Return to search

A tragédia de Maria* : o assassinato enquanto experiência constitutiva

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2008. / Submitted by Ângela Christina (angelchris@bce.unb.br) on 2009-05-12T18:17:31Z
No. of bitstreams: 1
2008_LudmilaGaudadSardinhaCarneiro.pdf: 1170777 bytes, checksum: 4f230f2a6fd4ac8a1afed0c184252681 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2009-05-14T13:47:03Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2008_LudmilaGaudadSardinhaCarneiro.pdf: 1170777 bytes, checksum: 4f230f2a6fd4ac8a1afed0c184252681 (MD5) / Made available in DSpace on 2009-05-14T13:47:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2008_LudmilaGaudadSardinhaCarneiro.pdf: 1170777 bytes, checksum: 4f230f2a6fd4ac8a1afed0c184252681 (MD5)
Previous issue date: 2008-11-25 / As experiências que compõem a trajetória de vida de um indivíduo são alicerçadas em relações generizadas que o constituem, sobretudo, enquanto mulher ou homem em nossa sociedade. A cada uma destas duas categorias culturalmente construídas, porém muito bem sedimentadas como naturais no imaginário social, são remetidas uma série de características que estruturam o que é normal ou desviante para o comportamento de cada uma delas. Por meio da história oral de Maria* é possível reconstruir uma trajetória de vida calcada em relações generizadas que a instituíram prioritariamente como mulher e, conseqüentemente, como mãe. Tida antes como mulher que como pessoa, Maria* passou por uma série de experiências que só foram possíveis unicamente pelo ser generizado que ela se tornou. Sendo mulher, prioritariamente experiências de vitimização. O meio encontrado para sair do esperado papel social de vítima foi subverter as características tidas como normais para as mulheres, assumindo um suposto desvio ao aproximar-se do comportamento tido como normal para os homens: agente da violência. Julgada pelo Sistema Penal não só pelo ato ilícito que cometeu, Maria* respondeu à Justiça e à sociedade não só por tentar cometer assassinato, mas principalmente por não se comportar, conforme a expectativa social, como mulher e mãe.
_______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The experiences that make up the life path of an individual are based in gendered relations – relations that, above all, establish the individual as a woman or a man in our society. For each of these two culturally constituted categories – however cemented as natural in social imagery – a series of characteristics that determine what is normal or deviant for their behavior are assigned. Through Maria‟s oral history it is possible to rebuild a life trajectory rooted in gendered relations that have structured her primarily as a woman, and, consequently, as a mother. Regarded first as a woman rather than as a person, Maria* has been through a number of experiences that were only possible due to the gendered being that she has become. As a woman, these experiences were fundamentally victimizing ones. In order to escape the expected social role of victim, she subverted the characteristics held as normal for women, evoking a supposed deviation by reclaiming the behavior seen as normal to men: she became an agent of violence. Judged by the penal system not only for her illegal behavior, Maria* has answered to justice and society alike not only for trying to commit murder, but also for not behaving as a woman and as mother, like society expected her to do.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/1508
Date25 November 2008
CreatorsCarneiro, Ludmila Gaudad Sardinha
ContributorsBandeira, Lourdes Maria
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0025 seconds