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Metabolismo de radicais livres durante o ciclo estral de ratas

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2006. / Submitted by Thaíza da Silva Santos (thaiza28@hotmail.com) on 2009-12-01T18:18:51Z
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Previous issue date: 2006 / As variações hormonais durante o ciclo estral trazem modificações morfológicas e funcionais em diferentes órgãos envolvidos no processo reprodutivo, dentre eles o ovário, a adrenal e o útero. A variação de hormônios como o estrogênio (E2) e o hormônio luteinizante (LH), que exercem influência sobre o metabolismo dos radicais livres, demonstram que essas espécies químicas também participam das alterações do ciclo reprodutivo. Assim, nossa investigação procurou identificar alterações no metabolismo dos radicais livres durante o ciclo estral. Utilizando ratas, como modelo experimental para o estudo do ciclo reprodutivo, realizou-se citologia vaginal diária para determinar-se a regularidade e a fase do ciclo em que cada animal se encontrava. Vinte e um dias após o início da análise citológica diária, os animais foram sacrificados e alocados em cada uma das 4 (quatro) fases do ciclo, constituindo-se quatro grupos: proestro (PE), estro (E), diestro I (D I), e diestro II (D II). No útero, ovário e adrenal, foram dosados os danos oxidativos em lipídios pelo método TBARS e alaranjado de xilenol, danos oxidativos em proteínas pelo método de proteína carbonilada, dosagem do antioxidante endógeno glutationa (GSHeq) e da atividade de três enzimas antioxidantes GR, GPx e GST. Nossos resultados, em útero, demonstram um aumento de dano oxidativo em lipídeos e proteína no D II, o que foi acompanhado por um aumento dos níveis de GSHeq e da atividade da GST. No ovário verificou-se um aumento dos níveis de peroxidação lipídica no E, do dano oxidativo em proteínas no D II, juntamente com uma redução na relação GSHeq/GSSG e um aumento da atividade de GPx. Na adrenal não foram observadas mudanças ao longo do ciclo nos níveis de peroxidação lipídica e proteínas carboniladas, mas encontrou-se uma redução na relação GSHeq/GSSG na fase do diestro I. Os resultados obtidos mostram a presença de estresse oxidativo no útero nas fases do D I e D II, o que parece provocar no órgão uma resposta com o aumento da atividade de GST e GSHeq. Esse estresse oxidativo poderia estar relacionado às alterações inflamatórias que ocorrem no endométrio, nesse momento do ciclo estral. A peroxidação lipídica do ovário no estro mostra um dano oxidativo que pode ocorrer em membranas, o que poderia conduzir à ruptura folicular e à presença de estresse oxidativo, nas fases do diestro I e II representado pelos resultados de proteína carbonilada e pelos níveis de glutationa que poderiam estar associados ao fenômeno da luteólise. Na adrenal, a observação de estresse oxidativo ocorreu no D I. Assim, o aumento do estresse oxidativo no ovário, útero e adrenal parece ter um papel fisiológico junto a esses órgãos, nas fases do diestro I e II.
__________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The hormones variations during the estral cycle bring morphologic and functional variations to different involved organs in the reproductive process, among them ovary, adrenal and uterus. The hormone variation as the E2 and the LH, that exert influence on the metabolism of the free radicals, also demonstrates that to these chemical species participation of the alterations of the reproductive cycle. Using rats as experimental models for the study of the reproductive cycle, daily vaginal smears was become fullfilled to determine its regularity and the phase of the cycle in each animal if it found, being sacrificed after 21 days, taking the ovary, uterus and adrenal, after the samples were divided in four groups according to the phase where the animals at the moment of the sacrifice met. The oxidative damage in uterus was quantified by the TBARs method and xylenol orange, carbonyl protein and the levels of the endogenous glutatione. Three enzymes of antioxidant system had activities determined by GR, GPx and GST in the three different tissues, adrenal, ovary and uterus. Our results demonstrate that to have an increase of oxidative damage in lipids and proteins in Diestro II, followed for an increase of the levels of GSHeq and the activity of the GST. In the ovary it exists together with an increase of the levels of lipid peroxidation in the Estrus and an increase of the oxidativo damage in proteins in diestro II with a reduction in the GSHeq/GSSG relation and an increase of the activity of GPx. In the adrenal changes throughout the cycle in the levels of lipid peroxidation and proteins it was observed a reduction in the relation of GSHeq/GSSG met in the phase of diestro I. The numbers show the presence of oxidative stress in the uterus in the second half of the reproductive cycle, which seems to provoke in the organ a reply with the increase in the activity of GST and the GSHeq levels, this oxidative stress could be related with the inflammatory alterations that occurs in the endometrium at this moment of the estrous cycle. In the ovary the lipid peroxidation in estrus shows an oxidative damage that can occur in membranes that could lead to a follicular rupture, and the presence of oxidative stress in the diestro I and II represented for the carbonyl protein results and the levels of glutationa could be associated to the phenomenon of luteolise. In the adrenal occurs a oxidative stress in diestro I. Thus an increase of oxidative stress in the ovary, uterus and adrenal seems to have a physiological paper next to these organs.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/2420
Date January 2006
CreatorsUzuelli, Fernando Henrique de Paula
ContributorsLima, Marcelo Hermes
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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