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Acessibilidade organizacional de crianças com paralisia cerebral à reabilitação motora no Sistema Único de Saúde do Recife

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Previous issue date: 2010 / Universidade Salgado de Oliveira / Introdução: A paralisia cerebral (PC) é uma condição crônica na qual a fisioterapia motora
precisa ser efetuada de forma precoce e contínua, requerendo acesso à atenção qualificada.
Objetivo: Conhecer acessibilidade organizacional à reabilitação motora de crianças com PC,
mediante reconstrução da trajetória em serviços especializados do Sistema Único de Saúde
(SUS) do Recife. Métodos: Estudo descritivo retrospectivo, censitário, efetuado de janeiro a
junho de 2009, em três serviços da rede complementar credenciados, pela Secretaria
Municipal de Saúde, como referência pediátrica para assistência fisioterápica. Após analisar
prontuários, identificaram-se total de 44 crianças que atenderam critérios de inclusão:
menores de cinco anos, com PC, residentes no Recife, que realizavam reabilitação motora
durante coleta de dados; 38 participaram do estudo. Houve seis perdas por desligamento dos
serviços (faltas freqüentes e solicitação materna). O estudo teve duas fontes de informação:
acompanhantes e prontuários das crianças. Cumpriram-se princípios éticos da pesquisa.
Utilizou-se Epi-Info 6.04. Na análise foram descritas características infantis (sóciodemográficas
e clínicas) e acesso/utilização de serviços. Avaliou-se influência da escolaridade
materna no tempo para iniciar fisioterapia motora e tipo de demanda. Na comparação das
crianças, por número de serviços utilizados, usou-se qui-quadrado e teste exato de Fisher, com
nível de confiança de 95%. Resultados: Dos acompanhantes 94,7% era responsável pela
criança, sendo 76,3% a mãe; com mediana de idade de 31 anos e de escolaridade de sete anos.
Das crianças, 68,4% tinham entre 25 e 59 meses de idade, sendo 5,3% menores de um ano.
Em algum momento da busca por reabilitação, 36,8% não tiveram acesso a serviços. Metade
utilizou mais de um serviço, 21%, pelo menos três. Para 26,3% houve utilização simultânea
de serviços; 28,2% iniciaram reabilitação mais de seis meses após diagnóstico de PC; 79,0%
chegaram encaminhadas (83,3% documentado): 75,8% por pediatras/neurologistas. Em torno
de 81,6% agendou primeiro atendimento fisioterápico; 86,4% tiveram acesso em até 30 dias
Aquelas que utilizaram de dois a quatro serviços encontraram dificuldade significativamente
maior para continuar tratamento (78,9%), comparadas ao outro grupo (10,5%), mencionando,
com exclusividade, dificuldades decorrentes da organização dos serviços e qualidade da
atenção. Quanto ao acesso à reabilitação: 68,4% tiveram dificuldade, sendo falta de vagas e
excesso de demanda os maiores obstáculos para crianças que utilizaram um serviço; 92,1%
identificaram aspectos positivos: a melhora clínica foi aspecto mais valorizado quando
utilizaram um serviço e facilidade de acesso à fisioterapia nos que utilizaram de dois a quatro
serviços. Deram sugestões para melhorar acesso (73,7%), sendo aumentar número de
fisioterapeutas a mais freqüente (39,3%). Conclusões: Observa-se a ocorrência de demanda
reprimida. A utilização de mais de um serviço e superposição da utilização de serviços indica
insatisfação com atenção, confirmada pela apreciação dos acompanhantes em relação à
entrada e continuidade do tratamento. Para assegurar acessibilidade à reabilitação motora
torna-se imprescindível maior valorização dos processos políticos e organizacionais voltados
para estruturação do sistema de referência e contrarreferência

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/9176
Date31 January 2010
CreatorsKarine Vieira Tôrres, Aleide
ContributorsWanick Sarinho, Silvia
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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