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Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em Psicologia. / Made available in DSpace on 2012-10-23T10:23:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
245173.pdf: 1033581 bytes, checksum: ecc7e7a78868296d80053bcb03af7643 (MD5) / A partir da literatura médica e psicológica, constatou-se que comunicar más notícias ao paciente é uma tarefa considerada difícil pelos médicos, principalmente quando este é menor de idade. Deste modo, esta pesquisa objetivou caracterizar o processo de comunicação de más notícias do médico que atende crianças e adolescentes hospitalizados. Mostrou-se importante o estudo desta temática uma vez que a forma como ocorre a comunicação de más notícias influencia no processo de saúde-doença e, especificamente, na auto-estima, na relação entre médico e paciente, no desenvolvimento da criança e do adolescente e, sobretudo, na adesão ao tratamento. Este estudo foi baseado na teoria bioecológica do desenvolvimento humano e se caracterizou como uma pesquisa quali-quantitativa de caráter descritivo, realizada em duas instituições: um hospital pediátrico e uma unidade pediátrica de hospital geral. Na primeira etapa da coleta de dados, a pesquisa teve, com a aplicação de questionário misto, a participação de 33 profissionais, sendo 13 médicos e 20 residentes. Na segunda etapa, realizou-se entrevista semi-estruturada com 18 pediatras, os quais também haviam respondido o questionário inicial, sendo 7 médicos e 11 residentes. A análise dos questionários foi realizada com o auxílio do programa estatístico SPSS, para realização do cálculo de freqüência e porcentagem. A entrevista e a questão aberta do questionário foram analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo do tipo categorial-temática. Para a análise das entrevistas foram construídos quatro núcleos temáticos (Estratégias, Recursos, Facilidades e dificuldades, e Multidisciplinaridade) e 30 categorias, que refletiram o processo comunicacional percebido pelos participantes. Concluiu-se que a comunicação de más notícias é uma tarefa difícil de ser realizada devido à falta de preparo, sobretudo acadêmico, para lidar com os aspectos subjetivos que envolvem esse processo, como o sofrimento que mobiliza no profissional e as reações do paciente. A comunicação costuma ser evitada ou pouco realizada quanto maior for a magnitude da má notícia. Assim, os médicos não costumam comunicar más notícias consideradas 'piores' à criança e ao adolescente. Contudo, informações percebidas como 'melhores' são fornecidas ao paciente, sendo estas, em geral, mencionadas de maneira sincera, acolhedora, compreensível e gradual. Apesar de ainda
imperar o modelo comunicacional que não inclui a criança no seu processo de adoecimento, acredita-se que isso está em processo de mudança.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/90435
Date January 2007
CreatorsMassignani, Lucila Rosa Matte
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Crepaldi, Maria Aparecida
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format1 v.| grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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