Return to search

A poética do corpo na obra Linha-d'-água de Olga Savary

Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2015-05-22T20:34:23Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5)
Dissertacao_PoeticaCorpoObra.pdf: 981692 bytes, checksum: 1b1c536e8d223c374e9dd5cb6254bbb4 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Rosa Silva (arosa@ufpa.br) on 2015-05-25T13:59:32Z (GMT) No. of bitstreams: 2
license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5)
Dissertacao_PoeticaCorpoObra.pdf: 981692 bytes, checksum: 1b1c536e8d223c374e9dd5cb6254bbb4 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-05-25T13:59:32Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5)
Dissertacao_PoeticaCorpoObra.pdf: 981692 bytes, checksum: 1b1c536e8d223c374e9dd5cb6254bbb4 (MD5)
Previous issue date: 2014 / A presente dissertação constitui uma interpretação do corpo e de suas inter-relações com o erotismo e com o amor, a partir de um diálogo com a obra Linha-d’Água (1987), de Olga Savary (1933). A hipótese de pesquisa, aqui articulada, compreende a transfiguração poética do corpo sob o elemento simbólico da água como a encenação poético-ontológica do princípio da unidade entre o ser humano e a natureza. Por meio de uma abordagem hermenêutica (RICOEUR, 1990), vislumbra-se nos poemas a abertura para a articulação textual de um ser-no-mundo, que diz respeito a uma nova experiência do homem com a existência. A obra opera a recriação poética dos corpos na manifestação das águas, de modo que a comunhão amorosa instaura uma aproximação do ser humano com a sua origem, como uma possibilidade de reconciliação com a natureza (PAZ, 1994). Para compor este diálogo, contrapõe-se à leitura que, à luz do ecofeminismo, compreende esta operação poética como a expressão de subjetividades relacionada a questões de gênero ou de papéis sociais (SOARES, 1999). Sob a vigência do erotismo, os corpos humanos desnudados são assimilados a uma doação da natureza, entendida como o desvelamento da phýsis grega (HEIDEGGER, 1999). Os versos de Linha-d’Água articulam um movimento de ruptura com o legado conceitual da metafísica platônica, que estabeleceu uma cisão entre o homem e a sua condição carnal, o homem e o real, aprofundada durante a modernidade. Em meio à dinâmica cíclica e incessante da phýsis, o ser humano reconhece na própria liquidez do seu corpo o retorno ao fundamento primordial; por outro, assume a sua condição de estar lançado no fluir temporal incessante. Na obra da escritora paraense, recoloca-se o horizonte humano, por via da poética corporal, em reconciliação com o élan originário da natureza e, ao mesmo tempo, com a própria natureza viva dos amantes. / This paper is an interpretation of the body and its interrelationships with eroticism and love, from a dialogue with the book Linha-d’Água (1987), by Olga Savary (1933). The hypothesis this research articulates the poetic transfiguration of the body under the symbolic element of water as a poetic-ontological staging of the principle of unity between man and nature. Through a hermeneutic approach (RICOEUR, 1990), it is perceived in the poems a opening for textual articulation of a being in the world (being-there), with respect to the dynamics of human existence. The work of art operates a poetic recreation of bodies in the prevailing presence of the water, so that the loving communion establishes an approximation of the human being with its origin as a possibility of reconciliation with nature (PAZ, 1994). To compose this dialogue, we oppose a ecofeminism reading, which understands this operation as a poetic expression of subjectivities related to issues of gender or social roles (SOARES, 1999). Through the erotic impetus, human bodies are compared to a donation of nature, understood as unveiling of what the Greeks called phýsis (HEIDEGGER, 1999). The verses of Linha-d'Água articulate a movement that breaks with the conceptual legacy of Platonic metaphysics, which established a division, that has deepened in the modernity, between man and his carnal condition, between man and the reality. Amid the incessant cyclical dynamics of phýsis, Man must recognize itself in the liquidity of your body the return to primordial basis; on the other hand, he also must assume its condition of being released on the incessant temporal flow. In Savary's work, the human horizon is reinserted, through bodily experience, in reconciliation with that original impulse of nature and, at the same time, with the own living nature of lovers.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpa.br:2011/6718
Date21 December 2014
CreatorsLEITÃO, Andréa Jamilly Rodrigues
ContributorsFERRAZ, Antônio Máximo Von Sohsten Gomes
PublisherUniversidade Federal do Pará, Programa de Pós-Graduação em Letras, UFPA, Brasil, Instituto de Letras e Comunicação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPA, instname:Universidade Federal do Pará, instacron:UFPA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0024 seconds