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Biologia reprodutiva e alimentar de Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) (Ciconiiforme, Ardeidae) e sua ocorrëncia em Pernambuco, Brasil

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Previous issue date: 2003 / A garça-vaqueira, Bubulcus ibis, originária da Europa Mediterrânea e da África,
desde o século XX vem expandindo sua área de ocorrência e reprodução. No Brasil, o
primeiro registro da espécie foi em 1964 e atualmente é encontrada em todo o território
nacional. Objetivou-se no presente estudo, prover informações acerca da biologia e
ocorrência de Bubulcus ibis no Estado de Pernambuco, sobretudo na região Agreste e no
Arquipélago de Fernando de Noronha, a partir de dados coletados em visitas a estas
localidades entre 2000 e 2003. No Agreste foram registrados três ninhais típicos de B.
ibis, construídos nas margens de açudes, em oposição aos dois sítios reprodutivos
observados no Arquipélago de Fernando de Noronha, em ilhas desprovidas de água doce.
Foi observada uma grande variação do número de indivíduos durante excursões pelas estradas
do Agreste, talvez conseqüência de flutuações populacionais em razão de deslocamentos
característicos da espécie, desconhecidos no Brasil. Durante o monitoramento de uma
colônia no Agreste, B.ibis apresentou gerações a cada dois meses. Garças-vaqueiras
com plumagem reprodutiva foram avistadas em todos os meses, indicando que esta
espécie teria potencial biológico para reproduzir durante todo o ano, dependendo apenas
das condições ambientais e das interferências antrópicas. Dados sobre o tamanho da
postura e estrutura do ninho foram obtidos concordando com o já descrito na literatura e
sugerindo baixa freqüência de competição intraespecífica para essas garças. A análise
da composição da dieta de B. ibis mostrou a preferência por gafanhotos (Orthoptera) na
alimentação no Agreste pernambucano. Outros grupos representativos foram carrapatos
(Acarina, Ixodidae), aranhas (Aranea) e anfíbios. A sugerida especialidade alimentar de
B.ibis encontrada no ambiente pecuário do Agreste é confrontada com o oportunismo
alimentar que se manifesta sob condições ambientais extremas, como no Arquipélago.
A sua presença no Agreste parece trazer benefícios para a atividade pecuária, podendo
controlar a população de pragas e parasitas. Entretanto, um efeito contrário estaria
acontecendo em um ambiente como o Parque Nacional Marinho de Fernando de
Noronha, devido à competição por sítios reprodutivos com aves costeiras e pela
predação de fauna nativa. Com isso fica evidenciada a plasticidade da biologia
reprodutiva e alimentar desta garça, que se manifesta de acordo com as exigências
ambientais, resultando no sucesso da expansão e do estabelecimento desse ardeídeo
durante o último século em diferentes partes do mundo

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/926
Date January 2003
CreatorsDella Bella, Samanta
ContributorsMendes de Azevedo Junior, Severino
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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