Return to search

Música-como-teatro: uma prática composicional e sua autoanálise

A expressão compor música-como-teatro sintetiza e agrupa minhas contribuições no campo das
relações entre composição musical e teatralidade, organizadas em três eixos de prática e
autoanálise: 1- a situação de performance musical como espaço cênico; 2- a seleção e organização
de materiais como jogo cênico e 3- estrutura e forma como encenação.
A noção de compor música-como-teatro é delimitada em diálogo com: afirmativas e obras de
compositores como Luciano Berio, Péter Eötvös, Gilberto Mendes, Mauricio Kagel e Georges
Aperghis; as categorias teatro musical, teatro instrumental e Teatro Composto, abordadas na
bibliografia sobre música de concerto pós-1960; as categorias teatralidade e dramaturgia, como
discutidas em escritos de teóricos que abordam as artes cênicas. Em síntese, compositores se
movem em direção ao teatro, eles compõem com materiais gestuais e visuais, gerando
partituras/roteiros para performances cênico-musicais.
A prática de compor música-como-teatro pressupõe a intenção expressiva de incorporar a dimensão
estética de teatralidade da performance musical ao âmbito das escolhas composicionais. Avança ao
adotar uma aproximação entre composição e dramaturgia: compor consiste em organizar um roteiro
de ações com e sem implicação sonora concatenadas musicalmente ‒ ‒ e enquadradas em
dispositivos de construção e deslizamento de sentidos narrativos.
O portfólio apresenta partituras e registros audiovisuais de três peças: O Espelho (2015-2017), As
Gerações dos Mortais Assemelham-se às Folhas das Árvores (2015-2017) e I saw them together ‒ I
heard them together (2017). / The expression composing music-as-theater synthesizes and groups my contributions in the field of
relations between musical composition and theatricality, organized into three axes of practice and
self-analysis: 1- the situation of musical performance as scenic space; 2- the selection and
organization of materials as scenic play; and 3- structure and form as staging.
The notion of composing music-as-theater is delimited in dialogue with: stances and works of
composers like Luciano Berio, Péter Eötvös, Gilberto Mendes, Mauricio Kagel and Georges
Aperghis; the categories musical theater, instrumental theater and Composite Theater, addressed in
the bibliography on post-1960 concert music; the categories theatricality and dramaturgy, as
discussed in the writings of theorists dealing with performing arts. In synthesis, composers move
towards theater, they compose with gestual and visual materials, generating scores / scripts for
scenic-musical performances.
The practice of composing music-as-theater presupposes the expressive intention of incorporating
the aesthetic dimension of theatricality of musical performance into the scope of compositional
choices. It advances by adopting an approximation between composition and dramaturgy:
composing consists in organizing a script of actions with and ‒ without sound implication ‒
musically concatenated and framed in devices of construction and sliding of narrative meanings.
The portfolio features scores and audiovisual recordings of three pieces: O Espelho (2015-2017), As
Gerações dos Mortais Assemelham-se às Folhas das Árvores (2015-2017) e I saw them together ‒ I
heard them together (2017).

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.uft.edu.br:11612/1050
Date11 October 2018
CreatorsOliveira, Heitor Martins
ContributorsChaves, Celso Loureiro
PublisherUniversidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Programa de Pós-Graduação em Música, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFT, instname:Universidade Federal do Tocantins, instacron:UFT
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.002 seconds