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Filantropia e investimento social privado nos Estados Unidos e no Brasil : redes transnacionais de governança econômica

Os ricos declaram ter uma preocupação moral com a pobreza e com a desigualdade social. Uma das formas centrais de se dirigir a essas questões é a prática filantrópica que protagonizam. Este estudo trata das filantropias de elite, no Brasil e nos Estados Unidos, nas suas vertentes do chamado filantrocapitalismo e da filantropia progressista e/ou de justiça social. Enquanto o filantrocapitalismo tenta universalizar o humano, identificar e expandir suas categorias morais financiando apenas projetos próprios e/ou a serem implementados por empresas parceiras e seus pares de negócios, a filantropia que se diz progressista ou de justiça social busca financiar ativistas e movimentos sociais. Ambas se cruzam na articulação com governos e com o setor privado, influenciando na elaboração de políticas públicas. Uma das questões centrais desta pesquisa foi entender por que se doa tanto nos Estados Unidos - considerado em campo como o cenário ideal da filantropia global - mas não no Brasil. Os achados demonstram que a resposta é complexa, envolvendo desde os distintos modelos de colonização, a centralidade do ethos protestante nos Estados Unidos e católico no Brasil, o legado português no país, as relações das sociedades civis e os Estados e os modelos de democracia implementados nos dois países. Recorrendo à formação histórica das duas nações, a filantropia é declarada como parte do DNA estadunidense, em uma lógica democrática associativista com distanciamento do governo em um Estado mínimo e de matriz protestante, enquanto no Brasil a centralidade do papel do Estado, mesmo na noção de cidadania, levou à concepção do termo Filantroestatismo para fenômenos emergentes como o Investimento Social Privado enquanto modos de governança econômica. / The riches declare a moral concern with poverty and social inequality. One of the main ways of addressing these social issues is through their philanthropic practice. This research focuses on the philanthropy of elites in Brazil and in the United States, on its trends of philanthrocapitalism and social justice or prgressive philanthropy. Whereas philathrocapitalism tries to universalize the human, identifying and expanding its moral categories, financing its own or peer related projects, the socalled social justice or progressive philanthropy seeks financing activists and social movements. Both practices intertwine with governments and the private sector, influencing public policies. The main addressed question is understanding why so much is donated in the United States but not in Brazil. The findings show a complex answer, passing through the different models of colonization in both cuntries, the protestant ethos in the United States versus the catholic ethos in Brazil, the Portuguese legacy in the country, the civil societies relations to governments and the distinct models of democracy implemented. Resorting to the historical formation of both nations, philanthropy is declared as a part of the United States´ DNA, in an associative democratic logics with the distancing of a weak government, whereas in Brazil the centrality of the State, even in notions such as citizenship, lead to the creation of the concept Philanthroestatism for emergent phenomena such as Private Social Investment as means of economic governance.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume56.ufrgs.br:10183/172394
Date January 2017
CreatorsSilva, Patrícia Kunrath
ContributorsOliven, Ruben George
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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