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Estimativa dos custos da obesidade para o Sistema Único de Saúde do Brasil

Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Nutrição Humana,
2013. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2013-06-12T14:34:34Z
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2013_MicheleLessadeOliveira.pdf: 947424 bytes, checksum: 5c280eaff0ba53abc2f7316d9aab7d91 (MD5) / Introdução: A obesidade é um problema de saúde pública mundial e um fator de risco para várias patologias. Sabe-se que os recursos financeiros para a saúde no Brasil são restritos e é inegável a ligação entre as taxas crescentes de obesidade e aumento dos custos com a saúde. Objetivo: Estimar os custos financeiros com o tratamento da obesidade e de suas patologias associadas na população adulta brasileira (20 anos ou mais) para o Sistema Único de Saúde (SUS) em 2011. Métodos: Inicialmente realizou-se uma revisão da literatura sobre os aspectos relacionados ao método de custo da doença e aplicou-se ao caso brasileiro. Em seguida, estimou-se a prevalência de obesidade mórbida no Brasil, por sexo e regiões, com base nos dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2008-2009, a fim de permitir a análise por grau de severidade da obesidade. Por fim, foram estimados os custos atribuíveis à obesidade (Índice de Massa Corporal - IMC ≥ 30 kg/m2) e à obesidade mórbida (IMC ≥ 40 kg/m2). Adotou-se a metodologia de custo da doença, com abordagem de cima para baixo, baseada na prevalência, com base em dados de custos financeiros diretos (hospitalização, cirurgias, medicamentos, diagnóstico e outros) do Sistema de Informações Hospitalares e do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS. Os custos da obesidade foram somados aos custos das outras patologias associadas (comorbidades), isto é, custos relacionados com doenças e agravos que poderiam ter sido evitados se a obesidade tivesse sido prevenida. Esses custos foram obtidos por meio do cálculo da proporção do total de casos das patologias associadas à obesidade (Risco Atribuível Populacional - RAP) e a multiplicação desse valor pelo custo do tratamento dessas comorbidades. Para cada patologia associada foi calculado o RAP da sua associação com a obesidade a partir das prevalências da obesidade obtidas na POF 2008-2009 e dos riscos relativos (ou odds ratio) encontrados em metanálises ou em outros estudos. Resultados: Em 2008-2009, estimou-se que 1,55 milhões de adultos apresentavam obesidade mórbida, totalizando 0,81% da população brasileira, com maior prevalência na Região Sul, nas mulheres e em pessoas de cor preta. O IMC médio entre os adultos com obesidade mórbida foi de 43,42 Kg/m2. Em 2011, os custos atribuíveis à obesidade totalizaram R$ 487,98 milhões representando 1,9% dos gastos com assistência à saúde de média e alta complexidade. Os custos da obesidade mórbida perfizeram 23,8% dos custos da obesidade (R$ 116,2 milhões), apesar de sua prevalência ser 18 vezes menor. Os custos com a cirurgia bariátrica no Brasil foram de R$ 31,5 milhões. Conclusão: O custo da obesidade para o SUS em 2011 foi de quase meio bilhão de reais. A obesidade mórbida já atinge 1,5 milhão de adultos brasileiros e o seu custo foi proporcionalmente 4,3 vezes maior do que o da obesidade. Apesar de os estudos sobre o custo da doença terem limitações, eles permitem estimar o custo global de uma certa patologia no país. Estudos desta natureza devem ser realizados no Brasil com freqüência, a fim de permitir o monitoramento do impacto econômico da epidemia de obesidade ao longo dos anos. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Obesity is a global health problem and a risk factor for several diseases. Healthcare funding is limited in Brazil and the link between increasing obesity rates and rising healthcare costs is undeniable. Objective: To estimate the financial costs of treating obesity and its comorbidities in the Brazilian adult population (aged 20+) for Brazil’s National Health System (SUS) in 2011. Methods: First, a literature review was conducted on aspects related to the methodology of cost of illness studies, which was applied to the situation in Brazil . Morbid obesity prevalence was then estimated in Brazil by sex and region, based on data from the 2008/2009 Consumer Expenditure Survey, in order to enable analysis by degree of obesity severity. Finally, the costs attributable to obesity (Body Mass Index - BMI ≥ 30 kg/m2) and morbid obesity (BMI ≥ 40 kg/m2) were estimated. A cost of illness methodology was adopted with a top-down approach based on prevalence and direct financial cost data (i.e. hospitalization, surgeries, medications, lab tests, and other costs) from the SUS Hospital Information System and Outpatient Information System. Obesity costs were added to the costs of other associated pathologies (comorbidities) - i.e. costs related to diseases and injuries that could have been avoided if obesity had been prevented. These costs were obtained by calculating the proportion of total cases of obesityassociated pathologies (Population Attributable Risk, or PAR) and multiplying this value by the cost of treating these comorbidities. The PAR was calculated for each comorbidity’s association with obesity using obesity prevalence data obtained from the 2008-2009 Consumer Expenditure Survey and the relative risks (or odds ratios) found in meta-analyses or in other studies. Results: In 2008-2009, there was 1.55 million morbidly obese adults in Brazil, comprising 0.81% of the population. Prevalence was highest in the South region, among women and among black people. The average BMI among morbidly obese adults was 43.42 kg/m2. In 2011, obesity-attributable costs totaled R$ 487.98 million (1.2% of all medium- and highcomplexity healthcare expenses). Morbid obesity costs (R$ 116.2 million) amounted to 23.8% of overall obesity costs despite having an 18x lesser prevalence. Bariatric surgery costs in Brazil totaled R$ 31.5 million. Conclusion: Obesity costs for the SUS amounted to nearly 0.5 billion Brazilian reals in 2011. Morbid obesity now afflicts 1.5 million Brazilian adults and its proportional cost is 4.3 times greater than that of overall obesity. Although disease cost studies have some limitations, they allow for the estimation of the overall costs of certain diseases in the country. Studies of this nature need to be made in Brazil frequently to allow monitoring of the economic impact of the obesity epidemic over the years.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/13323
Date07 March 2013
CreatorsOliveira, Michele Lessa de
ContributorsSantos, Leonor Maria Pacheco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
RightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess

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