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Avaliação de influências genéticas em desfechos clínicos relevantes para a prática da anestesiologia

Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação en Ciências da Saúde, 2013. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2013-06-19T15:37:41Z
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2013_MauricioDaherAndradeGomes.pdf: 12142815 bytes, checksum: 3455bc6f29d64874c10884881dfac5e7 (MD5) / Introdução: Em um futuro próximo, espera-se que o uso de dados genéticos
individuais seja determinante para aspectos práticos da medicina como o
diagnóstico e a terapêutica. Um dos maiores desafios para o surgimento desta
“medicina personalizada” será a integração das informações genéticas aos determinantes clássicos do desenvolvimento de doenças e da resposta aos medicamentos. Atualmente, a realização de estudos de associação genética nas mais diversas situações clínicas é altamente pertinente e necessária.
Objetivos: Comparar o risco de hipotensão arterial e as variações na resposta hemodinâmica subsequente à indução da anestesia subaracnóidea para realização
de operação cesariana entre grupos de pacientes formados de acordo com a
presença de variações genéticas do gene do receptor beta-2 adrenérgico; definir a
frequência do polimorfismo A118G do receptor opióide-mu em uma população da
região Centro-Oeste do Brasil, avaliando possíveis consequências funcionais deste
polimorfismo na prevalência de tabagismo e na exposição ao tabaco. Métodos: Para avaliação de variações do gene do receptor beta-2 adrenérgico, 150 parturientes hígidas que seriam submetidas a operação cesariana eletiva foram selecionadas. Durante 30 minutos após a indução da anestesia, os seguintes desfechos foram avaliados: incidência de hipotensão arterial; dose administrada de vasopressor; variações na pressão arterial e na frequência cardíaca. As pacientes foram agrupadas de acordo com a presença do haplótipo ArgGln (composto pelos alelos Arg16 e Gln27) em homozigose, e os grupos foram comparados entre si. A frequência do polimorfismo A118G do receptor opióide-mu foi avaliada em 200 pacientes cirúrgicos do Hospital Universitário de Brasília. Estes pacientes responderam um questionário sobre dados demográficos e dados relevantes ao vício de tabaco.
Resultados: No estudo do receptor beta-2 adrenérgico, as análises foram conduzidas com dados provenientes de 143 parturientes. Os grupos não
apresentavam diferenças significativas em suas características basais. As pacientes
que possuíam o haplótipo ArgGln em homozigose apresentaram um menor risco de hipotensão arterial após a indução da anestesia subaracnóide. Os valores pressóricos destas pacientes foram significativamente maiores ao longo do período avaliado em comparação com as pacientes que possuíam uma ou nenhuma cópia do haplótipo ArgGln (P < 0,001). Em relação a avaliação do receptor opióide-mu, uma frequência de 16% (IC 95% 12,7 - 19,9%) foi encontrada na amostra de pacientes. A prevalência de tabagismo foi semelhante quando os pacientes homozigotos para o alelo 118A foram comparados com os pacientes com uma ou duas cópias do alelo 118G. Entretanto, a exposição ao tabaco medida em maços-ano foi maior em pacientes que possuíam o alelo 118G em relação aos homozigotos 118A (28,9 ±12,5 versus 21,5 ±10,8 respectivamente, P = 0,02).
Conclusões: O perfil genético em relação a haplótipos do receptor beta-2 adrenérgico parece influenciar a resposta hemodinâmica de parturientes submetidas a anestesia subaracnóidea para realização de operação cesariana. Este é o primeiro estudo a descrever a frequência do polimorfismo A118G do receptor opióide-mu em
brasileiros. O polimorfismo A118G pode influenciar o comportamento de brasileiros em relação ao tabagismo. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Introduction: In the nearby future, it is expected that individual genetic data will be determinant in fundamental aspects of medical practice like diagnosis and therapy. One of the greatest challenges for the development of this “personalized medicine” will be the integration of genetic information to the classical determinants of disease development and drug response. Presently, the development of genetic association studies in diverse clinical contexts is highly relevant and necessary.
Objectives: Compare the risk of arterial hypotension and the hemodynamic fluctuations after subarachnoid anesthesia induction for cesarian delivery between patients grouped according to the presence of specific genetic variations of the beta-2 adrenergic receptor; define the frequency of the A118G polymorphism of the
mu-opioid receptor in a population of the Center-West region of Brazil, also
evaluating possible functional consequences of this polymorphism in relation to tobacco smoking prevalence and exposure. Methods: To evaluate the effects of beta-2 adrenergic receptor variations, 150 healthy parturients scheduled to undergo elective cesarian delivery were recruited. In the 30 minutes after anesthesia induction, the following outcomes were evaluated: arterial hypotension incidence; vasopressor administered dose; arterial blood
pressure and heart rate variations. Parturients were grouped according to the presence of the ArgGln haplotype (composed by the alleles Arg16 and Gln27) in homozygosity, and the groups were compared. The mu-opioid receptor A118G polymorphism was evaluated in 200 surgical patients of the Hospital Universitário de Brasília. These patients answered a survey about their demographic characteristics and factors associated to tobacco addiction. Results: In the beta-2 adrenergic receptor study, the analyses were conducted with data from 143 parturients. The baseline characteristics did not differ significantly between the groups. Patients with two copies of the ArgGln haplotype presented a lower risk of arterial hypotension after spinal anesthesia induction. The arterial
pressure levels of these patients were significantly higher than the group of patients with one or no copies of the ArgGln haplotype (P < 0,001). Regarding the mu-opioid receptor evaluation, a frequency of 16% (CI 95% 12.7 - 19.9%) was observed in our patient sample. The tobacco smoking prevalence did not differ significantly when patients homozygous for the 118A allele were compared to those with one or two copies of the 118G allele. However, the tobacco exposure of smokers, measured in packs-year, was higher in patients that had the 118G allele compared to patients 118A homozygous (28.9 ±12.5 vs 21.5 ±10.8 respectively, P = 0.02).
Conclusions: The genetic profile in regard to haplotypes of the beta-2 adrenergic
receptor appear to influence the hemodynamic response of parturients subjected to subarachnoid anesthesia for cesarian delivery. This was the first study to describe the frequency of the mu-opioid receptor A118G polymorphism among Brazilians. The A118G polymorphism may influence the behavior of Brazilians towards the tobacco addiction.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/13369
Date06 February 2013
CreatorsGomes, Maurício Daher Andrade
ContributorsNeves, Francisco de Assis Rocha
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
RightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess

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