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As fronteiras da liberdade : o campo negro como entre-lugar da identidade quilombola

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas, 2006. / Submitted by Priscilla Brito Oliveira (priscilla.b.oliveira@gmail.com) on 2009-11-06T14:08:08Z
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Previous issue date: 2006-03 / O presente estudo estabelece como proposta de trabalho a realização de uma releitura da literatura que situa os quilombos ou mocambos, necessariamente, como grupos étnico-raciais que construíram projetos políticos cuja finalidade última era a derrubada do sistema escravista ou a recriação simbólica da cultura africana no Brasil. Para alcançar esse objetivo, este trabalho foi dividido em três capítulos que, em conjunto, pretendem mostrar que existem fronteiras sociais, não relacionadas apenas à raça ou etnia, mas também dadas pela cultura, que situam imaginariamente determinados sujeitos históricos – como os quilombolas e os nordestinos-, à margem da representação “normal” de nação. No primeiro capítulo utilizo a noção de “projeto” (Velho, 1978; 1999a; 1999b) e a idéia de “metanarrativa da emancipação” escrava de Gilroy(2001) para pensar os significados dos projetos de emancipação dos sujeitos históricos que resistiram à escravidão nas Américas e, em especial, no Brasil. No segundo capítulo descrevo o modo como os quilombolas construíram seus projetos de liberdade, servindo-se das regiões imaginadas como periféricas ao Estado-nação brasileiro, dentre elas, o Grão-Pará. Argumento também que essas regiões marginais e periféricas funcionavam como campos de possibilidades dinâmicos, catalisadores e amalgamadores de significados, idéias, ideologias, práticas e identidades. Nesse contexto sócio-histórico, o “campo negro” emerge como um entre-lugar de múltiplos centros e periferias, que propicia a existência da identidade quilombola como uma identidade sui generis, nem étnica, tampouco racial(ainda que racializável). No capítulo terceiro defendo que há uma ligação simbólica entre os campos negros, os cortiços, os sertões e as favelas. Baseio meus argumentos nos trabalhos de Sidney Chalhoub(1990 e 1996) e Licia Valadares(2000) que mostram que os cortiços eram um importante cenário de luta dos escravos das cidades e que as favelas são, ao menos em termos simbólicos, as sucessoras dos cortiços e a migração do sertão para a cidade. Nas considerações finais faço um breve resumo da dissertação e enfatizo a importância da realização de estudos sócio-históricos sobre a trajetória dos escravos emancipados no pós-abolição, haja visto o silêncio das ciências sociais sobre essa importante questão. _____________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The objective of this study is to reflect about the “symbolic link” between the “campos negros”(black camps), the “cortiços”(tenements), and the “favelas”(slums) in Brazil. Our data are narratives about the social relations between quilombos – that are knew as maroon societies in Suriname and French Guyana-, and the slavery society in Brazil, especially at Grão-Pará. From the analysis of this set of data I contend that, in Brazil, the hierarchisation of social and cultural between the Brazilian Elites and the subaltern subjects – as the quilombolas and the nordestinos-, excludes these historic subjects of the “normal” construction process of Brazilian nation.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/2123
Date03 1900
CreatorsMartins, Cristian Farias
ContributorsSuárez, Mireya
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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