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Rede de cuidado a pessoa com HIV/Aids

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. / Made available in DSpace on 2012-10-26T12:29:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
302844.pdf: 1299629 bytes, checksum: c83ba51b7bad55c926c43bc79166cb1e (MD5) / Introdução: Conviver com doenças crônicas demanda implementação de cuidados e convívios que requerem mudanças nos padrões de estilo de vida das pessoas, sobretudo das pessoas que vivem com HIV/aids e daquelas que fazem parte deste convívio diretamente. Objetivo: Compreender o significado que as pessoas com HIV/aids atribuem a sua rede de cuidado, em um ambulatório de referência do Estado de Santa Catarina- SC. Método: Trata-se de pesquisa de abordagem qualitativa do tipo exploratório-descritiva. Os participantes foram oito pessoas com HIV/aids que tinham conhecimento da sua condição sorológica para HIV há pelo menos um ano, além da rede de cuidado por estas referenciadas, totalizando 18 membros. O período de coleta dos dados foi de janeiro a maio de 2011 e teve como cenário um ambulatório de referência em doenças infectoparasitárias localizado no Estado de Santa Catarina. Foram realizadas entrevistas em profundidade. Para a rede de cuidado referenciada, a entrevista ocorreu em local escolhido de comum acordo entre a pesquisadora e os membros da rede de cuidado, embora o cenário de estudo também tenha sido o local de realização das entrevistas enquanto lá se encontravam como acompanhantes da pessoa com HIV/aids no dia de consultas pré agendadas. Para a análise dos dados, foi utilizada a Análise de Conteúdo de Bardin, na modalidade temática e sustentada pelo referencial teórico do Interacionismo Simbólico. Resultados: A pesquisa revelou um perfil de pessoas com HIV/aids com idade que variou entre 30 e 51 anos e tempo de doença de 6 a 19 anos. Essas pessoas, em sua maioria, possuem vida economicamente ativa e todas fazem uso de Terapia Antirretroviral (TARV). Para a maioria das pessoas com HIV/aids, viver com a doença representa uma situação normal, embora vivenciem situações de preconceito ainda presentes por parte da sociedade em geral. Essas pessoas possuem uma rede de cuidado restrita, representada apenas por um ou outro membro do contexto familiar, como por exemplo: mãe, esposa, irmão e irmã - sendo estes considerados importantes nas suas relações de convívio e cuidado em saúde, de forma que os apoios afetivo/emocional ofertado, além do apoio instrumental, faça parte do rol de significados dos cuidados recebidos. A rede de cuidado institucional/profissional de saúde também foi apontada como importante e fundamental. Esta rede é composta pelos seguintes profissionais da saúde: a médica, a enfermeira e a psicóloga. Os cuidados atribuídos por esses profissionais são bastante significativos para as pessoas com HIV/aids, pois ajudam a promover a qualidade de vida, o viver bem e um cuidado humanizado, embora existam ainda grandes dificuldades no sentido de darem continuidade ao atendimento. A maior dificuldade é enfrentada pelo profissional de enfermagem, decorrente da grande demanda de atendimentos diários. Isso provoca a diminuição do tempo de atendimento às pessoas com HIV/aids que buscam o serviço para o atendimento de suas necessidades de cuidados específicos. As relações/interações estabelecidas entre a pessoa com HIV/aids e sua rede é de confiança, amor, respeito pelo ser humano, entre outros. A rede de cuidado familiar e institucional/profissional de saúde oferece cuidados afetivos e instrumentais, os quais auxiliam para a promoção de uma melhor vivência em rede e em sociedade. Além disso, a rede também oferece um cuidado especial em parceria com outros profissionais de saúde, demonstrando grande preocupação em atender com qualidade. As fragilidades da rede de cuidado familiar e institucional/profissional de saúde, respectivamente, giram em torno das dificuldades enfrentadas pelo preconceito ainda existentes, bem como pela falta de disponibilidade de profissionais qualificados para atenderem à demanda de atendimentos de casos não específicos à doença. Outra dificuldade é a precária estrutura física que já não comporta mais essa demanda. Conclusão: Já é possível conviver com HIV/aids hoje em dia, principalmente porque as pessoas acometidas estão se tornando mais independentes em relação às práticas de cuidados que a doença possa necessitar. As redes de cuidado são fundamentais nas relações de convívio com a família, pois os sentimentos emocionais/afetivos tornam-se cada vez mais o alimento e a força para continuarem vivendo. Neste sentido, cabe aos profissionais da saúde continuar contribuindo para que essas redes sejam fortalecidas através da sua co-participação não somente como mediadores, mas também como integrantes importantes dessas relações de convívio. / Introduction: Living with chronic diseases demand implementation of care and living that requires changes in lifestyle patterns of people, especially in people that lives with HIV/aids and those who are part of this interaction directly. Objective: To understand the meaning that people with HIV/aids attach to their network of care in a referral ambulatory in Santa Catarina#s State. Method: This is a qualitative research descriptive-exploratory. The participants were eigth people with HIV/aids who knew about their serological status for HIV at least one year, besides the network of care referenced by them, totaling 18 members. The data collection period was from january to may 2011 and had as a scenario a referral ambulatory in infectious parasitic diaseases located in the State of Santa Catarina. Were made interviews in depth. For the network of care referenced, the interview occured in determined place choosen between the rearcher and the member of the network of care, although the study scenario has also been the place of the interview while were there as caregivers from the people with HIV/aids in the days of pré scheduled. For data analysis, were used Content Analysis of Bardin, in the thematic and supported by the theoretical framework of Symbolic Interactionism. Results: The research revealed a profile of people with HIV/aids with ages ranging between 30 to 51 years and time of diasease 6 to 19 years. These people, mostly, are economically active life and all make use of Antiretroviral Therapy (ART). For most people with HIV/aids, live with the diasease represents a normal situation, even though they experience preconception situations that are still present by society in general. These people have a network of care restricted, represented only by one or another member of the familiar context, such as mother, wife, brother and sister # who are considered important in their relations of living and health care, in a way that the affective/emotional support offered, beyond the instrumental support, make part on the list of meanings of care. The network of institutional/professional health care was also identified as important and essential. This network is compound by the following health professionals: doctor, nurse and psychologist. The care attributed by these professionals are very significant for people with HIV/aids, because they help to promote quality of life, live well and a humanized care, although there are still considerable difficulties in order to continue the service. The biggest difficulty is confronted by nursing professionals, due to the large demand of the daily attendances. This causes a reduction in length of service to peoplee with HIV/aids who seek the service to meet their specific care needs. The relations/interactions established between the person with HIV/aids and its network is trust, love, respect for human beings, among others. The network of family care and institutional/Professional health care offers emotional and instrumental care wich help to promote a better living experienci in network and in society. Furthemore, the network also offers special care in partnership with others health professionals, showing great concern in serve with quality. The fragilities from network of family care and institutional/professional health care, respectively, resolve around the difficulties faced by the preconception that still exist, as well as the lack o availability of qualified professionals to meet the demand for attendances of cases not specific to the disease. Another difficulty is the precarious physical structure that no longer holds this additional demand. Conclusion: Is already possible to live with HIV/aids nowadays, mainly because affected individuals are becoming more independent of care practices that the disease may require. The networks of care are essential in the relations of living with the family, because the emotional/affective feelings become increasingly food and strength to continue living. In this sense, it is up to health professionals continue contribute for the strengthening of these networks through their co-participation not only as mediators but also as important members of these relations of living.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/96481
Date January 2012
CreatorsTonnera, Liliam Cristiana Júlio
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Meirelles, Betina Hörner Schlindwein
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format147 p.| il.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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