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Análise da gestão de cooperativas rurais tradicionais e populares : estudo de casos na Cocamar e Copavi

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Previous issue date: 2008-07-04 / Universidade Federal de Minas Gerais / Led back to the center of the politician debate since 1970 s, the liberal speech affirms that the economic development proportionated by the global market is enough to solve workers unemployment. In this context, liberals defend that the association of workers in cooperatives is functional to the capitalism, brightening up social effects of the cyclical crises of production, losing its function when of the increase of the production, and soon of the job. So, cooperatives would appropriate of the technical instruments of management from typically capitalist companies and would evolve to become capital valuation spaces. In the Brazilian case, this conception bases the theoretical reflection about the necessity of the traditional agricultural cooperatives to seem its management in the great participant companies of the agribusiness, adhering to the postulates of economic rationality, searching for profit. This text presents the case study on a traditional agricultural cooperative with this profile, the Cooperative COCAMAR, identificated with capital companies. On the other hand, in Brazil, since 1990 s, many workers started organizing themselves democratically in solidary economic enterprises. They ve searched for job and struggled with unemployment, intending the continuity of their activities, subordinating the economic rationality to the social rationality. Popular cooperatives are some of these enterprises, originated from social movements of resistance, worried in offering better conditions of life to the associates. One of the main challenges of these popular cooperatives is the adoption of management tools that make possible greater effectiveness in the production and permit their permanence in the market, but not compromising its solidary principles. This text also presents a case study done on the Cooperative - COPAVI, each was founded by no land workers of MST. Through the empirical inquiry, we ve analyzed some management elements: the collective property of the land and the means of production; the access to the credit under differentiated conditions; the search for an effective internal democracy and organization of work under the self management, taken as fundamental to COPAVI exerts its activities into the capitalism, but not omitting its solidary principles and its character of social movement. / Reconduzido ao centro do debate político a partir da década de 1970, o discurso liberal afirma que o desenvolvimento econômico proporcionado pelo mercado global é suficiente para solucionar a questão do desemprego. Nesse contexto, os liberais defendem que a associação de trabalhadores em cooperativas é funcional ao capitalismo, amenizando os efeitos sociais das crises cíclicas da produção, perdendo sua função quando do aumento da produção, e logo do emprego. Na acepção liberal, as cooperativas se apropriariam do instrumental técnico de gestão das empresas tipicamente capitalistas e evoluiriam para se tornarem espaços de valoração do capital. No caso brasileiro, esta concepção embasa a reflexão teórica sobre a necessidade de as cooperativas rurais tradicionais espelharem sua gestão nas grandes empresas participantes do agronegócio, aderindo aos postulados da racionalidade econômica, objetivando o lucro. Esta dissertação apresenta o estudo de caso de uma cooperativa rural tradicional com este perfil, a Cooperativa dos Cafeicultores e Agropecuarístas de Maringá - COCAMAR, de onde é possível verificar sua identificação com as empresas de capital. Por outro lado, no Brasil, desde a década de 1990, um expressivo número de trabalhadores passou a se organizar democraticamente em empreendimentos econômicos solidários. Buscavam, assim, auferir trabalho e renda diante do quadro de desemprego, ao mesmo tempo em que vislumbravam a continuidade de suas atividades, subordinando a racionalidade econômica à racionalidade social. Dentre estes empreendimentos estão as cooperativas populares, originadas de movimentos sociais de resistência, preocupadas em oferecer melhores condições de vida aos associados. Um dos principais desafios das cooperativas populares reside na adoção de ferramentas de gestão que possibilitem maior eficácia na produção e permanência no mercado, mas que não comprometam seus princípios solidários. Nesta dissertação, foi realizado o de estudo de caso da Cooperativa de Produção Agropecuária Vitória - COPAVI, fundada por trabalhadores sem-terra ligados ao MST. Através da investigação empírica, buscou-se analisar elementos de sua gestão, como a propriedade coletiva da terra e dos meios de produção; o acesso ao crédito sob condições diferenciadas; a busca por uma efetiva democracia interna e organização do trabalho sob a autogestão, tomados enquanto fundamentais para que a COPAVI exerça suas atividades no interior do modo de produção capitalista, mas sem abrir mão de seus princípios solidários e de seu caráter de movimento social.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/3580
Date04 July 2008
CreatorsChiariello, Caio Luis
ContributorsEid, Farid
PublisherUniversidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, UFSCar, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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