Agentes comunitários de saúde e sua concepção sobre família e violência

Made available in DSpace on 2016-06-02T19:46:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1
5409.pdf: 2142453 bytes, checksum: 32d744a0100cd7494da331f70ac78a4d (MD5)
Previous issue date: 2013-05-27 / O Programa Saúde da Família (PSF) foi implantado no Brasil como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial a partir da atenção básica, tendo como foco o atendimento não apenas ao indivíduo, mas também à família de uma forma integral e contínua, com ações de promoção, proteção e recuperação da saúde. Dentre os profissionais que compõem a equipe, o agente comunitário de saúde (ACS), ocupa uma posição estratégica como mediador entre a comunidade e a equipe profissional, podendo funcionar tanto como facilitador, como um empecilho nessa mediação. O presente estudo teve como objetivo identificar o conhecimento e as crenças de agentes comunitários de saúde a respeito dos conceitos que envolvem a família e os fatores de risco e proteção para a violência intrafamiliar. Para isso, foram entrevistados 15 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que compõem as equipes de referência de Unidades Saúde da Família, distribuídos em cinco Administrações Regionais de Saúde, de uma cidade de médio porte localizada no interior de São Paulo. Todos os participantes responderam a quatro instrumentos: Entrevista individual com os agentes comunitários; Questionário de Avaliação de Conhecimento sobre Fatores de Risco e Proteção; Questionário sobre Crenças a respeito de Violência Intrafamiliar e Questionário sobre violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes. Para a análise dos dados qualitativos dos instrumentos foi utilizada a Análise de Conteúdo e os demais instrumentos foram corrigidos segundo a orientação dos autores. Os principais resultados obtidos até o momento demonstram que entre os agentes permanece o modelo tradicional familiar formado pela tríade mãe-pai-filhos. No que se refere às crenças dos profissionais em relação a violência intrafamiliar envolvendo a mulher, 66,67% dos entrevistados acreditam que o comportamento da mulher possa favorecer o comportamento agressivo do homem. Quanto a concepção dos participantes a respeito das modalidades de violência contra a criança e o adolescente, apenas uma das Regionais entrevistadas referiu-se à negligência como uma forma de violência. Já a violência física e a violência psicológica foram citadas por todos os respondentes. Em relação aos fatores de risco relacionados à violência intrafamiliar contra a criança e adolescentes, não saber identificar com precisão e não saber como fazer em caso de suspeita foi uma alternativa considerada em três das quatro modalidades de violência nos lares (violência física, violência sexual e violência psicológica). Apenas a negligência parece ser o tipo de violência em que os profissionais possuem menor dificuldade em sua identificação. De modo geral, os resultados ressaltam a importância do treinamento e discussões acerca do tema com os profissionais envolvidos no atendimento a família.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/3148
Date27 May 2013
CreatorsGiusto, Roselaine de Oliveira
ContributorsBrino, Rachel de Faria
PublisherUniversidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-graduação em Educação Especial, UFSCar, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0019 seconds