se nas seguintes questões: o que é a dança para a religião do candomblé? Qual é o seu papel? Como ela aparece nos rituais do candomblé angola? A metodologia utilizada, inspirada em métodos próprios às Ciências Sociais, incluiu a imersão no universo do candomblé angola. O contato com o próprio objeto, neste caso, o terreiro de candomblé “Roça Congo Matamba Nzambi”, da cidade de Montes Claros, deu-se entre os anos de 2013 e 2016, permitindo colher informações dos próprios sujeitos e sujeitas, identificar a dinâmica de funcionamento da roça e acompanhar, pela observação participante, algumas festas públicas que são parte do calendário anual de eventos da referida casa. Além da observação, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, aplicadas a cinco filhos de santo e uma filha de santo. Os dados coletados foram analisados com base nos referenciais teóricos que orientaram a pesquisa. O estudo permitiu concluir que, por meio dessa experiência do corpo em movimento, sensações são provocadas, cores, gestos e sons emergem; e promovem celebração, corporificação, oferenda. Os iniciados e iniciadas concebem ainda que a dança permite a presença divina e honrosa dos inquices junto aos seus. A presença desta no candomblé aparece, portanto, amalgamada aos rituais, não sendo dispensável, pelo contrário, intensifica o momento a cada novo toque no atabaque e com a presença marcante e interdependente do canto. Os sujeitos dançantes se reconhecem e são reconhecidos pela experiência que é ao mesmo tempo: individual e coletiva, singular e plural; ou seja, mesmo que cada um/a que é parte da casa a experimente de formas particulares, ainda assim ela é coletiva, busca agregar, celebra a comunhão de filhos e filhas de santo que, mais do que “dançar bem”, buscam se conectar com aquilo em que acreditam

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/19089
Date17 June 2016
CreatorsCardoso, Fernanda de Souza
ContributorsNunes, Maria José Fontelas Rosado
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciência da Religião, PUC-SP, Brasil, Faculdade de Ciências Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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