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Caminhos da cultura indígena

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em Antropologia Social / Made available in DSpace on 2012-10-22T08:23:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
230689.pdf: 1270589 bytes, checksum: 20da9c8d3cf70e4e6822cb8d8a6a7aac (MD5) / Englobando os atuais estados do sul do Brasil existem, ainda hoje, trechos preservados de um caminho muito peculiar que vem sendo interpretados como ramais do caminho do Peabiru. Segundo alguns cronistas, que passaram por ele durante o século XVI, o caminho formava um leito coberto por gramíneas e fazia a ligação entre o Oceano Atlântico e o Pacífico. Atualmente, autores acadêmicos falam dele como pertencente aos grupos Ge, outros argumentam ser de origem guarani. Fora do circuito acadêmico, o Peabiru aparece ora vinculado ao império incaico, ora vinculado a São Tomé ou Pai Zumé. Além destes, ainda outros grupos conectam discursos new age sobre exploração ecoturística e sustentabilidade ao mesmo caminho. Percebe-se que as interpretações sobre esta trilha são diversas e, a partir do contraste entre os discursos da oralidade popular e memória, história e escrita erudita faremos uma arqueologia do caminho, dos seus usos e significados em vários contextos, localizando durante o processo o local que ocupa o elemento indígena, a memória pessoal e a história de cada cidade e região. Portanto, não haveria nem respostas fechadas, nem uma busca pela verdade, mas pelas interpretações da realidade ou construções contextualizadas e como estas se compõem e se relacionam. As informações foram obtidas em quatro municípios que, em tese, estariam na trajetória do caminho. Inicialmente a cidade de Barra Velha (SC), depois os municípios de Pitanga e Campina da Lagoa, no centro do Estado do Paraná, e por fim, o município de Kuruguaty, no Paraguai.

The vestiges of a peculiar trail, called the Peabiru Way, are often interpreted as reminiscences of an ancient road that extends between Peru and South Brazil. Historical writings of the sixteenth century describe the way as a grass covered trail linking the Atlantic to the Pacific. Informal conversations were held with inhabitants of four cities, between March and June of 2005, supposedly lying along the Peabiru Way. Starting in Barra Velha (SC), through Pitanga and Campina da Lagoa (PR), ending in Kuruguaty, Paraguay. Academics currently disagree about the origin of the Peabiru Way. Some attribute it to the linguistic group Gê, others to the Guarani. Passed the University walls, the Peabiru is sometimes mentioned in association with the Incaic Empire, and other times even to São Tomé or Pai Zumé (Saint Thomas). Others still explore it as, for example, eco-tourism, sustainable development or new age superstition. Clearly, interpretations are diverse. From the contrast between popular orality/memory, history/erudite writing, I have traced an archaeology of the Peabiru Way, its uses and meanings. The role of the indigenous elements, their personal memory and the history of each city and region, were recognized during the process. We stress that such a work provides neither closed answers, nor a search for truth; instead, it supplies a sort of interpretation of reality, which I shall define as a contextualized construction.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/88385
Date January 2006
CreatorsBorges, André Essenfelder
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Calávia Saez, Oscar
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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