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Por uma bioética da responsabilidade: fundamentos de uma filosofia prática a partir de Hans Jonas

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Previous issue date: 2009 / A investigação tem como objeto encontrar as condições de possibilidade para a
fundamentação da bioética da responsabilidade. A ação humana impulsionada pelas
novas tecnologias tem modificado substancialmente o ser humano e o meio natural.
Isso implicou um repensar os princípios éticos que, até então, nortearam o agir humano.
A ética tradicional de caráter privado e dirigida ao agir próximo estava voltada para o
comportamento dos indivíduos a fim de que se tornassem homens justos na sociedade.
O poder ilimitado do homem moderno se constituiu em ameaça à alteridade e à
continuidade da vida, o que induziu uma preocupação para com os seres não-humanos e
ainda-não-existentes. A bioética da responsabilidade, como se argumenta, propõe que
tal poder seja limitado por meio de freios voluntários, sintetizados no seguinte
imperativo: Age de tal maneira que os efeitos de tua ação não comprometam ou
coloquem em risco a possibilidade de continuidade da vida futura . Consideramos que
os excessos tecnológicos, nas mãos de governantes, organizações ou pessoas
inescrupulosas podem causar efeitos irreversíveis à humanidade e à vida natural, e isso
nos faz medrar. Ao engendrar a heurística do temor, a bioética da responsabilidade
quer buscar fundamentos teóricos e apontar para práticas sustentáveis capazes de
salvaguardar a vida em sua essência, como hoje a concebemos. Quer também orientar
os homens de poder a imporem limites às promessas utópicas da técnica, ao ideal
prometeano, galileano e baconiano através de uma ação pragmática direcionada. E,
assim, combater o niilismo e reconduzir a vida a um lugar de honra. Aqui, o dever que
emana do poder/fazer é enunciado em termos ontológicos, já que a possibilidade do
homem preferir o não-ser, em detrimento do ser, e aniquilar o imperativo da existência
e a continuidade da vida no futuro é real. A bioética da responsabilidade, portanto,
advoga a partir de fundamentos práticos para que a vida, em sua alteridade radical,
continue existindo indefinidamente e, assim, o futuro pelo qual somos responsáveis seja
o autêntico fim de nossa responsabilidade, que se nos impõe como princípio e
sentimento

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6006
Date31 January 2009
CreatorsOliveira Fonsêca, Flaviano
ContributorsLuiz Pelizzoli, Marcelo
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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