Return to search

A estética fragmentária e a dialógica lacunar nos castelos de Franz Kafka e Michael Haneke

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literatura, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-07-18T14:38:48Z
No. of bitstreams: 1
2016_SâmellaMichellyFreitasRusso.pdf: 1952313 bytes, checksum: 12075d1b0d54482c3da2efa0d772e8e8 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-08-23T19:56:20Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2016_SâmellaMichellyFreitasRusso.pdf: 1952313 bytes, checksum: 12075d1b0d54482c3da2efa0d772e8e8 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-23T19:56:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2016_SâmellaMichellyFreitasRusso.pdf: 1952313 bytes, checksum: 12075d1b0d54482c3da2efa0d772e8e8 (MD5) / Tendo a fragmentação e a elipse como métodos estruturantes no modo de contar histórias, a literatura de Franz Kafka e o cinema de Michael Haneke instauram narrativas enigmáticas. Eleito o romance O Castelo como ponto de partida, o filme homônimo dirigido por Haneke busca a materialização imagética da linguagem protocolar kafkiana, convergindo para o seu cinema literário. Propomos então realizar uma reflexão crítica e analítica da transposição midiática orquestrada pelo diretor alemão do romance inacabado de Kafka. Respondendo à imensa crítica do escritor, intentamos estabelecer uma leitura literal do texto romanesco, evitando as exegeses que tendem a condicionar a tônica de sua literatura. Em seguida, acessando toda a filmografia do diretor, foi possível conjeturar panoramas, a fim de investigar de que maneira a prosa kafkiana serve de substrato na edificação de sua controversa estética. Walter Benjamin, Theodor Adorno, Roberto Calasso e Milan Kundera conduziram a trajetória analítica da obra literária, especialmente por se tratar de teóricos que teceram importantes contribuições para a compreensão da prosa do autor tcheco. Com o intuito de delinear as vicissitudes desse encontro interartístico entre escritor e diretor e a tônica dialógica daquilo que chamamos de “cinema de liberdade”, recorremos essencialmente a Mikhail Bakhtin e à Estética da Recepção, além de Roland Barthes e Robert Stam. Nessa arena dialógica das artes, ao absterem-se de decretar a palavra final sobre aquilo que é escrito ou mostrado, escritor e diretor se encontram na edificação de linguagens verbais e imagéticas que provocam o ativismo de leitores e espectadores. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Having the fragmentation and the ellipse as structuring methods in the way of storytelling, both Franz Kafka’s literature and Michael Haneke’s cinema manage to set enigmatic narratives. With the novel The Castle elected as starting point, the homonymous movie directed by Haneke aims an imagetic materialization of the solemn Kafkaesque writing, converging to his literary cinema. This proposal intends to set forth a critical and analytical reflection on the mediatic transposition of the unfinished Kafka’s novel orchestrated by the German director. Responding to the overwhelming criticism of the writer, we seek to establish a literal reading of his novelistic text while avoiding the exegesis that tend to constrain his literature’s keynote. After accessing the entire filmography of the director, it was possible to conjecture viewpoints in order to investigate in which way the Kafkaesque prose serves as substrate to his contentious aesthetics. Walter Benjamin, Theodor Adorno, Roberto Calasso and Milan Kundera conducted the literary work’s analytic path, mainly for being scholars responsible for offering important contributions for the comprehension of the Czech author’s prose. Seeking to outline the vicissitudes of this interartistic meeting between writer and director, and the dialogic keynote of that which we call “freedom cinema”, we turn essentially to Mikhail Bakhtin and the Reception Aesthetics, besides Roland Barthes and Robert Stam. In this artistic dialogical arena, by refusing to state the final meaning of what is written or shown, both writer and director work together to build verbal and imagetic languages that provoke the activism of readers and viewers.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/21320
Date09 June 2016
CreatorsRusso, Sâmella Michelly Freitas
ContributorsSilva Junior, Augusto Rodrigues da
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
RightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0022 seconds