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De lepra à hanseníase : mais que um nome, novos discursos sobre a doença e o doente 1950-1970

Submitted by Marcelo Andrade Silva (marcelo.andradesilva@ufpe.br) on 2015-03-06T11:56:49Z
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Previous issue date: 2012 / Esta tese analisa, a partir da inserção das sulfonas no tratamento médico
contra a lepra e da verificação das primeiras altas dos leprosários - na década
de 1950, como foi construído um novo olhar sobre a doença e os doentes, que
resultou na criação da hanseníase nos anos de 1970. Se antes a segregação
dos doentes era a principal arma contra a doença, na década de 1950 ela
começa a ser questionada: além de não ter reduzido o número de doentes
existentes no país, dificultou a notificação de novos casos, uma vez que, com
medo do isolamento, muitos doentes fugiam e se escondiam das autoridades
de saúde; aumentou ainda mais o estigma e o pavor em relação à lepra;
destruiu milhares de famílias e a vida de muitos doentes que nunca aceitaram o
isolamento. Ao mesmo tempo em que não justificava o alto custo de
manutenção dos Hospitais-Colônia para o isolamento dos doentes. Como
então convencer a sociedade de que era preciso aceitar esses leprosos, que
deveriam se tratar em dispensários de saúde, fora do isolamento, convivendo
normalmente entre os “sãos”? Principalmente, após a verificação da
impossibilidade de cura para os casos mais graves da doença – os contagiosos
– e do surgimento do fenômeno da sulfono-resistência? Estes dois fatores
colocarão em evidência o estigma da doença, pois, os contagiosos e os
sulfono-resistentes deveriam permanecer em tratamento pelo resto de suas
vidas. Ao mesmo tempo, como convencer estes leprosos de que deveriam
permanecer em tratamento, sob a vigilância regular dos serviços de saúde? O
controle da lepra dependia do combate ao estigma da doença, que fazia com
que estes pacientes se omitissem, deixassem de comparecer aos dispensários
médicos, aumentando as estatísticas sobre a doença. Diante disso, tornou-se
urgente formar um novo olhar sobre a doença, pois, era preciso aprender a
conviver com a lepra. Somente o combate ao estigma poderia impor um
controle sobre a doença. Dessa forma, cria-se a hanseníase, uma doença que
se pretendia livre dos estigmas de sua antecessora.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/11000
Date31 January 2012
CreatorsOliveira, Carolina Pinheiro Mendes Cahu de
ContributorsMiranda, Carlos Alberto Cunha
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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