Return to search

As patricinhas no mundo do shopping center: um discurso e algumas práticas juvenis bem-comportadas

Made available in DSpace on 2014-06-12T15:07:11Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo7213_1.pdf: 539249 bytes, checksum: 73d17b279ef19b26e6be9d08de14c08a (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2004 / Esta dissertação aborda algumas práticas juvenis associadas ao tempo
do lazer, mais especificamente, o cotidiano de meninas com idade
entre 13 e 18 anos, predominantemente, freqüentadoras de dois
shopping centers de Recife PE.
Através de observação participante, práticas como a freqüentação ao
shopping, o consumo, as relações de gênero e de amizade e a
construção de identidades de grupo se mostraram como aspectos
centrais nas vidas das meninas que participaram da pesquisa.
Foi possível perceber que havia um discurso que permeava e definia
estas práticas, o que eu chamo de discurso do bom-comportamento,
articulado para classificar os comportamentos em adequados ou
inadequados, nomeando-os de diversas formas, e para localizar
outras/os jovens entre nós e as/os outras/os . Dessa forma, surgem
rótulos como o de maloqueiros , usado para classificar genericamente
todos aqueles com comportamentos considerados inadequados, como
o uso de vestimentas consideradas inapropriadas para determinados
lugares, e hábitos como fumar e beber; galinhas para meninos e
meninas que obedeciam a regras mais liberais nas relações de gênero,
como o ficar descomprometido com diversos/as jovens; e
patricinhas ou cocotinhas , articulado para definir meninas em geral
bem-comportadas e que se preocupam com a aparência. Sendo que
maloqueiros e galinhas são sempre jovens com determinados
comportamentos que não fazem parte do círculo de amizade de quem
aplica essas categorias, e que a patricinha ora é a boa-moça bemvestida
(o nós ), ora a menina com excesso de frescuras (a outra ),
percebe-se que o discurso do bom-comportamento é, antes de tudo,
um discurso, no qual uma mesma característica poderá ser definida
positiva ou negativamente.
A análise e interpretação das práticas e discursos foi feita a partir do
uso da categoria de gênero, portanto com uma perspectiva relacional; a
noção de microcultura juvenil, através da qual a cultura dos jovensnão é vista como algo separado de uma cultura adulta. Além disso,
nesse trabalho os jovens são abordados enquanto sujeitos ativos, com
identidades, produtores de sentidos que vão além de práticas
desviantes e espetaculares associadas a um possível período de
rebeldia, estando inseridos em um contexto maior que lhes serve de
acervo

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/1040
Date January 2004
CreatorsMuller, Elaine
ContributorsChambliss Hoffnagel, Judith
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0024 seconds