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Entre o modelo psicossocial e a prática no Centro de Atenção Psicossocial em álcool e outras drogas : considerações sobre a equipe técnica

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Previous issue date: 2009 / Este estudo elegeu como objeto de investigação o funcionamento da equipe técnica de um
Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Outras Drogas, tomando como referência o atual
contexto político da assistência em álcool e outras drogas, no Brasil e no Recife. Foram
traçados como objetivos analisar as práticas da equipe de um desses centros e a sua
conformação à proposta de atenção psicossocial expressa no projeto terapêutico definido
institucionalmente. A fundamentação teórico-metodológica foi baseada nos aspectos objetivos
e abstratos do trabalho em equipe, revelando as estruturas funcionais e inconscientes que
constituem sua base de atuação. A pesquisa utilizou a metodologia qualitativa de coleta e
tratamento de dados, com entrevistas semi-abertas realizadas com os profissionais de nível
superior e membros da equipe, observação participante das reuniões técnicas e exame de
documentos disponibilizados pela instituição. A análise do material permitiu visualizar que o
trabalho em equipe vem passando por uma fase de desorganização que parece ser
caracterizada por um descompasso entre a dinâmica de trabalho prevista e a executada em
equipe caracterizando um distanciamento das diretrizes da prática interdisciplinar e, portanto,
dos pressupostos do modelo psicossocial. Essa situação foi entendida como pertinente ao
funcionamento da equipe como grupo, o que aponta um trabalho na pré-tarefa, ou seja, na fase
inicial marcado por resistências, medos e conflitos como descrito por Pichon-Rivière. Por
outro lado, as dificuldades do trabalho em equipe parecem estar relacionadas à herança do
modelo biomédico, que ainda perpassa a prática em equipe e a conduta dos profissionais que
atuam na área de saúde mental. Com relação aos aspectos objetivos, as limitações referidas
como falta de condições de trabalho (falta de materiais, capacitação e do trabalho em rede),
apesar de reais, são entendidas como forma de escamotear as questões pertinentes ao grupo.
Os aspectos gerenciais relacionados à unidade de saúde e/ou à política de saúde mental são
inclusos nesse contexto como questões polêmicas na equipe que expressam discordâncias e
dúvidas intrinsecamente ligadas à forma de atuação da equipe. Todas essas questões, além dos
sentimentos de impotência, descrença no trabalho em grupo e baixa auto-estima refletem no
comportamento dos técnicos que vivenciam as contradições da rotina de trabalho pelo
isolamento, expresso nos sentimentos de ameaça, medo e abandono. Diante desse quadro
consideramos que a equipe técnica precisa de um trabalho de grupo para se firmar como um
espaço significativo de intervenções e práticas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8372
Date31 January 2009
CreatorsNery Dantas, Luciana
ContributorsMarcos de Medeiros Gomes de Matos, Aécio
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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