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Situação epidemiológica da tuberculose na população indígena do Rio Grande do Sul

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2014 / Made available in DSpace on 2015-02-05T21:09:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / A tuberculose constitui um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, e é frequentemente mais grave no segmento indígena do país. O objetivo deste trabalho é de descrever a situação epidemiológica do agravo no Estado do Rio Grande do Sul segundo grupos de raça/cor a partir dos dados do SINAN, no período de 2003 a 2012; com ênfase na situação do segmento indígena. É um estudo analítico, descritivo e retrospectivo. As notificações foram analisadas segundo faixa etária, sexo, zona de residência, tipo de entrada, meios de diagnóstico, forma clínica, coinfecção por HIV, acompanhamento, tratamento supervisionado e situação de encerramento e grupos de raça/cor. Os dados de acompanhamento foram analisados em períodos (2003 a 2005, 2006 a 2008 e 2009 a 2012). Ao longo da década o número de casos novos foi de 47.644. De 2009 a 2012 as taxas médias de incidência apresentam menores oscilações, e foram de 39,8/100.000 para brancos, 61,7/100.000 em indígenas, 32,5/100.000 entre pardos, 128,9/100.000 para pretos e 38,4/100.000 hab. entre amarelos. Os casos acometem principalmente indivíduos adultos (20 a 39 anos), do sexo masculino, nas zonas urbanas. Indígenas apresentam maior percentual de notificações em menores de 10 anos (12%). A forma clínica pulmonar soma mais de 75% dos casos em todos os segmentos. A primeira baciloscopia de escarro não foi realizada em 27% dos casos entre indígenas. Na segunda baciloscopia o percentual de exames não realizados aumenta em todos os grupos de raça/cor e entre indígenas permanecem os maiores percentuais (31,3%). As maiores taxas de coinfecção por HIV foram encontradas entre pardos e pretos, 22% e 24,3%. Quanto às baciloscopias de controle, informações ignoradas ou em branco somadas aos exames não realizados somam mais de 50% em todos os períodos e grupos de raça/cor. A proporção de tratamentos diretamente observados aumentou ao longo da década, em todos os grupos. O encerramento dos casos por cura foi mais prevalente entre brancos, 66,2%. Indivíduos indígenas, pardos e pretos apresentam menores índices de cura. Pardos e pretos e apresentam maior suscetibilidade ao abandono do tratamento em relação aos brancos. O percentual de óbitos é maior entre indivíduos pardos. Há marcantes desigualdades entre os grupos de raça/cor; a situação indígena guarda semelhanças e diferenças frente a estudos realizados em outras regiões do país, mas é francamente desfavorável. Os resultados confirmam que a tuberculose é um real problema no Estado do Rio Grande do Sul e que as ações de diagnóstico, acompanhamento e tratamento dos casos não vêm acontecendo como previstas.<br> / Abstract: The Tuberculosis is a severe health problem in Brazil and worldwide. It constitutes the most proeminent disease between the Brazilian indians. Therefore, the purpose of this work is describe the epidemiological situation in Rio Grande do Sul according to race/color from SINAN data (2003-2012), focusing on the indigenous peoples. In short, it is an analytical, descriptive and retrospective study. The notifications were analized according to age, sex, residence's zone, type of input, diagnosis, clinical form, HIV's coinfection, monitoring, supervised treatment, final status and race/color. The monitoring data was analyzed in periods (2003-2005, 2006-2008 and 2009-2012). Throughout the last decade the number of cases was 47,644. From 2009 to 2012, the average of incidence had smaller fluctuations: 39,8/100.000 for those with white skin, and 61,7 for indigenous, and 32,5, 128,9, 38,4, for those with brown skin, black, and yellow skin, respectively. The cases in question affected mainly adult males (20 to 39 years) in urban areas. Indigenous have a higher percentage of notifications under 10 years (12%). Pulmonary TB accounts over 75% (or more) of cases in all race/color groups. A first sputum smear microscopy was not performed in 27% of cases between indigenous peoples. In the second try of sputum smear microscopy, the percentage of smear examinations unrealized increases in all groups of race/ color and among indigenous remain the highest percentage (31.3 %). Higher rates of coinfection with HIV were found between those with black and brown skin, 22 % and 24.3% respectively. On bacilloscopies control, the informations ignored or without data obtained high rates: more than 50 % in all periods and groups of race/color. The proportion of directly observed treatment increased over the decade in all groups. Cure rates were higher among whites (66.2 %). Indigenous and those with brown and black skin have lower cure rates. Those with brown and black skin are more susceptible to abandoning the treatment in relation to white ones. The percentage of deaths is higher among those with brown skin. There are major inequalities between groups of race/ color; the indigenous situation bears similarities and differences compared to studies in other regions of the country, butit is clearly unfavorable. The results confirm that TB is a real problem in the state of Rio Grande do Sul state and that the Brazilian Tuberculosis Control Program has locally a poor performance.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/129496
Date January 2014
CreatorsMendes, Anapaula Martins
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Leite, Maurício Soares
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format95 p. | ils., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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