Return to search

Resiliência de pessoas com pessoas crônicas

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2014-08-06T17:10:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1
325451.pdf: 1397461 bytes, checksum: 78f8ca758a7faed2522c9e0160ad0e49 (MD5)
Previous issue date: 2013 / Introdução: O convívio com doenças crônicas implica em adaptações na vida de quem experiencia essas situações. Ao focalizarmos diferentes doenças crônicas nos questionamos sobre a possibilidade de existirem diferenças na maneira como as mesmas se expressam e na maneira como as pessoas as enfrentam. Quando buscamos pesquisas sobre essa temática percebemos quão escassas são os estudos comparativos entre doenças crônicas. Assim, realizamos estudo para explorar com maior profundidade as diferenças e aproximações existentes em populações com distintas doenças crônicas, como a diabetes mellitus tipo 2 e insuficiência renal crônica terminal em relação à resiliência. Questionamos-nos como a resiliência se expressa em pessoas com estas doenças que têm em comum a cronicidade, mas que se manifestam de formas diferentes com alterações físicas e principalmente emocionais e sociais. Objetivo Geral: Conhecer como a resiliência se expressa em pessoas com diabetes mellitus tipo 2 e insuficiência renal crônica terminal, residentes na Grande Florianópolis/SC. Objetivos Específicos: Comparar os fatores sociodemográficos, de saúde e a resiliência entre pessoas com diabetes mellitus tipo 2 e insuficiência renal crônica terminal, residentes da Grande Florianópolis/SC; e Verificar a associação entre resiliência e variáveis sociodemográficas e de saúde de pessoas com doença crônica, residentes na Grande Florianópolis/SC. Método: Estudo observacional transversal utilizando dados de duas pesquisas realizadas pelo Núcleo de Estudos e Assistência em Enfermagem e Saúde a Pessoa em Condição Crônica, desenvolvidas na cidade de Florianópolis/SC com 603 pessoas com diagnóstico médico de diabetes mellitus tipo 2 e insuficiência renal crônica terminal. Os dados reuniram as variáveis constantes em ambos os estudos, envolvendo dados sociodemográficos e de condições de saúde, além de escores de resiliência obtidos por meio da escala de resiliência desenvolvida por Connor e Davidson. A análise descritiva dos dados foi realizada pelo sistema computacional on-line SEstatNet® e a análise multivariada pelo programa STATA SE 9.0. Resultados: Os participantes do estudo possuíam em média 61 anos de idade; a maioria era da cor branca (79,3%); católicos (71,81); vivendo em união estável (52,24); aposentados (49,09); com ensino fundamental (65%) e renda de até três salários mínimos. Apresentaram média de tempo de doença de 9,97 anos, 40,6% dos participantes relataram complicações da doença, e 79,27% apresentaram outras doenças sendo que a hipertensão arterial12sistêmica atingiu 77,04% dos participantes; 30,2% estavam acima do peso. A resiliência de pessoas com doenças crônicas teve escore médio de 76,27, ocorrendo variação expressiva nos escores, com mínimo de 25 e máximo de 100. As pessoas com diabetes mellitus tipo 2 apresentaram escore médio de resiliência igual a 79,85 e as pessoas com insuficiência renal crônica terminal apresentaram o escore médio de 67,50, considerada estatisticamente significativa a diferença entre as duas amostras (p<0,05). Através dos resultados da análise multivariada ficou evidente que as variáveis que influenciaram a resiliência dos participantes nesse estudo foram: o tempo de doença, tipo de doença crônica, a crença religiosa e o índice de massa corporal. Esses resultados estão apresentados nas formas de dois artigos Conclusões: As pessoas com diabetes mellitus tipo 2 mostraram ser mais resilientes do que as pessoas com insuficiência renal crônica terminal, provavelmente como decorrência das repercussões da insuficiência renal crônica que são mais impactantes, tornando a superação dessa situação mais difícil para a pessoa. O presente estudo contribui para oferecer informações que poderão ser utilizadas para a melhoria da assistência à essas pessoas. Dessa maneira, a enfermagem poderá atuar no desenvolvimento de habilidades que tragam um sentido positivo à vida da pessoa, contribuindo para o aumento da autoestima e da autonomia e promovendo a resiliência de pessoas com doenças crônicas. A limitação desse estudo foi o uso de dados secundários. Ressaltamos a necessidade da realização de estudos que envolvam a cronicidade e a resiliência, ampliando o campo da pesquisa nessa área do conhecimento.<br> / Abstract : Introduction: Living with a chronic disease involves adaptations in the lives of those who experience this situation. By focusing different chronic diseases we wondered about whether there are differences in the way how it express and in the way how people face it. When we seek research on this topic noticed how scarce are studies comparing chronic diseases. Thus, we conducted studies to explore more deeply the differences and approaches existing in populations with distinct chronic diseases, such as type 2 diabetes mellitus and end stage renal disease in relation to resilience. We question ourselves as resilience is expressed in people with these diseases that have in common the chronicity, but manifested in different ways with physical changes and especially emotional and social changes. General Objective: To know how resilience is expressed in people with type 2 diabetes mellitus and end stage renal disease residing in Florianópolis/SC. Specific Objective: Compare the sociodemographic, health and resilience among people with type 2 diabetes mellitus and end stage renal disease, residents of Florianópolis/SC, and verify the association between resilience, sociodemographic variables and health of people with chronic disease living in Florianópolis/SC. Method: Cross-sectional study with data from two surveys conducted by the Center for Research and Service in Nursing and Health with people in Chronic Condition, developed in the city of Florianópolis/SC with 603 people that had a medical diagnosis of type 2 diabetes mellitus and end stage renal disease. Data gathered information variables constant in both studies, involving demographics and health conditions, as well as scores of resilience acquired by applying the resilience scale developed by Connor and Davidson. A descriptive analysis was performed by computer system online SEstatNet ® and multivariate analysis using STATA SE 9.0. Results: The study participants had an average age of 61 years (SD = 13.2), the majority were white (79.3%), catholics (71.81), with stable union (52.24), retirees (49.09), with primary education (65%) and income of up to three minimum salaries. Had a mean disease duration of 9.97 years (SD = 8.03), reported complications of the disease 40.6% of participants, 79.27% had other diseases, and hypertension achieved 77.04% of participants, 30.2% were overweight. The resilience of people with chronic diseases had a mean score of 76.27 (SD = 14.75), occurring significant variation in scores, with a minimum of 25 and maximum of 100. People with type 2 diabetes presented a mean score of14resilience equal to 79.85 (SD = 12.98), for people with end stage renal disease the average score was 67.50 (SD = 15.41), regarded as statistically significant difference between the two samples (p-value <.05). Through multivariate analysis, it was evident that the variables that influence the resilience of the participants in this study were: disease duration, type of chronic disease, religious belief and body mass index. Conclusions: People with type 2 diabetes mellitus showed to be more resilient than people with end stage renal disease, probably as a result of the impact of end stage renal disease that are more impactful, making overcoming this situation more difficult for the person. Already type 2 diabetes mellitus has implications milder in daily life facilitating the adjustment process towards chronicity. This study helped to provide additional information about the topic that can be used to improve the assistance to these people. Thus, nurse may act on development skillsthat bring a positive effect on one's life, contributing to increased self-esteem and autonomy, and promoting the resilience of people with chronic diseasesLimitations of this study were due to the use of secondary data, resulting in obtaining further information about the participants. We emphasize the need for studies involving chronicity and resilience, expanding the field of research in this area of knowledge.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/122628
Date January 2013
CreatorsBoell, Julia Estela Willrich
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Silva, Denise Maria Guerreiro Vieira da, Hegadoren, Kathleen
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format137 p.| il., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0071 seconds