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Diagnóstico e seguimento de pacientes com leishmaniose visceral americana pela reação em cadeia da polimerase

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Previous issue date: 2005 / A leishmaniose visceral americana (LVA) é uma protozoose sistêmica que acomete pessoas
de ambos os sexos e predomina em menores de 15 anos de idade. O diagnóstico fundamentase
nos dados clínicos, na epidemiologia, na visualização microscópica do parasito em
aspirados teciduais (com sensibilidade variável), nos testes sorológicos (que apresentam
limitações) e, mais recentemente, na reação em cadeia da polimerase (PCR). Com o objetivo
de testar a validade da PCR no diagnóstico da LVA, 162 indivíduos admitidos no hospital
Hospital Escola Dr. Hélvio Auto (HEHA) em Maceió-Alagoas, com hipótese de diagnóstico
de LVA foram incluídos no estudo 56,2% do sexo masculino e 43,8% do sexo feminino, com
idades entre quatro meses a 66 anos, (média de 13 e mediana de 8,5 anos); 65,4% de
procedência rural e 34,6% urbana. A doença foi confirmada em 104 casos (64,4%), dos quais
55,8% eram do sexo masculino e 44,2% feminino, com idades variando entre 7 meses e 66
anos, (média de 12,9 e mediana de 9,5 anos). O aspirado medular, obtido em 99 dos 104
casos, foi submetido à microscopia óptica. Amastigotas de Leishmania foram identificadas
em 86 (87%) dos pacientes. Em 13 (13%) pacientes, nos quais não foram encontrados
parasitos no aspirado medular, pela microscopia óptica, e em cinco que não fizeram esse
exame, o diagnóstico fundamentou-se no quadro clínico e na resposta favorável ao
tratamento. A maioria, 89,4% foi tratada com N-metilglucamina; 2,8% receberam apenas
anfotericina B e 7,7% iniciaram o tratamento com antimonial, sendo substituído,
posteriormente, por anfotericina B. Durante o estudo, quatro pacientes faleceram: dois em
decorrência da própria doença e os demais por falta de resposta ao tratamento com
glucantime e a anfotericina B. A PCR foi processada em amostras de sangue medular e
periférico em pacientes com e sem LVA, avaliando, assim, a sensibilidade e especificidade do
teste e sua concordância com a microscopia óptica. A PCR foi positiva em sangue medular
de 100% dos pacientes com parasitos à microscopia óptica e em 61,5% dos que não foram
observados parasitos. A concordância entre a visualização ou não do parasito no aspirado
medular e a PCR ser positiva foi considerada sofrível (Kappa=0,41). Comparando-se os
resultados da PCR obtidos nos aspirados da medula com os do sangue periférico, a
concordância foi considerada ótima (Kappa=0,88). Indivíduos doentes e não-doentes de LVA
tiveram o sangue aspirado da medula e o sangue periférico processado pela PCR. O teste foi
positivo em todos os aspirados medulares dos doentes e em 58,5% dos que não tinham a
doença, ficando a especificidade em 41,5%. No sangue periférico, o teste foi positivo em
96,7% dos doentes e em 59,2% dos não doentes. Para avaliar a utilidade da PCR como
critério de cura, 30 pacientes tiveram o sangue periférico processado pela PCR, antes e ao término da medicação; somente 10% tornaram-se negativos ao fim do tratamento. Esses
pacientes foram tratados com N-metilglucamina, exceto um, que teve o antimonial substituído
por anfotericina B. O fígado e o baço foram medidos na admissão e ao término do tratamento;
ocorrendo redução com significância estatística (pfígado e pbaço = 0,000) quando submetido ao
teste T pareado. Por sua elevada sensibilidade, tanto no sangue medular como periférico,
sugere-se que a PCR poderá ser usada como teste diagnóstico auxiliar, nos casos suspeitos de
LVA, nos quais a microscopia seja negativa. Nesse estudo a PCR não se mostrou útil como
critério de cura na avaliação dos pacientes

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/7270
Date January 2005
CreatorsMaria Silva Pedrosa, Célia
ContributorsMalagueno de Santana, Elizabeth
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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