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O desenvolvimento da telefonia em Santa Catarina :: das linhas às redes /

Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. / Made available in DSpace on 2012-10-18T18:07:46Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2016-01-09T04:39:33Z : No. of bitstreams: 1
152135.pdf: 14530895 bytes, checksum: 96cc660f79836d6b4eda71f77085c673 (MD5) / O desenvolvimento das redes telefônicas em Santa Catarina decorreu de complexo quadro, caracterizado por conflitos e participações de grupos sociais específicos. O primeiro período de instalação das redes telefônicas foi caracterizado por um conjunto de planos e promessas que não foram realizadas. A partir da superação das dificuldades iniciais, os serviços se mostravam precários, pouco difundidos e com problemas de comutação. Havia dificuldades de importação de equipamentos em virtude das taxas de importação e da primeira guerra mundial. A partir da década de 1920 a expansão da telefonia a cargo da Companhia Telefônica Catarinense (CTC) refletiu um processo seletivo comandado por um diversificado desenvolvimento econômico das regiões catarinenses, com destaque também para o comércio, e exigiu grande quantidade de capital para formação da rede telefônica intermunicipal e expansão e instalação de redes locais. Tal processo foi marcado por uma série de problemas, como a dificuldade de importação de equipamentos, roubo de fios das redes, preço de tarifas e controle disperso do sistema por parte do Estado. A instalação da rede telefônica intermunicipal foi importante fator de transformação espacial por ter sido a estrutura de comunicação inicial à organização e fomento da rede urbana catarinense utilizada como instrumento no processo de reorganização econômica introduzido pelo estado através de atores capitalistas. Os principais agentes envolvidos nessa fase foram os poderes públicos estaduais e municipais, Ganzo Fernandes e sua família, pioneiro no processo de instalação, operação técnica e investimento nas redes telefônicas estaduais, que serviu basicamente aos grupos ligados ao comércio, ao setor de serviços e ao poder público. Na década de 1960, a estratégia de desenvolvimento das redes culminou em configuração centralizadora e excludente. O crescimento das cidades catarinenses refletia o desenvolvimento de diversas atividades produtivas em várias regiões do estado, fomentando o crescimento das redes telefônicas locais. Os problemas enfrentados pela CTC e sua estratégia de expansão, baseada na rentabilidade dos serviços, engendrou uma configuração seletiva das redes sobre o território. O aperfeiçoamento técnico e a difusão da telefonia em Santa Catarina e posterior integração ao sistema interestadual manteve estreita relação com o processo de formação da rede urbana catarinense e com a formação do mercado nacional. As dificuldades enfrentadas até a década de 1960 impediram a formação do sistema integrado de telecomunicações. No contexto nacional, a solução à estes problemas foi a formação do sistema nacional integrado de telecomunicações realizada através do monopólio da União sobre o setor, da estatização das redes e dos serviços, e da elaboração de um plano nacional de telecomunicações. O agente principal desse processo foi o Estado, para o que concorreu o golpe militar de 1964. Os militares apoiavam o desenvolvimento econômico capitalista e a política de formação de um sistema a serviço da "segurança nacional."

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/80704
Date January 1999
CreatorsSantos, André Luiz
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Dias, Leila Christina Duarte
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatxii, 196f.| il., mapas, tabs. +
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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