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Desmatamento nas caatingas pernambucanas: uma análise da supressão de vegetação autorizada pelo Estado

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Previous issue date: 2016-03-11 / A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, ou seja, localiza-se totalmente no território brasileiro e não faz divisa com outros países, e ocupa aproximadamente 83% da área total do Estado de Pernambuco. Apesar de apresentar uma grande riqueza biológica, com diversas espécies endêmicas, fundamental para a sobrevivência de grande parte da sua população, consiste em um dos biomas mais degradados e também um dos menos protegidos do ponto de vista legal e estudados pela ciência. O desmatamento autorizado pelo Estado representa um dos fatores de degradação desse bioma. Desta forma, esta pesquisa buscou compreender como esse desmatamento vem ocorrendo nas Caatingas pernambucanas, suas principais causas e impactos socioambientais. Foram analisados os processos de autorização de supressão de vegetação nativa, deferidos pela CPRH, nos anos de 2013 a 2014. Após análise, verificou-se que a agricultura, uma das atividades responsáveis pela degradação histórica das Caatingas, continua desmatando esse bioma para ampliação de suas atividades, embora hoje de forma “legal”. Outro tipo de atividade que se destacou foi a produção de energia eólica, que apesar de ser considerada uma atividade limpa, renovável e de baixo potencial poluidor, vem demandando grandes áreas de supressão de vegetação nativa para a sua implantação. A área total de supressão autorizada nas Caatingas, durante 2013 a 2014, foi de 5.929,43 ha, entretanto, os impactos oriundos da supressão não se restringem apenas à flora suprimida, mas aos diversos componentes bióticos e abióticos associados à mesma. Foram identificados impactos socioambientais, como por exemplo, a fragmentação de habitat, perda de biodiversidade, através da autorização de supressão em áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade e redução dos recursos naturais para a população. A forma como a compensação ambiental, decorrente da supressão de vegetação, vem sendo adotada pelo Estado também vem contribuindo para o desenvolvimento insustentável no bioma. Foi verificado a ausência de compensação pelo desmatamento autorizado de 1.022,03 ha e a cada hectare de supressão foi exigido a compensação de apenas 0,55 ha. Considerando ainda que para 4.403,94 ha de supressão foi aprovada a compensação florestal de 2.616,86 ha, através da preservação de áreas que já continham vegetação, a situação quanto à redução de áreas de vegetação nativa no bioma e consequentemente de seus recursos e serviços ambientais é ainda mais grave. / The Caatinga is the only exclusively Brazilian biome that is located entirely in Brazil and not borders with other countries, and occupies approximately 83% of the total area of the State of Pernambuco. Despite a great biological wealth, with many endemic species, fundamental to much of its population to survive, it is one of the most degraded biomes and also one of the least protected from a legal point of view and studied in science. Deforestation authorized by the State is one of this biome degradation factors. Thus, this study sought to understand how it is happening in Pernambuco Caatingas, its main causes and socio-environmental impacts. Authorization procedures were analyzed suppression of native vegetation, granted by CPRH during the years from 2013 to 2014. After analysis, it was found that agriculture, one of the activities responsible for the degradation of Caatingas story continues deforesting for expansion its activities, although today's "cool" way. Another type of activity that stood out is the wind energy, which despite being considered a clean, renewable and low polluting potential activity, is demanding large areas of suppression of native vegetation for its deployment in the biome. The total area of suppression authorized in Caatingas was 5929.43 ha, however, the impacts from suppression are not restricted to the flora deleted, but the various biotic and abiotic components associated with it. Several socio- environmental impacts have been identified, such as for example, the habitat fragmentation, biodiversity loss by removing authorization in priority areas for biodiversity conservation, and reduction of natural resources for the population. The way the environmental compensation resulting from the removal of vegetation, has been adopted by the State has also contributed to unsustainable development in the biome. It was noted that the absence of compensation authorized deforestation 1022.03 ha and each hectare of suppression was required the compensation of only 0.55 ha. Whereas further to 4403.94 ha of suppression was approved the compensation of 2616.86 ha forest, through conservation areas already containing vegetation, the situation regarding the reduction of native vegetation areas in the biome and consequently of its resources and services environment is even more serious.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/18770
Date11 March 2016
CreatorsOLIVEIRA, Paula Daniele Mendonça
ContributorsRODRIGUES, Gilberto Gonçalves
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco, Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio Ambiente, UFPE, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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