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Dinâmica e organização trófica de assembléias de peixes associadas aos prados de capim marinho (Halodule Wrightii) de Itamaracá, Pernambuco

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Previous issue date: 2004 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Pradarias de fanerógamas marinhas são amplamente distribuídas em águas costeiras de regiões
tropicais e temperadas do mundo, criando um dos ecossistemas marinhos mais produtivos do
planeta. A Ilha de Itamaracá, localizada no litoral Norte de Pernambuco, abriga um extenso e
complexo sistema estuarino, o qual envolve um mosaico de ecossistemas, incluindo os prados de
Halodule wrightii Ashers. O presente estudo teve como objetivos principais estudar a estrutura da
comunidade, organização trófica e função ecológica dos prados de capim marinho da praia de
Forno da Cal, Itamaracá, Pernambuco. Foram realizadas coletas durante três noites consecutivas,
em torno da lua nova de cada mês, em três estações nos prados de capim marinho e três
estações em planícies de areia adjacentes, no período de setembro de 2000 à dezembro de 2001,
perfazendo 16 meses de coletas. As coletas foram realizadas utilizando-se uma rede retangular
(abertura de 1 x 2 m) de arrasto composta de saco (abertura de malha de 5 mm) e sobre-saco
(abertura de malha de 2 mm). Foram efetuados 240 arrastos, sendo 180 noturnos mensais
regulares nos prados, alem de 36 arrastos adicionais diurnos nos prados e 24 arrastos nas
planícies de areia adjacentes aos prados. Foram coletados, identificados, medidos e pesados
128.699 organismos da macro- e mega-epifauna. Crustáceos (sobretudo camarões carídeos,
camarões peneídeos e siris) e peixes foram os dois grupos mais freqüentes nas amostras. Foram
coletados, pesados, medidos e identificados 3.530 indivíduos de peixes, sendo 3.149 indivíduos
de peixes identificados até o menor nível taxonômico possível. Foram registradas 121 espécies,
73 gêneros e 48 famílias de peixes. Em relação à morfologia e à aparência externa geral dos
peixes, observou-se para a comunidade coletada pela malha de 5mm, uma predominância de
formas juvenis. Na malha de 2 mm, foram coletadas sobretudo pós-assentantes. Pela malha de 5
mm, as espécies Eucinostomus lefroyi e Achirus lineatus foram as mais freqüentes, enquanto que
pela malha de 2 mm, as espécies Symphurus plagusia e Eucinostomus lefroyi. A abundância nos
prados de capim marinho variou em média, pela malha de 5 mm, entre 0,01 e 3,970 x 10-³
indivíduos/m². Apenas E. lefroyi e Lile piquitinga apresentaram valores de abundância superiores
a 0,025 indivíduo/m². Com relação aos taxa coletados pela malha de 2 mm, a abundância média
variou entre 0,01 e 2,21 x 10-³ indivíduos/m². A maioria dos taxa da comunidade de peixes
apresentou alguma fase de seu ciclo de vida associado aos estuários, sendo estes mais
abundantes na estação chuvosa do período de estudo. Os taxa com frequência de ocorrência
superior a 10% nos prados de capim marinho mostraram os maiores valores de abundância na
estação chuvosa. Os prados apresentaram maior diversidade e abundância em relação às
planícies de areia adjacentes. A variação mensal dos índices de diversidade (número de
espécies, riqueza e diversidade) mostrou os maiores valores associados à estação chuvosa do
período de estudo. Em contraste, nesta estação foram observados os maiores valores de
equitabilidade na comunidade de peixes. Análises de correlação entre índices de diversidade e
variáveis hidrológicas e climatológicas corroboraram estes resultados. O aumento do volume de
algas de arribada por área varrida apresentou efeito negativo sobre a diversidade de peixes, com
exceção da espécies Symphurus plagusia e E. lefroyi. A maioria dos taxa apresentaram dieta
constituída por organismos da meiofauna bêntica. Os resultados das análises de conteúdo
estomacal, bem como, de agrupamento e ordenamento de taxa em função da similaridade de
suas dietas permitiu a identificação de seis guildas tróficas na comunidade de peixes dos prados
de capim marinho: 1) predadores de organismos da meiofauna bêntica ou epífita (com ênfase em
Copepoda ou em Amphipoda), 2) predadores de macrocrustáceos, 3) predadores de macrofauna
bêntica e vágil, 4) consumidores de vegetais, 5) predadores de Polychaeta e 6) predadores de
Mollusca. Os resultados mostraram que estes prados de capim marinho representaram áreas de
alimentação para a maioria dos peixes na fase juvenil e de alimentação e abrigo para a maioria
dos peixes na fase pós-assentante. Trata-se de ambientes fortemente relacionados ao Complexo
Estuarino do Canal de Santa Cruz (CECSC), sendo a forte conexão entre estes habitats
estabelecida pelas condições locais hidrológicas e climatológicas, bem como pela fauna
caracteristicamente associada a estes ambientes

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8784
Date January 2004
CreatorsHelena Lima Schwamborn, Silvia
ContributorsPadovani Ferreira, Beatrice
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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