Return to search

No descomeço era o verbo : um convite a Manoel de Barros para a roda de conversa na educação infantil

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2015. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2015-07-08T14:15:29Z
No. of bitstreams: 1
2015_GlendaMatiasdeOliveira.pdf: 1428106 bytes, checksum: 76925129578993ed6fe97b370467142f (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2015-07-17T13:53:40Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2015_GlendaMatiasdeOliveira.pdf: 1428106 bytes, checksum: 76925129578993ed6fe97b370467142f (MD5) / Made available in DSpace on 2015-07-17T13:53:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2015_GlendaMatiasdeOliveira.pdf: 1428106 bytes, checksum: 76925129578993ed6fe97b370467142f (MD5) / Este estudo buscou ampliar a reflexão sobre a práxis roda de conversa na Educação Infantil, tendo como inspiração a obra poética de Manoel de Barros. O objetivo do presente trabalho foi colaborar com a construção de (re) significações da roda no campo da Educação Infantil. Valorizaram-se os processos singulares dos participantes, constituídos na dinâmica grupal, fundamentais ao desenvolvimento humano, e se elegeu a poesia barrosiana como parceira possível em tais processos. Problematizou-se, portanto, como a roda pode se delinear em um espaço afetivo de intervenção e em um ‘lugar de infância’ e de encontro. Em Manoel de Barros reside a possibilidade potente de desvelar uma concepção de infância e de sujeito que é social, cultural e histórica, e que se constitui a partir da apropriação e produção da cultura, permeada pelos processos educativos formais e não formais. A concepção de infância para além de uma determinação cronológica, entendida também como condição do humano e, considerando-se sua temporalidade aiônica, sustentou esta investigação científica. A metodologia foi baseada na epistemologia qualitativa de Gonzalez Rey, de caráter construtivo-interpretativo e dialógico. Foi adotado, também, o método cartográfico, cuja gênese se deu a partir dos trabalhos conceituais de Deleuze e Guattari, e que compreende a pesquisa como experiência e processo inacabado. A construção das informações se deu por meio dos seguintes procedimentos: leitura e análise do Projeto Político Pedagógico (PPP) da instituição escolar; observações participantes em sala de aula; escrita do diário de campo; realização de 4 oficinas, introduzindo a poesia de Manoel de Barros de forma lúdica; entrevista semiestruturada com cada docente participante. A análise e discussão das informações se deram por meio da construção de categorias e agrupamento das mesmas em três zonas de sentido: silenciamento e controle da infância; novidade da infância; a roda de conversa como espaço/tempo de encontro. Buscou-se evidenciar a roda de conversa enquanto lugar privilegiado de encontro entre criança e adulto, tendo a poesia como possibilidade de abertura à criação e à resistência a uma instrumentalização da linguagem hegemonicamente imposta no âmbito escolar, ao mecanicismo das práticas, à docilização dos corpos e à impossibilidade de praticar absurdezes e peraltices com as palavras e com o pensamento. A pesquisa buscou contribuir especialmente para a escuta e o acolhimento das expressões das crianças e das educadoras, pensando a roda de conversa e a escola como lugares de infância. A roda de conversa é espaço potente para a experiência do devir, para a construção identitária, para que a palavra tome forma e crie novos acontecimentos, muitas vezes imprevisíveis e surpreendentes. A roda de conversa é lugar de criança que fala como criança, que pensa como criança e que sente como criança. E é também lugar de adulto que fala, pensa e sente como adulto. É, antes de tudo, lugar de encontro e de experiência. / This study aimed to improve the reflection about the practice circle time in kindergarten, inspired in the poetic work of Manoel de Barros. Its goal was to collaborate with the construction of new meanings about circle time in the field of early childhood education, valuing the singular processes of the participants, formeding group dynamics fundamental to the human development, and electing poetry as a possible partner in such processes. This study argued, therefore, how the circle time can be outlined as an affective space of intervention and a 'place of childhood'. In Manoel de Barros’ poetry there is the powerful possibility of revealing a conception of childhood and subject that is social, cultural, historical, and that is constituted from the appropriation and the production of culture permeated by the formal and non-formal educational processes. This scientific research was supported by a conception of childhood other than a chronological determination, but rather as a human condition, considering its aionic temporality. The methodology was based on the qualitative epistemology of Gonzalez Rey, on its constructive-interpretative character and dialogical ways of the research. The cartography method was also adopted, which originates from the conceptual works of Deleuze and Guattari, and comprises research as an experience and an unfinished process. The construction of information was carried on through the following procedures: reading and analysis of the Political Pedagogic Project (PPP) of the school; participant observations in the classroom; writing the field diary; completion of 4 workshops introducing the poetry of Manoel de Barros through play; semi structured interviews with each participant teacher. The analysis and discussion of the information happened through the construction of categories and grouping them into three zones of meaning: silencing and control of childhood; childhood’s novelty; the circle time as space and time of meeting. This research to evidence the circle time as a privileged place of encounter between child and adult, considering the poetry as an opening to the creation and resistance to the instrumentalization of language hegemony imposed in schools, the mechanism of the practices, the control of the bodies and impossibility of to produce new meanings through the words and the thought. This research aimed to contribute especially to the listening and the reception of expressions of children and teachers, thinking the circle time and the school as places of childhood. The circle time is powerful space to experience of becoming- human, to construction of identity, to the word takes shape and create new events, often unpredictable and surprising. The circle time is child’s place that speaks like a child, thinks like a child and feels like a child. It is also adult’s place that speaks, thinks and feels as an adult. It is, above all, a meeting place of experience.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/18457
Date06 March 2015
CreatorsRosa, Glenda Matias de Oliveira
ContributorsPulino, Lúcia Helena Cavasin Zabotto
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
RightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0093 seconds