Return to search

Efeitos da perda de conectividade do componente arbóreo ripário na diversidade de insetos aquáticos em riachos

Submitted by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2017-07-03T21:32:32Z
No. of bitstreams: 2
Dissertação - Luiz Carlos Catein Filho - 2017.pdf: 1871747 bytes, checksum: b8df9683b9300705a329266d56b95d25 (MD5)
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-07-10T14:27:30Z (GMT) No. of bitstreams: 2
Dissertação - Luiz Carlos Catein Filho - 2017.pdf: 1871747 bytes, checksum: b8df9683b9300705a329266d56b95d25 (MD5)
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-10T14:27:31Z (GMT). No. of bitstreams: 2
Dissertação - Luiz Carlos Catein Filho - 2017.pdf: 1871747 bytes, checksum: b8df9683b9300705a329266d56b95d25 (MD5)
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Previous issue date: 2017-05-29 / Existem dois tipos de conectividade, estrutural e funcional. Conectividade funcional indica como o comportamento de um indivíduo que está se dispersando pode ser afetado pela estrutura da
paisagem e seus elementos. Conectividade estrutural é a conectividade física entre os fragmentos e
manchas. A conectividade da mata ciliar é estrutural, porém tem implicações funcionais. Ela é uma
característica fundamental dos ecossistemas aquáticos e também é importante para a conservação
da biodiversidade, pois facilita a dispersão entre as populações. Ambientes conectados permitem
uma maior migração de indivíduos entre os locais e isto resulta em maior riqueza de espécies, visto
que espécies extintas localmente podem rapidamente recolonizar o local. A conectividade também
pode afetar a diversidade beta, ou seja, a variabilidade na composição de espécies entre manchas
de hábitats. A maior dispersão entre ambientes conectados resulta em faunas mais similares, com
menor diversidade beta, do que entre ambientes desconectados. Neste trabalho avaliei i) a
diversidade alfa em trechos conectados e desconectados por mata ciliar, ii) a diferença na composição de espécies (diversidade beta) entre ambientes conectados e entre não conectados e iii)
o efeito da distância entre os trechos desconectados de riachos na diversidade beta. Hipotetizei que
a diversidade alfa é reduzida conforme se aumenta o isolamento por desconexão, uma vez que é
mais difícil dispersar entre grandes distâncias, que a diversidade beta entre trechos mais
desconectados é maior do que entre trechos conectados ao restante da bacia e que trechos mais
distantes entre si tendem a possuir maiores valores de diversidade beta, sendo, portanto, mais
diferentes. Foram amostrados 13 riachos com três trechos em cada, se dividindo em J1, M1, M2,
um mais a jusante dos riachos após a desconexão (J1) e dois conectados à montante antes da
desconexão (M1 e M2). Trechos conectados possuem mata ciliar bem preservada em toda sua
extensão, enquanto que trechos desconectados possuem uma interrupção da mata ciliar . Dados de
sedimento e cobertura vegetal foram coletados para avaliar sua influencia na comunidade. Os
trechos desconectados tiveram maior quantidade de sedimento no trecho após a desconexão (J1), já
os trechos conectados tiveram em média a mesma quantidade de sedimento. A influência do
sedimento explica-se por sua entrada no leito dos córregos e rios modificar os microhabitats e
afetar as comunidades tornando-as homogêneas. Houve diferença em relação à diversidade alfa
entre os trechos J1e M2 (desconectados), mas não houve diferença significativa entre os trechos J1
e M1 (desconectados) e M1 e M2 (conectados). Os trechos J1-M2 tiveram uma comunidade mais
heterogênea do que os trechos J1-M1 e M1-M2, sendo que em relação à abundância, os trechos à
baixo da desconexão tiveram uma menor quantidade de indivíduos do que os trechos à cima da
desconexão. Os trechos à baixo da desconexão tiveram maior riqueza do que os trechos à cima da
desconexão. Entre os conectados não houve diferença na riqueza. Não houve diferença entre os
trechos em relação ao dossel. Houve influência da desconexão na diversidade beta, sendo que os
trechos desconectados J1-M1 têm maior diversidade beta do que os trechos conectados M1-M2
tanto quando analisados através do índice de Bray-Curtis quanto quando analisados através do
índice de Sorensen. Isso ocorre devido à ausência de mata ciliar que impede a dispersão dos insetos
entre os trechos realizada pelos adultos através do voo ativo pela mata. Não houve relação entre o
aumento da distância de desconexão e a diversidade beta, dessa forma apenas o fato de existir a
desconexão já torna as comunidades diferentes, independente da distância de desconexão. Este
resultado contradiz diversos estudos recorrentes em que paisagens mais fragmentadas com maiores
distâncias entre seus hábitats torna as comunidades mais distintas. / Existem dois tipos de conectividade, estrutural e funcional. Conectividade funcional indica como o comportamento de um indivíduo que está se dispersando pode ser afetado pela estrutura da
paisagem e seus elementos. Conectividade estrutural é a conectividade física entre os fragmentos e
manchas. A conectividade da mata ciliar é estrutural, porém tem implicações funcionais. Ela é uma
característica fundamental dos ecossistemas aquáticos e também é importante para a conservação
da biodiversidade, pois facilita a dispersão entre as populações. Ambientes conectados permitem
uma maior migração de indivíduos entre os locais e isto resulta em maior riqueza de espécies, visto
que espécies extintas localmente podem rapidamente recolonizar o local. A conectividade também
pode afetar a diversidade beta, ou seja, a variabilidade na composição de espécies entre manchas
de hábitats. A maior dispersão entre ambientes conectados resulta em faunas mais similares, com
menor diversidade beta, do que entre ambientes desconectados. Neste trabalho avaliei i) a
diversidade alfa em trechos conectados e desconectados por mata ciliar, ii) a diferença na composição de espécies (diversidade beta) entre ambientes conectados e entre não conectados e iii)
o efeito da distância entre os trechos desconectados de riachos na diversidade beta. Hipotetizei que
a diversidade alfa é reduzida conforme se aumenta o isolamento por desconexão, uma vez que é
mais difícil dispersar entre grandes distâncias, que a diversidade beta entre trechos mais
desconectados é maior do que entre trechos conectados ao restante da bacia e que trechos mais
distantes entre si tendem a possuir maiores valores de diversidade beta, sendo, portanto, mais
diferentes. Foram amostrados 13 riachos com três trechos em cada, se dividindo em J1, M1, M2,
um mais a jusante dos riachos após a desconexão (J1) e dois conectados à montante antes da
desconexão (M1 e M2). Trechos conectados possuem mata ciliar bem preservada em toda sua
extensão, enquanto que trechos desconectados possuem uma interrupção da mata ciliar . Dados de
sedimento e cobertura vegetal foram coletados para avaliar sua influencia na comunidade. Os
trechos desconectados tiveram maior quantidade de sedimento no trecho após a desconexão (J1), já
os trechos conectados tiveram em média a mesma quantidade de sedimento. A influência do
sedimento explica-se por sua entrada no leito dos córregos e rios modificar os microhabitats e
afetar as comunidades tornando-as homogêneas. Houve diferença em relação à diversidade alfa
entre os trechos J1e M2 (desconectados), mas não houve diferença significativa entre os trechos J1
e M1 (desconectados) e M1 e M2 (conectados). Os trechos J1-M2 tiveram uma comunidade mais
heterogênea do que os trechos J1-M1 e M1-M2, sendo que em relação à abundância, os trechos à
baixo da desconexão tiveram uma menor quantidade de indivíduos do que os trechos à cima da
desconexão. Os trechos à baixo da desconexão tiveram maior riqueza do que os trechos à cima da
desconexão. Entre os conectados não houve diferença na riqueza. Não houve diferença entre os
trechos em relação ao dossel. Houve influência da desconexão na diversidade beta, sendo que os
trechos desconectados J1-M1 têm maior diversidade beta do que os trechos conectados M1-M2
tanto quando analisados através do índice de Bray-Curtis quanto quando analisados através do
índice de Sorensen. Isso ocorre devido à ausência de mata ciliar que impede a dispersão dos insetos
entre os trechos realizada pelos adultos através do voo ativo pela mata. Não houve relação entre o
aumento da distância de desconexão e a diversidade beta, dessa forma apenas o fato de existir a
desconexão já torna as comunidades diferentes, independente da distância de desconexão. Este
resultado contradiz diversos estudos recorrentes em que paisagens mais fragmentadas com maiores
distâncias entre seus hábitats torna as comunidades mais distintas.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.bc.ufg.br:tede/7562
Date29 May 2017
CreatorsCatein Filho, Luiz Carlos
ContributorsMelo, Adriano Sanches, Melo, Adriano Sanches, Teresa, Fabrício, Carvalho, Priscilla
PublisherUniversidade Federal de Goiás, Programa de Pós-graduação em Ecologia e Evolução (ICB), UFG, Brasil, Instituto de Ciências Biológicas - ICB (RG)
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG, instname:Universidade Federal de Goiás, instacron:UFG
Rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, info:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-5361682850774351271, 600, 600, 600, -3872772117827373404, 3263499605295365002

Page generated in 0.0022 seconds