Return to search

Modelagem de distribuição de espécies bênticas marinhas na costa do Brasil

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-04-19T04:05:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
337977.pdf: 17839443 bytes, checksum: 2a9fc1811d6b685d18883291780be92f (MD5)
Previous issue date: 2015 / A distribuição geográfica de muitas espécies é ainda insuficientemente conhecida (?The Wallacean shortfall?) o que pode limitar até mesmo os estudos mais básicos de Ecologia e Conservação e o manejo da biodiversidade. Esse problema é particularmente crítico para organismos bênticos, como os abordados nesse estudo, e para regiões megadiversas como o Brasil. Nesse contexto, a modelagem de distribuição de espécies é uma ferramenta versátil que permite responder diversas questões ecológicas. Os modelos de distribuição de espécies utilizam a relação entre dados de ocorrência das espécies e variáveis ambientais georreferenciados para estimar a área geográfica na qual uma espécie pode ocorrer. Neste trabalho foram utilizadas diferentes técnicas de modelagem de distribuição de espécies para responder questões de bioinvasão, Ecologia da Conservação e efeito das mudanças climáticas em bentos da costa do Brasil. No capítulo 1, foram modeladas as distribuições das espécies de coral Tubastraea coccinea (invasora) e Mussismilia hispida (endêmica) para identificar a área de potencial sobreposição entre as distribuições da espécie invasora e da espécie endêmica. Foi demonstrado que a espécie invasora pode vir a ocorrer em grande parte da costa do Brasil, incluindo a maioria das áreas marinhas protegidas. No capítulo 2, foi testada a hipótese de que o viés geográfico amostral (esforço amostral diferente ao longo da área de estudo) nos dados de ocorrência empregados em modelos de distribuição de espécies modifica o resultado da análise de priorização espacial para a conservação. Quando o viés geográfico não é corrigido, o portfólio de conservação gerado aponta áreas com maior esforço amostral como as mais importantes e áreas pouco amostradas como menos importantes para a conservação. No capítulo 3, foi testada a hipótese de que as mudanças climáticas podem promover mudanças nas distribuições de seis espécies de macroalgas na costa do Brasil com diferentes padrões biogeográficos: cosmopolitas (Ceramium brasiliense e Cryptonemia delicatula), tropicais (Dictyopteris jolyana e Gelidium coarctatum) e subtropicais (Levringea brasiliensis e Plocamium brasiliense). Os resultados indicam uma forte tendência de deslocamento nas distribuições das espécies em direção aos polos, independentemente da afinidade biogeográfica.<br> / Abstract : The geographical distribution of many species is still poorly known (The Wallacean shortfall) limiting even the most basic studies in Ecology and Conservation and the management of biodiversity. This issue is particularly critic for benthic organisms, such as the object of this study and megadiverse regions, such as Brazil, and. In this contexto, species distribution modeling is a useful tool allowing to answer several ecological questions. Species Distribution Models (SDMs) uses geo- referenced species occurrences linked with abiotic and/or biotic information from these localities to estimate the habitat suitability (i.e. areas of suitable conditions in which the species is likely to occur) in a geographical space. In this study we used distinct modeling techniques to answer questions of bioinvasion, Conservation Ecology and the effects of climate change in benthic species of the Brazillian coast. In chapter 1 we modeled the distribution of the coral species Tubastraea coccinea (invasive) and Mussismilia hispida (endemic) to identify potential overlap areas in the distribution of both species. We show the invasive species to have the potential to occurr in most of Brazillian coast, including most of Marine Protected areas, threatening the endemic reef builder species. In chapter 2 we tested the hypothesis of geographical sampling bias (sampling effort unevenly distributed in space) in occurrence data used in SDMs changes the results of spatial conservation prioritization analysis. When sampling bias is not accounted for, the generated conservation portfolios selects areas with higher sampling effort as the most important whereas the less sampled areas are pointed as less importante for conservation. In chapter 3, we tested the hypothesis that climate change can promote changes in geographical distribution of six marine macroalgae species in Brazillian coast with distinct biogeographical affinities: cosmopolitans (Ceramium brasiliense and Cryptonemia delicatula), tropical (Dictyopteris jolyana and Gelidium coarctatum) and subtropical (Levringea brasiliensis and Plocamium brasiliense). The results show a strong trend of poleward range shift in the species distributions regardless of their biogeographical affinity.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/160648
Date January 2015
CreatorsRiul, Pablo
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Horta, Paulo Antunes
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format132 p.| il., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0026 seconds