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Mapeamento e estudo petrológico de arenitos de praia (Beachrocks) : evidências da variação no nível do mar no Holoceno, na costa central de Pernambuco

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Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo principal deste trabalho é a caracterização morfológica e petrológica
dos arenitos de praia na zona costeira e plataforma continental interna na costa central
de Pernambuco, visando reconstruir a evolução holocênica da região. De forma geral,
foi possível observar que a plataforma interna dos municípios de Olinda, e
particularmente de Paulista, apresenta gradientes suaves em direção costa afora, com
aumento da profundidade em torno de 19 m. Na plataforma interna dos municípios de
Recife e Jaboatão dos Guararapes, os valores de profundidade variam abruptamente e
a morfologia é mais acidentada. A área da plataforma interna mostra várias estruturas e
feições na superfície do fundo marinho, representada por três linhas de arenitos de
praia, além de paleocanais, bancos arenosos, ripples marks e os tipos de sedimentos
(areia, cascalho ou lama). Neste estudo, foram utilizadas técnicas que auxiliam na
classificação e identificação de processos diagenéticos que afetaram os arenitos de
praia, dentre as quais a microscopia eletrônica de varredura (MEV), a energia
dispersiva de raios-X (EDX) e a concentração isotópica de C e O. Desta feita, foi
permitido verificar que o arenito de praia apresenta valores de 60% a 85% do
arcabouço composto por grãos detríticos de quartzo. O cimento carbonático
encontrado nas amostras é constituído de calcita rica em Mg. Foi reconhecida a
sequência diagenética composta por cutícula criptocristalina; franja prismática isópaca;
agregados pseudopeloidais; agregados fibro-radiais; cimento micrítico; e mosaico
equante. Além dessas fases cimentantes, identificou-se marga infiltrada. Os resultados
da concentração isotópica de carbono e oxigênio dos cimentos dos arenitos de praia
estudados apresentaram valores de -1,12 a 3,52 , para δ13CPDB e -0,89 a 0,49
para δ18OPDB, respectivamente. Os valores isotópicos, em sua maioria (93,75% do
total), correlacionam-se ao cimento marinho. Apenas uma amostra de cimento dos
arenitos de praia apresentou valor fora do campo de sedimentos recentes. Estes dados
indicam que a precipitação do cimento ocorreu em um ambiente marinho raso, sob a
influência de água doce a partir do ambiente meteórico vadoso, de onde se conclui que
as praias foram cimentadas na zona de estirâncio. A paleotemperatura dos arenitos de
praia submersos variou de 22,8°C a 24,2°C, enquanto que os arenitos de praia emersos, varia de 22,9°C a 28,2°C. Essa variação está relacionada ao aumento da
profundidade e indica que a paleotemperatura da água se manteve relativamente
constante durante o processo de cimentação do arenito de praia. Na área estudada, os
arenitos de praia são indicadores do nível do mar e, a partir deles, foi feita a
reconstrução do nível do mar no Holoceno. Foram reconhecidas duas fases distintas: a
transgressiva e a regressiva. Na primeira, ocorre a subida do nível do mar a partir de
7946 anos A.P., até a elevação máxima, ocorrida há 6245 anos A.P., com um período
de estabilidade do mar, compreendido entre 7035 anos A.P. e 5563 anos A.P. A
segunda fase caracteriza-se pela sequência regressiva, a partir de 5000 anos A.P.,
ocasionando a descida do nível do mar. Nessa fase, houve a exposição e formação de
feições erosionais atuais dos arenitos de praia da área estudada

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6033
Date31 January 2010
CreatorsVicente Ferreira Junior, Antonio
ContributorsCristina Medeiros de Araújo, Tereza
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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