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Sociologia, Modernidade e questão social

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Previous issue date: 2008 / A tese objetiva analisar a constituição da questão social como uma grande invenção
social da modernidade, na qual as forças sociais e políticas, o projeto sociológico
e a formação dos Estados nacionais estavam diretamente imbricados. Ela busca
responder a duas grandes questões: Como a questão social emerge no contexto da modernidade,
em torno da organização do trabalho, nas sociedades urbano-industriais,
mas também como problema sociológico? Como as novas mudanças institucionais e
no mundo do trabalho, no período de 1980 a 2000, condicionam o encaminhamento da
questão social no Brasil contemporâneo? A tese se estrutura em duas grandes partes,
constituídas, cada uma, de quatro capítulos. A primeira parte trata da grande inovação
social do Estado social, analisando as forças sociais em embate (liberalismo e socialismo).
Desdobra a contribuição de autores clássicos (Tocqueville, Marx, Engels e
Simmel) sobre o fenômeno da pauperização e as implicações da sociologia para a
construção de categorias da ação prática que permitam intervir sobre a sociedade. Conclui
resgatando a formação histórica do fenômeno da desocupação no Brasil e as teses
críticas da modernização periférica, como elementos centrais para a compreensão das
transformações contemporâneas. A segunda parte A reconversão da questão social
no Brasil entrecruza tempo e lugar. Analisa os dilemas da questão social brasileira,
no período entre 1980 e 2000, como um problema público, situado na história particular
desse país e numa conjuntura determinada. Prioriza a análise das políticas de assistência
por transferência de renda, observando seus efeitos sobre a segmentação social e
sobre novas zonas de exclusão social. Através de processos de construção e desconstrução
das políticas sociais, busca-se apreender a questão social em construção. As
políticas sociais são compreendidas, então, como objetos dinâmicos e campos de controvérsias.
Elas envolvem embates e deslocamentos de atores sociais no campo da ação
prática e da política, e são submetidas a categorias cognitivas, na formulação dos problemas
do desemprego, da pobreza e da exclusão social. Essas categorias retornam sobre
a realidade social, reconfigurando-a, num movimento de mútua determinação entre
a sociologia e a sociedade. As operações circulares, inerentes à focalização das políticas
o que inclui uns e exclui outros , acabam restringindo o conflito redistributivo
na base, entre pobres e quase pobres, criando uma circularidade do social, um fechamento
do social sobre si mesmo, incapaz de forjar vínculos civilizatórios que gerem
cumplicidades mais amplas, voltadas para ressocializar a economia e a política. Esse é
o grande desafio da imaginação sociológica hoje

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/9306
Date31 January 2008
CreatorsIVO, Anete Brito Leal
ContributorsALBUQUERQUE, Paulo Henrique Novaes Martins de
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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