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Leitura literária : elemento de constituição de uma indivíduo autônomo

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, 2007. / Submitted by Kathryn Cardim Araujo (kathryn.cardim@gmail.com) on 2009-11-27T16:05:22Z
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Previous issue date: 2007-05-23 / A sociedade contemporânea, também chamada de "Modernidade Líquida", em razão da volatilidade de suas convenções e da mudança rápida de seus paradigmas, está sofrendo profundas transformações no seu modo ver, pensar e sentir. O acelerado desenvolvimento tecnológico e cultural caracteriza uma nova etapa do capitalismo, contraditória por excelência, que coloca novos desafios para o homem neste início de século. Cultura, Estado, mundo do trabalho, educação, tudo sofre as influências de uma nova maneira de se perceber o mundo, sendo necessária uma adaptação a esse novo estilo de vida. Nessa sociedade destradicionalizada e reflexiva, a autonomia torna-se fundamental, no mundo do trabalho, a autonomia é um diferencial. O indivíduo autônomo fica menos passivo ao grande número de informações geradas e disseminadas sem critérios todos os dias e se torna sujeito no mundo de forma a compreendê-lo de maneira crítica. Já no que tange à educação, esta deve possibilitar o desenvolvimento desse valor, trabalhando o ser humano integralmente para que ele possa não só atender aos requisitos do mercado, mas também atuar como cidadão no mundo globalizado. Compreende-se a leitura literária como elemento de aquisição dessa autonomia, porque a leitura dialógica de uma obra literária proporciona ao indivíduo um contato com diversas realidades, com a vida cotidiana, que nem sempre é percebida criticamente devido à "chuva" de informações muitas vezes condicionadas para um determinado fim. A obra literária traz dentro de si o mundo, ou melhor, oferece uma abertura para o desenvolvimento de novas maneiras de percebê-lo. As palavras de um texto literário estão cheias de sentido que ultrapassam o significado contido no léxico e vão buscar o real sentido no seu contexto, ou seja, nas "gotas" de vida que as transpassam. Para que se alcance a autonomia na leitura literária é necessário que o leitor e o texto dialoguem não apenas com palavras, mas com percepções e com sentidos colhidos do próprio mundo no qual se está imerso. Nessa perspectiva é que este trabalho busca mostrar por meio da idéia de leitura dialógica, de leitura literária e de leitura releitura de mundo, as formas de possibilidade de o leitor resgatar o seu próprio discurso e tornar-se indivíduo autônomo. Para tanto, as reflexões abordarão questões como a leitura dialógica, a função mediadora e política do professor, a educação à distância e o hipertexto, a "Modernidade Líquida" com suas instituições monológicas e as bases que fundamentam a leitura dialógica de uma obra literária. ______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The contemporary society, also named “Liquid Modernity”, as a result of its volability and conventions, as well as the fast changes in its paradigms, is undergoing marked shifts in the monitoring, thinking and feeling processes. The accelerated technological and cultural development stems a new phase of capitalism posing new challenges for the mankind at the begin of this century. State, culture, education and the labor practices are influenced by the way of viewing the world. Thus an adaptation to this new life style is a must. In this decentralized and reflexive society, autonomy becomes fundamental. Autonomy has already become a differential in the labor environment. The autonomous individual is less dependent on the great amount of information generated and spread out criteriousless. Thus, he becomes able to understand the world in a more sensible way. Concerning education, its role is to allow the development of this situation so that the globalized mankind can both meet the market demands as well as live as world citizens. Literary reading is acknowleged as a stage for the acquisition of autonomy, since the dialogic reading of a literary work leads the reader to contact various realities, such as the daily living which is seldom critically understood due to the excessive information sources, often conditioned and alienated to a specific end. The literary work pictures the world itself, and new perceptions are made possible. The words of a literary text are so meaningful that they outshine the dictionaries. The real context is found in life. To reach literary autonomy is a must. The reader and the text have a dialogue, not only with words but also with perceptions and feelings of the real world to which they belong. This is the purpose of this paper. It aims at showing, through the dialogic reading, through the literary and appraising of the world, the ways and possibilities that the reader has to claim his own expression and become more autonomous. To do so, reflexions shall approach issues such as the dialogic reading, the mediation and political functions of the scholar, the education as related to the hypertext, the Liquid Modernity and its monological institutions, as well as the bases which support the dialogical reading of a literary work.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/2488
Date23 May 2007
CreatorsMachado, Augusto de Freita
ContributorsTinoco, Robson Coelho
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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