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A participação da família na escola e suas interfaces com a gestão: caminhos possíveis em instituições da Rede Municipal de Ensino do Recife

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Previous issue date: 2010 / Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / O presente estudo insere-se no debate sobre gestão da educação e trata da participação
da sociedade na escola pública brasileira, mais especificamente, a participação da
família dos estudantes. Tem como objetivo analisar as concepções e práticas dessa
participação que vem se instituindo no cotidiano escolar e parte da consideração de que
essa atuação inscreve-se no processo macrossocial de construção de relações
democráticas e de que o espaço da escola tem sido um território partilhado, bem como
disputado, pelas famílias, professores, diretores e funcionários. Esses atores educativos,
apesar de terem o estudante/criança como um ponto em comum, pois, em tese, todos
trabalham para o bom desenvolvimento do mesmo, são dotados de bases de
legitimidade distintas. Por isso, foi importante a realização de uma revisão bibliográfica
que permitiu definir como parâmetros teóricos os conceitos de democracia e
participação (SANTOS, 2002; LACLAU, 1986, 1993; MOUFFE, 2003; GOHN, 2001;
PATEMAN, 1992; MANTOVANELI JUNIOR, 2006), escola e família (SCOTT, 2004;
STRAUSS, 1980; BOURDIEU, 1993; DONZELOT, 1986; CARVALHO, 1995;
GOLDANI, 1993; SZYMANSKI, 2005, 1997; SARTI, 2007). A compreensão de que
os sujeitos sociais não agem de forma homogênea ou única, mas, pelo contrário,
assumem posturas diferenciadas dependendo do tempo e dos espaços em que se inserem
fizeram com que o percurso metodológico estivesse fundamentado na Teoria do
Cotidiano (CERTEAU, 1994), mais estritamente nos Estudos nos/dos/com Cotidiano
Escolar (FERREIRA, 2003; OLIVEIRA, 2008). Deste modo, foram realizadas
observações, durante quatro meses, das atividades de duas escolas da Rede Municipal
de Ensino do Recife conhecidas por terem uma gestão comprometida com o fazer
democrático e uma significativa articulação com a comunidade. Também foram
coletadas informações de caráter documental junto a Comissão de Gestão Democrática
da Secretaria de Educação da cidade e foram realizadas entrevistas semi-estruturadas
com as diretoras e os representantes dos pais/responsáveis no conselho escolar de cada
uma das instituições. Os dados registrados no diário de campo, documentos e
entrevistas foram analisados à luz do aporte teórico e metodológico construído e
apontaram que a participação da família na escola pública existe, mas possui
configurações diversas que estão intimamente ligadas às características específicas do
grupo social que constitui a escola. Além disso, ficou claro que a análise da ação
participativa das famílias dos estudantes varia devido aos objetivos que as próprias
famílias têm com essa participação e aquilo que os professores, diretores e demais
funcionários da escola esperam que aconteça, como também pelos modos que o tempo e
o espaço de participação são tomados por esses atores. Assim, podemos concluir que há
uma variedade de formas de participação das famílias que, embora sejam pouco
reconhecidas, são legítimas, uma vez que favorecem o cumprimento da função social da
escola e colaboram na construção de uma cultura escolar democrática

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/3766
Date31 January 2010
CreatorsXimenes de Souza, Priscila
ContributorsRosa Marques, Luciana
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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