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Mulheres jovens e prática da dupla proteção em uma comunidade popular do Recife

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Previous issue date: 2011 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente estudo tem como objetivo compreender como é a abordagem das mulheres jovens
de uma comunidade popular do Recife-PE com seus parceiros sexuais do sexo masculino
sobre questões relacionadas aos métodos de prevenção e contracepção. Métodos esses que
levam as práticas de dupla proteção. Por dupla proteção entende-se a proteção contra gravidez
não planejada e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/AIDS, sendo uma forma de sexo
seguro para casais com relacionamentos heterossexuais e requer a concordância de ambos os
parceiros (BERER, 2006). Esta pesquisa localiza-se no campo da Psicologia na interface com
a saúde coletiva e a antropologia, mais especificamente no campo dos direitos sexuais e
direitos reprodutivos. Tem como referencial teórico a categoria gênero, enquanto
performatividade que constitui subjetividades entremeadas pelo poder nas relações, e, para
tanto debate a partir do lugar dos estudos feministas na interface com a Psicologia. Utiliza-se
da perspectiva qualitativa e de uma abordagem Etnográfica como metodologia. A Etnografia
privilegia o lugar da observação em processos sociais objetivando identificar e compreender
as práticas sociais. A revisão da literatura no Brasil, na última década traz para o debate que
as mulheres jovens, especialmente as pertencentes às classes populares, tem dificuldades de
praticar a prevenção e contracepção em seus relacionamentos afetivos sexuais. Dentre os
variados fatores, destacam-se as relações desiguais de gênero, falta de diálogo em casa sobre
o tema, algumas abordagens mal sucedidas pelos profissionais de saúde e falta de acesso aos
insumos, entre outros. Esses fenômenos têm proporcionado dificuldades quanto à prática de
dupla proteção para as mulheres jovens. Porém, mesmo diante das adversidades as mulheres
têm contornado a situação e agido em prol da sua saúde sexual e reprodutiva. A partir desse
panorama foram realizadas idas a campo por um período de dois meses consecutivos e
posterior escolha de seis mulheres jovens para realização de entrevistas em profundidade com
idades entre 17 e 24 anos, considerando a diversidade de seus relacionamentos afetivos
sexuais. Para a sistematização das informações construídas com as interlocutoras, foram
realizadas: transcrição na íntegra das entrevistas; leituras flutuantes e identificação das
categorias. Destacaram-se como categorias: família, sociabilidade, roteiros sexuais e dupla
proteção prevenção e contracepção. A análise das informações traz para reflexão que as
mulheres jovens estão realizando práticas de dupla proteção, mesmo que não nomeiem suas
ações com este rótulo , além de estarem ressignificando as suas relações no tocante as
questões de gênero. Percebeu-se também que há estratégias diferentes entre as jovens para a
realização da prática de dupla proteção. Não se pode pressupor que haverá um modelo ideal
para as estratégias de exercício da dupla proteção, uma vez que devem ser consideradas as
subjetividades e os contextos do cotidiano. Os discursos das interlocutoras revelam uma
convivência em suas práticas do que pode ser nomeado como tradicional quanto às relações
de gênero e algumas mudanças no posicionamento das mulheres jovens nos seus
relacionamentos afetivos sexuais quando tratam das práticas de dupla proteção

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8156
Date31 January 2011
CreatorsXAVIER, Anna Karina Gonçalves
ContributorsADRIÃO, Karla Galvão
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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