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Estudo de pacientes submetidos a profilaxia antiepiléptica após cirurgia para traumatismo craniencefálico

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Previous issue date: 2009 / Introdução: A crise epiléptica após cirurgia neurológica para trauma craniencefálico,
derivada de vasoespasmos sintomáticos ou de lesões corticais, pode aumentar a
agressão ao tecido nervoso devido a alterações metabólicas. A conduta clínica para
essas crises epilépticas ainda suscita controvérsia quanto à instituição do tratamento,
assim como a melhor droga antiepiléptica, o tempo e a dose ideal. Objetivos: O
primeiro objetivo dessa dissertação foi discutir os aspectos controversos relativos ao
uso dos fármacos antiepilépticos após intervenções neurocirúrgicas para traumatismo
craniencefálico. O segundo objetivo foi comparar as características pré-operatórias,
pós-operatórias e de seguimento por 12 a 24 meses de pacientes submetidos a
procedimentos neurocirúrgicos por traumatismo craniencefálico segundo profilaxia
antiepiléptica. Métodos: Essa dissertação esteve composta por dois artigos. No
primeiro, sob título Profilaxia anticonvulsivante em traumatismo craniencefálico grave,
empregou-se uma revisão sistemática, incluindo 28 artigos sob forma de estudos
aleatorizados, duplos cegos, revisões sistemáticas e metanálises, publicados entre
1973 e 2009, nas bases de dados Bireme, Lilacs, Scopus e Medline. No segundo
artigo, sob título Avaliação do uso profilático de anticonvulsivantes em pacientes com
traumatismo craniencefálico grave submetidos a tratamento cirúrgico, realizou-se
estudo retrospectivo, tipo série de casos, com base em dados secundários ad hoc ,
envolvendo 278 pacientes submetidos a procedimento neurocirúrgico por trauma
craniencefálico no período de Agosto a Dezembro de 2006, que não apresentavam
história prévia de epilepsia ou diagnóstico cirúrgico de malformação arteriovenosa,
abscesso cerebral ou tumores intracranianos; alterações hematológicas ou hepáticas
que contraindicassem o uso de fármacos antiepilépticos, diagnosticadas por exames
laboratoriais, e que aderiram ao acompanhamento pós-operatório por 12 a 24 meses,
comparecendo a consultas ambulatoriais. Os pacientes foram divididos em dois
grupos não aleatorizados segundo as variáveis de interesse relativas a profilaxia
farmacológica de crises epilépticas durante o internamento e lesão cortical superficial
ou profunda/transventricular, de tal forma que 77 (27,7%) integraram o grupo não
tratado profilaticamente e 201 (72,3%), o grupo tratado profilaticamente. Resultados:
No primeiro artigo, identificou-se que o questionamento reside na relação
custo/benefício do tratamento profilático das crises epilépticas no pós-operatório,
porque a prevenção expõe o paciente ao risco de efeitos colaterais e adversos dos
fármacos antiepilépticos. No segundo artigo, constatou-se que a incidência global de
crises epilépticas durante o internamento igualou-se a 20,1%, sendo 16,5% crises
precoces, 3,6% tardias, e 25,9% no acompanhamento ambulatorial. Identificou-se que,
independente das características neurocirúrgicas e da extensão da lesão cortical, os
pacientes submetidos à profilaxia de crises com fármacos antiepilépticos obtiveram
menores pontuações na escala de Karnofsky e de resultados de Glasgow, assim como
mais frequentemente não retornaram ao trabalho anterior ao neurotrauma.
Conclusão: A profilaxia com fármacos antiepilépticos deve ser empregada apenas a
casos selecionados e por período menor que o da presente pesquisa, para evitar
efeitos deletérios em longo prazo

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8426
Date31 January 2009
CreatorsLIMA JUNIOR, Ezir Araújo
ContributorsAZEVEDO FILHO, Hildo Rocha Cirne
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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