Return to search

Diários de bordo do PIBID: sujeito e formação de professores

Submitted by Jeferson Rodrigues de Lima (jeferson.lima@uffs.edu.br) on 2018-03-07T17:04:06Z
No. of bitstreams: 1
PARTICHELLI.pdf: 1153106 bytes, checksum: 549558ef3f349ca01787812e4f8a589e (MD5) / Approved for entry into archive by Diego dos Santos Borba (dborba@uffs.edu.br) on 2018-03-08T17:09:15Z (GMT) No. of bitstreams: 1
PARTICHELLI.pdf: 1153106 bytes, checksum: 549558ef3f349ca01787812e4f8a589e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-03-08T17:09:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
PARTICHELLI.pdf: 1153106 bytes, checksum: 549558ef3f349ca01787812e4f8a589e (MD5)
Previous issue date: 2017 / Este trabalho objetiva compreender as diferentes posições-sujeito professor que se produzem
da escrita de si, a partir dos registros dos bolsistas-ID do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência (PIBID), nos diários de bordo do curso de Ciências Biológicas, da
Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Cerro Largo. O programa tem como
objetivo incentivar a formação docente, como também inserir os acadêmicos de licenciatura
no âmbito escolar, com o propósito de elevar a qualidade da formação inicial. Consta, na
Portaria 96, de 18 de julho de 2013, que regulamenta o PIBID, que necessita haver registro
das atividades desenvolvidas pelos bolsistas. Por isso, na Proposta Institucional do PIBIDUFFS
está definido o diário de bordo como sendo o gênero mais adequado para tal registro,
tendo em vista seu caráter reflexivo, narrativo e descritivo das atividades desenvolvidas no
programa. Teoricamente, sustentamo-nos na Análise de Discurso de orientação francesa que
nos permite compreender as marcas linguísticas que emergem nos documentos analisados,
para problematizar relações interdiscursivas que são produzidas a partir da escrita de si nos
diários, a respeito das diferentes posições-sujeito professor. O embasamento teórico para a
construção do referencial teve como foco os seguintes autores: Pêcheux (2012; 2014), Orlandi
(2005; 2006; 2007; 2008; 2009; 2012), Coracini (1999; 2007) e Stübe (2008). No gesto de
interpretação, podemos observar algumas regularidades: a) que o ID, ao escrever sobre si,
produz uma cena de embate com o outro, professor da escola; b) o ID assume uma posiçãosujeito
pesquisador, que busca a inovação, distanciando-se do livro didático, em comparação
ao professor da escola, sobre o qual o ID afirma ser interpelado pelo LD, e acomodar-se a esse
lugar, contudo percebe-se a necessidade do ID em basear-se também nesse material didático;
c) Analisamos também processos de identificação e contra-identificação, por meio dos quais
há a possibilidade de resistência para com algumas posições-sujeito professor; d) Além disso,
o ID assume a posição-sujeito salvador, pois acredita que o professor seja o principal agente
formador, sendo ele o responsável por garantir o futuro das próximas gerações; e) o ID
visualiza-se como sujeito dinâmico, por estar inserido ao chamado novo, propõe novos
fazeres docentes, inova, criando um embate com o professor da escola que, por não dinamizar
tanto a aprendizagem, repetir as mesmas atividades e se prender ao LD encontra-se no velho.
A partir dessas regularidades, temos o efeito do interdiscurso, que há entre o eu e o outro,
entre velhos e novos fazeres, um afrontamento, o que implica a existência de traços do outro
em nossos discursos, não havendo uma fronteira determinada, em que se exclui, por
definitivo, o velho. Essas regularidades são percebidas a partir da escrita de si, em que o ID
escreve de si para si próprio, com o anseio de constituir-se e, por isso, acaba por falar sobre o
outro, seja pela identificação, seja pela contra-identificação com o professor da escola / El trabajo objetiva comprender diferentes posiciones-sujeto profesor que se producen de la
escritura de sí, a partir de los registros de los becarios-ID del Programa Institucional de Bolsas
de Iniciação à Docência (PIBID), en los diarios de bordo del curso de Ciencias Biológicas, de
la Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Cerro Largo. El programa tiene
como objetivo incentivar la formación docente, así como insertar a los académicos de
licenciatura en el ámbito escolar, con el propósito de elevar la calidad de la formación inicial.
Consta en la Orden 96, de 18 de julio de 2013, que regula el PIBID, que se necesita un
registro de las actividades desarrolladas por los becarios, así como en la Propuesta
Institucional del PIBID-UFFS está definido el diario de bordo como el género más adecuado
para tal registro, teniendo en vista su carácter reflexivo, narrativo y descriptivo de las
actividades desarrolladas en el programa. Teóricamente, nos basamos en el Análisis de
Discurso de orientación francesa que nos permite comprender marcas lingüísticas que
emergen en los documentos analizados, para problematizar relaciones interdiscursivas que se
producen a partir de la escritura de sí en los diarios, con respecto a las diferentes posicionessujeto
profesor. La base teórica para la construcción del referencial tuvo como foco los
siguientes autores: Pêcheux (2012; 2014), Orlandi (2005; 2006; 2007; 2008; 2009; 2012),
Coracini (1999; 2007) y Stübe (2008). En el gesto de interpretación, podemos observar
algunas regularidades: a) que el becado-ID, al escribir sobre sí, produce una escena de embate
con el otro, profesor de la escuela; b) el ID asume una posición-sujeto investigador, que busca
la innovación, distanciándose del libro didáctico, en comparación al profesor de la escuela,
sobre el cual el ID afirma ser interpelado por el LD, y acomodarse a ese lugar, sin embargo se
percibe la necesidad del ID en basarse también a ese material didáctico; c) Analizamos
también procesos de identificación y contra-identificación, por medio de los cuales existe la
posibilidad de resistencia para con algunas posiciones-sujeto profesor; d) Además, el ID
asume la posición-sujeto salvador, pues cree que el profesor es el principal agente formador,
siendo él lo responsable por garantizar el futuro de las próximas generaciones; e) el ID se
visualiza como sujeto dinámico, por estar inserto al llamado nuevo, propone nuevos haceres
docentes, innova, creando un embate con el profesor de la escuela que, por no dinamizar tanto
el aprendizaje, repetir las mismas actividades y prenderse al LD se encuentra en el viejo. A
partir de esas regularidades, tenemos el efecto del interdiscurso, que hay entre el yo y el otro,
entre viejos y nuevos haceres, un afrontamiento, lo que implica haber trazos del otro en
nuestros discursos, no habiendo una frontera determinada, en la que se excluye por definitivo
el viejo. Esas regularidades son percibidas desde de la escritura de sí, en que el ID escribe de
sí para sí mismo, con el anhelo de constituirse y, por eso, acaba por hablar sobre el otro, sea
por la identificación, sea por la contra-identificación con el profesor de la escuela.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:prefix/1763
Date January 2017
CreatorsPartichelli, Juliete Ilha
ContributorsStübe, Angela Derlise
PublisherUniversidade Federal da Fronteira Sul, UFFS, Brasil, Campus Chapecó
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFFS, instname:UFFS, instacron:UFFS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0107 seconds