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Pós-modernidade: mistificação e ruptura da dimensão de totalidade da vida social no capitalismo contemporâneo

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Previous issue date: 2004 / O objeto desta pesquisa é a constituição, na atualidade, de uma suposta sociedade pósmoderna
edificada a partir do que seria a crise da modernidade . Uma parte considerável
dos intelectuais - num grande e diversificado esforço de caracterizar as implicações do
movimento histórico contemporâneo no âmbito da sociedade capitalista em reestruturação
nas últimas quatro décadas - tem tornado lugar comum a indicação de uma situação
histórica sem precedentes que configuraria não apenas uma modernidade démodé, mas para
além disso, estão proclamando o fim da modernidade e de suas articulações fundamentais.
Esta discussão insurge na conjuntura precisa das transformações econômicas e políticas dos
anos 60, e abre um leque de questionamentos que apontam, pois, para a instauração de uma
sociedade pós- moderna, marcada por uma modalidade de cultura e de racionalidade
totalmente nova. Neste ínterim, o pensamento pós- moderno significaria, simultaneamente,
uma crítica e uma ruptura com a modernidade, com implicações que atingiriam desde a
vida cotidiana até a produção do conhecimento social. Para apreendermos criticamente este
momento sócio-histórico ancoramos nossas análises nas categorias fundamentais do
pensamento marxiano - por entendermos que este configura uma superação dialética, das
formas unilateralizadas de pensamento próprias do desenvolvimento da sociedade
capitalista em sua fase de decadência ideológica - e nas contribuições do escritor húngaro
Georg Lukács. Nestes termos, realizamos um estudo bibliográfico a partir da obra de três
autores pós- modernos de grande trânsito e representatividade no debate acadêmico
contemporâneo, quais sejam: Jean-François Lyotard, Michel Maffesoli e Boaventura de
Sousa Santos. Focalizamos nossos esforços nas linhas centrais do pensamento de cada um
destes autores de modo a analisar as argumentações por eles constituídas como forma de
lançar luzes sobre a nossa hipótese central, qual seja: não existe uma sociedade pósmoderna.
Logo, se comprovado este entendimento, a idéia de uma sociedade pós-moderna
seria na verdade um mito próprio e funcional às relações reificadas do sistema capitalista
em sua fase tardia, que no plano do pensamento, constituiria um falseamento da realidade
social justamente por romper com a dimensão de totalidade que é intrínseca a mesma

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/9932
Date January 2004
CreatorsSousa, Adrianyce Angélica Silva de
ContributorsMustafá, Maria Alexandra da Silva Monteiro
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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