Jogos de verdade sobre Dilma Rousseff na mídia: análise de editoriais do jornal folha de S. Paulo e da revista Carta Capital

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Previous issue date: 2012-08-09 / Este trabalho analisa as relações de saber-poder que instituem regimes de verdade nos discursos
de duas instituições midiáticas, jornal Folha de S. Paulo e revista Carta Capital, no período
eleitoral de 2010, especificamente os editoriais sobre a candidata Dilma Rousseff. Dentre os
vários editoriais que foram produzidos nesse período eleitoral, buscamos fazer um recorte
para a nossa análise, observando três editoriais da Folha de S. Paulo e três editoriais da Carta
Capital. Os dois suportes midiáticos, em análise, utilizam os mesmos mecanismos discursivos,
tais como: a polifonia por meio da ironia, da autoria e da adjetivação, o Porta-voz do discurso, a
redução da credibilidade do outro e adjetivações. Mesmo que recorram aos mesmos mecanismos,
por meio dos seus enunciados, percebemos que cada um constrói verdades diferenciadas
sobre a candidata Dilma, como por exemplo: as coisas boas do governo petista começaram
no governo tucano, o governo de Lula é corrupto, Dilma é golpista, Dilma é vítima da mídia
nativa, o continuísmo do governo Lula é uma imposição, o continuísmo é uma vontade do povo.
Assim, a atenção maior é compreender esses espaços discursivos como local de embate pela
construção de verdades . Quando nos referimos a verdades, isso deve ser entendido como um
processo de construção, de procedimentos que autorizam um determinado enunciado ser ou não
considerado verdadeiro. Sob a abordagem da Análise de Discurso, esta pesquisa fundamentase
em referenciais de Michel Foucault (1995, 2004, 2005, 2006a, 2006b, 2009a, 2009b, 2010),
Courtine (2006a,2006b), Bakhtin (2003, 2006) e também recorremos a alguns estudiosos
brasileiros da Análise do Discurso, como Navarro (2010), Sargentini (2005) Gregolin (2003a,
2003b, 2006, 2007), entre outros. A partir das posições da revista Carta Capital e do jornal
Folha de S. Paulo, verificamos que cada um assume um caráter de resistência. Percebemos
também que, ao escolherem enunciar no gênero editorial, cada jornalista-editorialista defende a
posição assumida, procuram manter controle, domínio sobre certos dizeres e exerce de maneira
mais efetiva seu saber e poder sobre o leitor.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.bc.ufg.br:tde/2418
Date09 August 2012
CreatorsHOLANDA, Janete Abreu
ContributorsPANIAGO, Maria de Lourdes Faria dos Santos
PublisherUniversidade Federal de Goiás, Mestrado em Letras e Linguística, UFG, BR, Lingüística, Letras e Artes
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG, instname:Universidade Federal de Goiás, instacron:UFG
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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